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Estado de Minas SEGURANÇA

Roubo consumado registra queda de 33% em Sete Lagoas este ano

Enquanto que de janeiro a setembro do ano passado foram registrados 704 casos desta modalidade, em 2020 foram 466. A cidade chegou a somar mais de 2,3 mil ocorrências em um ano


28/10/2020 15:01 - atualizado 28/10/2020 15:17

Sete Lagoas conta com efetivo de 250 policiais militares, que vêm conseguindo conter o avanço dos índices de criminalidade(foto: PMMG/Divulgação)
Sete Lagoas conta com efetivo de 250 policiais militares, que vêm conseguindo conter o avanço dos índices de criminalidade (foto: PMMG/Divulgação)
A criminalidade em Sete Lagoas, cidade localizada na Região Metropolitana de Belo Horizonte, vem caindo nos últimos anos. E, em 2020, a retração tem sido acentuada em várias modalidades criminosas. Os crimes violentos – somatório de estupro, extorsão, sequestro, roubo e homicídio – registraram declínio de pouco mais de 26% nos nove primeiros meses deste ano em comparação com o mesmo período do ano passado.

Enquanto que em 2019 foram registradas 844 ocorrências deste tipo de crime, neste ano foram 622 registros. Dentro desse grupo, destaca-se o estupro consumado, que teve retração de 46,15%. Foram 13 ocorrências entre janeiro e setembro de 2019 contra sete registros neste ano.

O roubo consumado também teve se encontra em queda de 33,81% neste ano. Nos três primeiros trimestres de 2019, Sete Lagoas registrou 704 ocorrências deste tipo. Em 2020 foram 466 registros. 

Esta modalidade criminosa está em franco declínio na cidade desde 2017. No ano anterior registrou 3.236 ocorrências, segundo dados da Secretaria estadual de Justiça e Segurança Pública. Em 2017, caiu para 1.917 casos, em 2018 foi para 1.064 e, em 2019, para 911.  

Para o major Herivelton Soares, que está à frente do 25º Batalhão durante as férias do comandante Luiz Marinho, a pandemia de COVID-19 tem relativa influência nos registros deste ano. 

“Esse ano foi atípico. A pandemia afetou, com certeza, os números. A gente teve um período considerado crítico da pandemia, com menos pessoas circulando nas ruas. E isso reduz as ocorrências de roubo. Agora o fluxo de pessoas voltou ao normal. E, considerando que o roubo é um dos carros-chefes dos crimes violentos, a gente esperava essa redução”, explicou o major.

Mesmo assim, analisando-se os números de roubos consumados mês a mês neste ano, nota-se que os meses de julho, agosto e setembro foram os de menor registro deste tipo de crime, mesmo a cidade já se encontrando na onda amarela do Plano Minas Consciente. Em julho foram 34 casos, em agosto, 24, e em setembro, 26.

Para Soares, outras ações da Polícia Militar colaboraram para esse quadro. Uma delas é a Operação Impacto, uma força tarefa realizada há quatro meses e que conta com apoio do Policiamento Especializado da capital. A ação acontece no período em que há pagamento de servidores, aposentados e pensionistas, época em que há maior circulação de dinheiro nas ruas e, consequentemente, mais casos de roubo.

Além disso, a queda dos roubos pode estar associada à mudança da sede do batalhão e à redistribuição dos policiais, o que ampliou o patrulhamento ostensivo na cidade. Atualmente, o batalhão conta com efetivo de 250 policiais somente para Sete Lagoas.

“O batalhão veio para um bairro que historicamente trazia impacto para os números da segurança pública e isso surtiu efeito. A base comunitária que havia neste bairro possuía um efetivo considerável. Com a mudança do batalhão, esses policiais deixaram essa base e foram deslocados para o policiamento de rua, mas em outras localidades.

Na contramão

A pandemia, que trouxe reflexos positivos para os números, também teve seu lado negativo. Os índices de homicídios consumados ultrapassaram, em nove meses deste ano, todo o quantitativo registrado em 2019.

Enquanto que no ano passado Sete Lagoas teve 25 ocorrências desta modalidade criminosa, de janeiro a setembro deste ano já foram registradas 33 ocorrências. A explicação, segundo major Soares, pode estar relacionada à soltura de presos provocada pela pandemia.

“Em virtude da pandemia muitos detentos foram soltos e o aumento dos homicídios pode ter ligação com possíveis ajustes de contas desses presos com rivais. Além disso, um aumento já era esperado, uma vez que nos últimos anos temos conseguido baixar os homicídios em relação à média histórica. No ano passado [o índice] baixou mais da metade. Estudos comprovam que manter médias abaixo da metade não depende somente da atuação de órgãos públicos, mas também da atuação da sociedade. Sustentar isso é muito difícil”, analisou o oficial.

Mas, mesmo com o aumento em 2019, os números de homicídio consumado ainda se encontram num patamar abaixo dos índices de 2015, quando a cidade possuía alta taxa de mortalidade por essa modalidade criminosa. Naquele ano, a cidade registrou 43 ocorrências de homicídio consumado no período entre janeiro e setembro. 

“Há que se destacar que toda a vida é importante. Essa é a nossa missão. Sete Lagoas já chegou a registrar mais de 3.200 roubos em um ano. No ano passado fechamos com 960. É uma diferença muito grande e estamos aqui para reduzir ainda mais e dar segurança à população”, concluiu major Soares. 


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