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Estado de Minas EDUCAÇÃO

Secretaria faz balanço de 2020 e projeta volta progressiva às aulas em MG

Apesar de não haver previsão para volta das atividades nas escolas, Governo de Minas se prepara para eventual retorno


17/12/2020 13:25 - atualizado 17/12/2020 13:45

Julia Sant'Anna, secretária de Estado de Educação de Minas Gerais(foto: Reprodução)
Julia Sant'Anna, secretária de Estado de Educação de Minas Gerais (foto: Reprodução)
O Governo de Minas apresentou nesta quinta-feira um balanço das atividades Secretaria de Estado de Educação no ano de 2020 e projetou as ações para 2021.

Uma das grandes preocupações de pais e alunos da rede pública estadual é uma provável perda na absorção do conteúdo ministrado de maneira remota, sistema adotado em Minas desde maio, em razão da pandemia de COVID-19.

A secretária de Educação, Julia Sant’Anna tentou tranquilizar a comunidade escolar, afirmando que há um “acompanhamento de aluno por aluno do ensino à distância”. A partir desse acompanhamento, a SEE planeja realizar uma “avaliação diagnóstica”, para detectar quais conteúdos e em quais região do estado há problemas e, consequentemente, estruturar um sistema de reforço escolar e melhor formação de professores.

Os resultados da avaliação devem ser divulgados em fevereiro de 2021.

Volta às aulas presenciais

Apesar da intenção do Governo de Minas em retomar as aulas presenciais das cidades que estão na ‘Onda Verde’ do programa Minas Consciente, a Justiça mineira barrou a volta das atividades, para evitar maior disseminação do coronavírus.

Segundo Julia Sant’Anna, o fato de outros estados terem já terem reiniciado as atividades presenciais lhe “tira o sono”. Ela entende que os alunos mineiros podem ficar para trás nas provas do Enem, ao tentarem disputar uma vaga no ensino superior.

Entretanto, a SEE já planeja um possível retorno, caso a Justiça autorize. A pasta propõe uma volta progressiva, com rodízio de alunos, para evitar aglomeração realização, e a realização de avaliações da condição de saúde dos estudantes a cada duas semanas, em parceria com a Secretaria de Saúde.

Julia, porém, deixa claro que, enquanto a população não estiver imunizada, o retorno dos alunos às escolas não será obrigatório.

Outras sugestões poderão ser apresentadas pela população por meio de uma consulta pública, que será realizada entre os meses de dezembro e janeiro.

Planos para 2021

A secretária de Educação destacou três focos principais para o próximo ano: a Educação para Jovens e Adultos (EJA) Novos Rumos, a expansão do ensino integral e a entrega do Premio Escola Transformação.

De acordo com Julia Sant'Anna, a metodologia que será utilizada no EJA Novos Rumos deverá “levar em conta bagagem e orientar o projeto de vida do aluno”. A SEE também espera reduzir a distorção idade/série, ou seja, a quantidade de alunos atrasados na escola com relação à idade. Julia Sant’Anna explicou que 65% dos alunos do período noturno têm mais de dois anos de atraso.

Além de privilegiar cursos de formação inicial e continuada (Fic), a certificação para os alunos deve ser emitida após 1 ano e meio de estudos. Serão disponibilizadas aproximadamente 25 mil vagas para jovens e adultos.

Sobre a expansão do ensino médio em tempo integral, o Governo planeja aumentar o número de vagas para 43 mil e o de escolas para 393. Em 2019, eram 12 mil vagas e 78 escolas em tempo integral.

A SEE também deve organizar o Prêmio Escola Transformação, inspirado na premiação Ideb Trabsformação. A ideia é que sejam condecoradas as escolas que apresentarem variações expressivas em seus resultados, como velocidade de produção dos alunos, alto índice de aprovação, menor taxa de reprovação e abandono. As regras do prêmio devem ser divulgadas em fevereiro.

Balanço de 2020

Em discurso, seguido de entrevista coletiva, a secretária de Educação Julia Sant’Anna exaltou dados como a nota 4 obtida pelos alunos do ensino médio no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), melhor resultado da história do estado.

Os alunos ainda tiveram a maior nota de português e matemática dos últimos oito anos. Julia também destacou que Minas teve a segunda maior queda do abandono escolar do Brasil, maior taxa de aprovação e menor taxa de reprovação/abandono.

Desde maio, por causa da pandemia de COVID-19, as aulas em Minas vem sendo ministradas em Regime Especial de Atividades Não Presenciais (Reanp), utilizando Planos de Estudo Tutorado (PET), planos esses muito “sólidos”, nas palavras da secretária de educação.

Foram realizadas atividades pelos canais de televisão Rede Minas e TV Assembleia e, também pelo Youtube. O programa Se Liga na Educação – que segundo o Governo de Minas, alcança 75% dos alunos da rede estadual – tem transmissão ao vivo diária, e serve para tirar dúvidas de alunos que podem fazer contato por telefone ou whatsapp.

Além disso, o aplicativo Conexão Escola, acessado por alunos e professores também auxiliou no desenvolvimento das atividades.

Os trabalhos contaram com participação das universidades mineiras na revisão do conteúdo, numa tentativa de maior aproximação do ensino superior à educação básica. Também contou com o apoio da União de Dirigentes Municipais da Educação (Undime).

De acordo com Julia Sant’Anna, a distribuição de conteúdo vem sendo realizada por ciclos, para evitar desânimo dos alunos e professores no desenvolvimento das atividades remotas. A chefe da pasta declarou que alunos que não têm acesso à internet receberam o material físico das mãos dos diretores “certeza da entrega nominal”.

Sobre o Sistema de Gestão Escolar adotado, a secretária disse que o objetivo é a equidade de tratamento a alunos de diferentes condições sociais, educação especial (com tradução para braile, acompanhamento de alunos autistas, entre outras ações) educação indígena, quilombola, de campo e educação de jovens e adultos (EJA).


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