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Estado de Minas CIÊNCIA

Trabalho científico da Polícia Civil identifica ossada encontrada em 2008

Análise do perfil genético da ossada descoberta em Santa Luzia levou ao nome de Sebastião Martins da Costa, que estava desaparecido havia 12 anos


15/09/2020 17:35 - atualizado 15/09/2020 18:06

Banco de Perfis Genéticos tem se tornado um importante aliado para a identificação de crimes (foto: PCMG/Divulgação)
Banco de Perfis Genéticos tem se tornado um importante aliado para a identificação de crimes (foto: PCMG/Divulgação)
Graças à ciência e ao fato de a Polícia Civil de Minas Gerais trabalhar com o Banco de Perfis Genéticos foi possível a identificação de uma ossada encontrada em Santa Luzia em 2008. Trata-se de Sebastião Martins da Costa, caso que era tratado como desaparecimento desde então.

Segundo o delegado Lucas Coutinho, os casos de pessoas desaparecidas não localizadas são encaminhados ao Instituto de Criminalística. Familiares doam sangue e materiais de uso pessoal do desaparecido que possibilitem a extração do DNA.

Com isso, é feita a inclusão do perfil genético de todas as ossadas e fragmentos corpóreos nesse banco. A partir da inserção, há um cruzamento automático com o perfil de familiares de pessoas desaparecidas.

“Com essa identificação, há a possibilidade de retomar as apurações do eventual crime em que o desaparecido foi vítima”, informa o delegado Coutinho.

Ele destaca ainda a importância de parentes (pais, irmãos e filhos) de pessoas desaparecidas serem encaminhados ao Instituto de Criminalística para a coleta e o armazenamento do perfil genético para futuros confrontos.

“Com isso, há a possibilidade de darmos respostas aos familiares de pessoas desaparecidas, que poderão viver o luto, obter a certidão de óbito e adotar as medidas pertinentes na área cível, como inventário, pensão, etc. Na área criminal, poderá ser investigado com eficiência eventual crime cometido, já que agora se tem a identidade da vítima, dado fundamental para a investigação”, afirma Coutinho.

A ossada de Sebastião


Na identificação da ossada encontrada em Santa Luzia, em 2008, inicialmente foi realizada a comparação do perfil genético obtido da ossada com perfis genéticos de pessoas com suposto vínculo a ela. Foi apurado um laudo negativo.

O segundo passo foi inserir as informações referentes à ossada nos bancos de dados de perfis genéticos, estadual e nacional, com o objetivo de estabelecer eventual vínculo com perfis de familiares que procuram por parentes desaparecidos.

A partir disso, foi possível identificar Sebastião, cujo perfil genético mostrou-se compatível com os dos irmãos dele, que se encontravam inseridos nesse banco.

A família de Sebastião foi chamada à Divisão de Referência da Pessoa Desaparecida (DRPD) para ser informada oficialmente sobre a identificação. Foi o fim de uma longa procura.

“Foi um alívio, apesar de sabermos que ele morreu e tomar ciência do que aconteceu com o meu irmão. Sou muito grata à Polícia Civil pelo desempenho neste caso”, disso Maria da Conceição Martins da Costa, de 60 anos, irmã de Sebastião.


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