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Estado de Minas CENTRO DE BH

Comerciantes informais querem aproveitar lojas abertas aos sábados para impulsionar vendas

Trabalhadores que expõem mercadorias nas ruas de BH acreditam que nova flexibilização pode dar fôlego financeiro


13/09/2020 06:00

Rosânia Ribeiro aposta na utilização de tapetes para higienizar calçados como chamariz de vendas.(foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)
Rosânia Ribeiro aposta na utilização de tapetes para higienizar calçados como chamariz de vendas. (foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)
Belo Horizonte viveu, ontem, o primeiro sábado de funcionamento do comércio desde meados de março, quando medidas restritivas foram tomadas em virtude da pandemia do novo coronavírus. Lojistas acreditam que a nova flexibilização pode dar fôlego ao caixa dos empreendimentos, visto que trata-se do dia em que, tradicionalmente, mais pessoas vão às ruas dispostas a comprar. Quem também demonstra esperança são comerciantes informais, que trabalham nas ruas e podem, de alguma forma, aproveitar a “maré” de consumidores.

No quarteirão fechado da rua Carijós, no centro de Belo Horizonte, o Estado de Minas avistou alguns trabalhadores expondo suas mercadorias. Ao lado de sua esposa, Silvana, o artesão Ronan Moreira comercializava seus colares, brincos e outros acessórios feitos à mão. Ele crê que a abertura das lojas aos sábados pode refletir positivamente em seu negócio.

“Fiquei sessenta dias em casa, mas não dá para ficar mais. Ou você morre de fome ou de coronavírus”, sustenta. Ronan está há 25 anos atuando nas ruas e é “figurinha” conhecida dos que passam pelo tradicional quarteirão fechado.

Expondo tapetes, panos de prato e outros utensílios do tipo, Rosânia Ribeiro chegou ao centro às 5h da manhã de sábado — e não tinha hora para encerrar o expediente.

“Já comecei vendendo. E ainda estou montando. Pretendo ficar aqui até quando ‘cansar’ minha beleza”, conta, em tom bem-humorado. Rosânia acredita que hábitos de higiene propagados em virtude da COVID-19 podem, inclusive, impulsionar o trabalho feito por ela.

“Os infectologistas mandaram as pessoas usar tapetes com álcool e água sanitária para limpar os pés”, lembra.

 

Ronan Moreira, que trabalha com a esposa, Silvana, sobrevive das vendas feitas ao ar livre há 25 anos.(foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)
Ronan Moreira, que trabalha com a esposa, Silvana, sobrevive das vendas feitas ao ar livre há 25 anos. (foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)
 

Guardas e fiscais por todo o centro


Durante as horas que a reportagem passou no centro de BH nesse sábado, foi possível ver diversos agentes da Guarda Municipal e fiscais da prefeitura atentos ao que se passava nas lojas. Para funcionar, vale lembrar, é preciso que diversas medidas preventivas, com a utilização de máscaras, sejam seguidas.

Integrantes do Executivo municipal oficializaram a autorização para a abertura aos sábados em entrevista coletiva concedida na sexta-feira (11). Agora, lojas de rua podem abrir às portas das 9h às 17h. O comércio instalado em shoppings, por sua vez, está autorizado a funcionar entre 12h e 20h. Nos dias úteis, os shoppings podem abrir no mesmo horário. Os estabelecimentos com porta para a rua atuam das 11h às 19h.

Processo de flexibilização


Depois de flexibilizar a quarentena e liberar o funcionamento de alguns setores do comércio varejista entre 25 de maio e 26 de junho, o prefeito Alexandre Kalil (PSD) voltou à "fase zero" – apenas os serviços essenciais poderiam funcionar. A reabertura gradual só foi retomada a partir de 6 de agosto, quando alguns segmentos não-essenciais puderam funcionar em escala alternada, três dias por semana.

Já no dia 20 de agosto, Kalil atendeu a um pedido de entidades ligadas aos lojistas da capital e aumentou a quantidade de dias permitidos para o funcionamento do comércio, que recebeu autorização para abrir as portas de segunda e sexta. Nessa etapa, umas das novidades da flexibilização foi a permissão para a reabertura dos restaurantes para almoço, sem consumo de bebida alcoólica nos locais.

Uma semana depois, a PBH oficializou a reabertura de bares e restaurantes a partir do dia 4 de setembro, com horários e dias da semana definidos. Além disso, o Executivo municipal autorizou o funcionamento de academias e clínicas de estética. Todos os segmentos estão tendo que adotar protocolos específicos.


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