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Estado de Minas SERRA DA PIEDADE

Obra dá a partida na locomotiva da Serra da Piedade

Já está sendo erguida a estação onde visitantes vão embarcar em veículo movido a diesel para o topo da montanha que abriga santuário dedicado à padroeira de Minas


09/09/2020 06:00 - atualizado 09/09/2020 07:19

Com previsão de término em dezembro, as obras para a implantação da estação estão a pleno vapor na Praça Antônio da Silva Bracarena(foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)
Com previsão de término em dezembro, as obras para a implantação da estação estão a pleno vapor na Praça Antônio da Silva Bracarena (foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)


Sustentabilidade para preservar uma região de rara beleza, segurança na direção da fé e mais conforto em dias de grandes celebrações. Já está em construção, depois de longa espera, a estação para embarque e desembarque de passageiros da locomotiva, com pneus e movida a diesel, que vai ligar a Praça Antônio da Silva Bracarena, antes conhecida como Praça da Cavalhada, ao topo da Serra da Piedade, em Caeté, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. O percurso é de 2,5 quilômetros.

A expectativa, segundo o reitor do Santuário Nossa Senhora da Piedade, padre Wagner Calegário de Souza, é de que o novo transporte comece a operar em dezembro. Antes disso, entrarão em cena carrinhos de golfe elétricos, substituindo os atuais, a gasolina, para garantir mobilidade a quem precisar. "Nosso objetivo é conduzir os projetos sem gerar impactos ambientais", afirma o reitor.

A locomotiva percorrerá 2,5 quilômetros até o alto da serra, que recebe anualmente cerca de 500 mil peregrinos e guarda preciosidades que vão da vista à imagem de Nossa Senhora da Piedade, esculpida por Aleijadinho (abaixo) (foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)
A locomotiva percorrerá 2,5 quilômetros até o alto da serra, que recebe anualmente cerca de 500 mil peregrinos e guarda preciosidades que vão da vista à imagem de Nossa Senhora da Piedade, esculpida por Aleijadinho (abaixo) (foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)

(foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)
(foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)
A Serra da Piedade recebe anualmente cerca de 500 mil peregrinos, e reabriu no último sábado para missas, com agendamento, depois de quase seis meses de ofícios religiosos presenciais interrompidos devido à pandemia do novo coronavírus. Atualmente, dentro dos protocolos do Ministério da Saúde e demais autoridades sanitárias, a pequena ermida do século 18, considerada a menor basílica do mundo, vem recebendo apenas 15 pessoas para as celebrações eucarísticas.

Com aprovação da Superintendência em Minas do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), a construção da estação da chamada Locomotiva da Piedade tem recursos no valor de R$ 1,07 milhão provenientes de um termo de fomento firmado entre o governo estadual, via Secretaria de Cultura e Turismo, e a Arquidiocese de Belo Horizonte, já que o santuário foi considerado atrativo turístico de especial relevância para Minas Gerais. Além do tombamento pelo Iphan, o patrimônio natural ganhou reconhecimento total dentro da Reserva da Biosfera da Serra do Espinhaço, título concedido em 2015 e depois ampliado pela Organização das Nações para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).

Movimento


Quem sobe a Serra da Piedade pode ver, do lado esquerdo, o canteiro de obras do novo equipamento de mobilidade para atender romeiros e turistas em passeio ao patrimônio espiritual, paisagístico, histórico e ambiental. Conforme a placa com os dados técnicos, os serviços começaram em 17 de março, com prazo de 287 dias, portanto com término em dezembro. Neste ano, ocorre o Jubileu de Diamante ou 60 anos da Proclamação de Nossa Senhora da Piedade como padroeira Minas – no altar da ermida, fica a imagem esculpida por Antonio Francisco Lisboa, o Aleijadinho (1738-1814).
 
A preocupação com o meio ambiente e o trânsito excessivo em dia de festividade na estrada apertada e sinuosa que leva ao alto da Serra motivaram o arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, dom Walmor Oliveira de Azevedo, a pensar numa alternativa para maior conforto dos visitantes. Pelo planejamento, quem chegar de carro, ônibus ou van à Praça Barcarena poderá desembarcar e "pegar o trem" até as duas basílicas. Com cinco vagões de uma composição vinda do Rio Grande do Sul e capacidade para transportar 100 passageiros em cada viagem, a Locomotiva da Piedade será um charme a mais para encantar os visitantes.
 
O planejamento para facilitar a vida dos peregrinos e garantir alternativa à perigosa rodovia BR-381, no sentido Vitória (ES), tem outra via, a qual vai demandar estudos e investimentos. Trata-se de um trem, dessa vez sobre trilhos, para ligar Belo Horizonte a Sabará e Caeté, com uma estação aos pés do maciço. A iniciativa ousada se completará com um teleférico até o alto.

Projeto


(foto: Arquidiocese Metropolitana de BH/Divulgação )
(foto: Arquidiocese Metropolitana de BH/Divulgação )


Características da locomotiva que circulará na Serra da Piedade

» Trajeto: 2,5 quilômetros da Praça Antônio da Silva Bracarena à Praça Dom Cabral. A locomotiva (foto) não funciona por meio de um sistema de trilhos. Tem um motor de um cavalo mecânico e cinco vagões
» Motor: Modelo Série C
» Marca: Cummins
» Potência: 310cv
» Número de cilindros: 6

Cavalo mecânico

» Modelo: Cargo 4331
» Caixa de transmissão: automática (revisada)


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