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Estado de Minas LESTE DE MINAS

Cartazes lembram morte do Rio Doce e de vítimas da COVID-19 em Valadares

Manifestação foi feita pelos movimentos sociais que participaram do Grito dos Excluídos, evento tradicional de 7 de setembro e que teve formato diferente na cidade


O canteiro central da Rua Marechal Floriano foi tomado por cartazes com cruzes, lembrando as mortes do Rio Doce e das vítimas da COVID-19(foto: Juninho Nogueira/Divulgação)
O canteiro central da Rua Marechal Floriano foi tomado por cartazes com cruzes, lembrando as mortes do Rio Doce e das vítimas da COVID-19 (foto: Juninho Nogueira/Divulgação)
A Rua Marechal Floriano, no Centro de Governador Valadares, foi tomada por cartazes com mensagens denunciando o crime ambiental praticado pelas mineradoras Samarco, Vale e BHP contra o Rio Doce, os 120 mil mortos no Brasil pela COVID-19 e os 220 mortos em decorrência da doença em Governador Valadares. Assim foi o Grito dos Excluídos, promovido pela Frente Brasil Popular, Frente Povo Sem Medo e a Cáritas do Brasil.

Foi uma manifestação diferente das de outros anos, por causa da pandemia do novo coronavírus, apenas com os líderes dos movimentos, usando máscaras e praticando o distanciamento social.

“Essa foi uma ação excepcional por causa da pandemia. Nosso intuito não era convocar uma multidão para as ruas. Nossa proposta foi marcar a data passando a mensagem da campanha anual”, disse Walter Andrade, um dos coordenadores do evento.

Os cartazes foram afixados no canteiro central da Rua Marechal Floriano, desde o monumento do Vigésimo Aniversário de Governador Valadares, em frente ao Fórum, até os prédios da Prefeitura e da Câmara Municipal.

Além de lembrar os óbitos causados pela COVID-19 e a morte do Rio Doce, os cartazes levaram à rua o grito das vítimas do desemprego e, como o movimento é organizado por instituições de esquerda, as mensagens também protestavam contra o governo federal.

O grito dos excluídos 2020 teve formato diferente, apenas com a presença dos líderes dos movimentos, todos de máscara(foto: Frente Brasil Popular/Divulgação)
O grito dos excluídos 2020 teve formato diferente, apenas com a presença dos líderes dos movimentos, todos de máscara (foto: Frente Brasil Popular/Divulgação)
“Minas não tem mar, fizeram um mar de lama em Minas”. Esse poema de autor desconhecido, que conta todo o drama dos mineiros das regiões afetadas pelo rompimento das barragens com rejeitos de minério em Mariana e Brumadinho, foi declamado logo depois da solenidade de hasteamento das bandeiras do Brasil, de Minas Gerais e de Governador Valadares, na Praça do Vigésimo.

Carta da CNBB


A solenidade foi a segunda parte do evento, que teve discursos das lideranças e a leitura da carta da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB, em favor dos excluídos e excluídas.

Na parte da tarde, os manifestantes percorreram ruas de bairros da periferia, com o carro de som à frente, com mensagens em defesa dos direitos de homens, mulheres e trabalhadores. No Bairro Santos Dumont, na saída para Vitória (ES), aconteceu o Varal Solidário, com distribuição de roupas e cestas básicas para as pessoas de baixa renda.

Militante do MST em frente à Praça do Vigésimo, onde aconteceu a solenidade do hasteamento de bandeiras(foto: Juninho Nogueira/Divulgação)
Militante do MST em frente à Praça do Vigésimo, onde aconteceu a solenidade do hasteamento de bandeiras (foto: Juninho Nogueira/Divulgação)
 


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