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Estado de Minas POLÊMICA

Polícia do Meio Ambiente interdita empresa em Barão de Cocais

Polícia Militar do Meio Ambiente interdita extração de minério sem licença ambiental em bairro de Barão de Cocais. A empresa alega ter sido vítima de erro e que no local seria montada usina fotovoltaica


28/09/2020 16:01 - atualizado 28/09/2020 17:52

Polícia do Meio Ambiente apreendeu veículos e emitiu multas por extração de minério sem licença. Empresa entrará com recurso, pois, segundo proprietário, no local estava sendo realizado uma terraplanagem para montagem de usina de energia solar. (foto: PM do Meio Ambiente/Divulgação)
Polícia do Meio Ambiente apreendeu veículos e emitiu multas por extração de minério sem licença. Empresa entrará com recurso, pois, segundo proprietário, no local estava sendo realizado uma terraplanagem para montagem de usina de energia solar. (foto: PM do Meio Ambiente/Divulgação)
 

A Polícia Militar do Meio Ambiente interditou, no último domingo (27), em Barão de Cocais, uma empresa que, segundo a corporação, estava realizando extração de minério sem autorização em um terreno localizado no Bairro Castro. A empresa responsável, Strong Terraplenagem e Agrimensura, alega que foi vítima de erro por parte dos militares e que no local seria construída usina fotovoltaica (energia solar). A Strong diz ainda que vai recorrer à Justiça para reverter o embargo.

 

O comandante do Meio Ambiente em Barão de Cocais, sargento Eduardo, disse que foi constatada a exploração de cangas de minério de ferro sem licença ambiental. “A canga é um minério, podemos dizer de segunda linha. No momento da abordagem, quando chegamos à situação, não foi constatada a licença para essa atividade. Eles apresentaram uma certidão de dispensa de licenciamento, mas não condiz com o que estava sendo realizado. A terraplenagem, como eles alegam, teria que apenas nivelar o local, não extrair nada.” 

 

Ainda segundo o comandante, uma das infrações foi “de lavra a céu aberto, sem tratamento ou com tratamento a seco”. Foram quatro infrações que geram um total de multas de R$ 111.348. Um caminhão e duas retroescavadeiras foram apreendidas. 

 

O sócio proprietário e administrador da Strong Minérios, Bruno de Oliveira Bicalho Pinheiro, conta que o projeto para o local seria a construção de usina de energia solar. “A usina seria de até 5 Megawatts de potência e o contrato com a Cemig, de 25 anos. O projeto teve subsídio do governo federal para a compra das placas voltaicas em uma área de 2.5 hectares”, alegou.

 

Pinheiro aponta que os militares cometeram um erro de análise e que apresentaram as documentações no momento da abordagem, mas que não foram ouvidos. “Estávamos iniciando uma terraplenagem com todas as licenças devidas. É uma propriedade privada que fizemos uma parceria, ali nem cabe extração mineral, é uma área de expansão urbana. Demoramos cinco meses para fazer o projeto e tirar todas as licenças”, explicou.

 

O proprietário citou a Resolução do Conama 307/2002, sobre material oriundo de terraplanagem. “Se tem rocha onde eu preciso construir a minha usina, eu vou retirar, lógico. Eu vou retirar pedra, terra, eu vou retirar o que está no caminho e vou dar destino em um bota-fora legalizado. Não estamos fazendo nada fora dos padrões. Até o momento só abrimos a praça e começamos a fazer a terraplanagem”, ressaltou Pinheiro que entrará com ação judicial para reverter o embargo e as multas. 

 

 

 


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