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Estado de Minas COVID-19

'Luz no fim do túnel': profissionais relatam experiência de serem vacinadas

Colaboradores do Hospital da Baleia começaram a receber a vacina contra COVID-19 na manhã desta quarta


20/01/2021 13:56 - atualizado 20/01/2021 15:18

Fisioterapeuta Franciely da Silva recebe vacina contra COVID-19, aplicada pela enfermeira Elisângela Rodrigues(foto: Jair Amaral/EM/D.A Press)
Fisioterapeuta Franciely da Silva recebe vacina contra COVID-19, aplicada pela enfermeira Elisângela Rodrigues (foto: Jair Amaral/EM/D.A Press)
O Hospital da Baleia recebeu as doses de vacina contra COVID-19 na manhã desta quarta-feira (20/01) e fará a imunização de 1114 colaboradores até a próxima segunda (25). Para dar início ao processo, alguns funcionários da linha de frente foram vacinados logo que as doses chegaram.
 
A primeira a ser vacinada foi a técnica em enfermagem Grace Kelly. O Hospital da Baleia é o seu primeiro emprego como técnica, e ela foi escolhida pela instituição devido ao comprometimento, carinho, dedicação e especialmente pelo bom humor que leva todos os dias à ala CTI COVID, onde atua.
 
Grace diz que costuma ser alegre sempre, mas destaca o motivo da animação em um CTI: “A nossa equipe sempre trabalha com a esperança de dias melhores, mesmo antes da COVID-19”.
 
E continua: “Aqui [CTI] já é um local de tristeza, se a equipe também ficar triste, não dá certo”. 

A técnica conta que todos os dias são difíceis na ala e os desafios constantes fizeram com que ela criasse expectativa de vida longa ao ser vacinada.
 
A técnica em enfermagem Grace Kelly foi a primeira a ser vacinada no hospital(foto: Hospital da Baleia/Divulgação)
A técnica em enfermagem Grace Kelly foi a primeira a ser vacinada no hospital (foto: Hospital da Baleia/Divulgação)

 
Outra vacinada pela manhã foi a fisioterapeuta respiratória Franciely Helena da Silva. Ela relatou ansiedade pela vacina e acredita que a pandemia mostrou a importância e valorização da fisioterapia respiratória, que, para ela, não era tão reconhecida.
 
A atuação da equipe foi imprescindível no tratamento de pacientes internados com COVID-19, conta a fisioterapeuta, ressaltando como foi difícil lidar com tantas informações novas: “Foi tudo muito novo, já estávamos acostumados com pacientes críticos, mas os de COVID-19 trouxeram uma sensação de mais medo”.
 
“O que mais me marcou foi não poder visitar minha família no interior e de certa forma os pacientes acabam se tornando nossa família, por demandar uma internação mais longa”, disse Franciely.

Para ela, o início da vacinação significa o primeiro passo de tudo: “Vivemos momentos aterrorizantes. A vacina vem como um ponto de esperança, uma luz no fim do túnel”. 

Emoção à flor da pele

 
Com as 1114 doses recebidas, o Hospital da Baleia dará continuidade às aplicações ao longo desta quarta e uma das profissionais que está na fila é Elisângela Patrícia Rodrigues, enfermeira supervisora da instituição. 
 

 
Ela, que fez as primeiras aplicações nos profissionais, disse que não está ansiosa para chegar a sua vez, mas criou muita expectativa pela aprovação da vacina. Emocionada, afirma: “É uma honra fazer parte disso. Estou feliz, com um misto de bons sentimentos”. 
 
Outra enfermeira recebeu uma das cinco primeiras doses do hospital. Isabela Vilela trabalha no CTI COVID e relatou que ainda está processando a situação, pois não imaginava que fosse ser imunizada neste mês: “Acho que foi tudo muito rápido. Fui pega até de surpresa, ainda estou processando tudo isso!”.
 
Isabela Vilela é enfermeira e está há oito meses sem encontrar a família por causa da pandemia(foto: Jair Amaral/EM/D.A Press)
Isabela Vilela é enfermeira e está há oito meses sem encontrar a família por causa da pandemia (foto: Jair Amaral/EM/D.A Press)
“Estou emocionada, apesar de não saber como vai ser daqui pra frente, é uma sensação de vitória. A gente queria que acontecesse, mas parecia algo mais distante”, completou a enfermeira que está há oito meses sem contato com sua família.
 
Assim como Isabela, Grace, Franciely e Elisângela desejam descansar após quase um ano de tanto trabalho. Encontrar a família e abraçá-los está na lista de todas elas.

Tirar férias, andar sem medo e sentir o carinho de pessoas queridas são outras vontades manifestadas por elas.
 
Para os que aguardam na fila de vacinação, a mensagem foi unânime entre as quatro. “Não tenham medo, se vacinem”. Sem tratamentos com eficácia comprovada, muitos perderam a vida na luta contra a COVID-19, mas a esperança de salvar vidas está, agora, na tão esperada imunização. 
 
*Estagiária sob supervisão da subeditora Kelen Cristina



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