![A pesquisa EPICOVID é feita com coleta de sangue para detecção do novo coronavírus e de informações em questionário(foto: Divulgação/UFpel) A pesquisa EPICOVID é feita com coleta de sangue para detecção do novo coronavírus e de informações em questionário(foto: Divulgação/UFpel)](https://i.em.com.br/1NZayijP92pY_hydQOZmCMagoTs=/790x/smart/imgsapp.em.com.br/app/noticia_127983242361/2020/08/27/1179949/20200827120551332134a.jpg)
Na manhã de quinta, quando os pesquisadores iniciaram os trabalhos, várias pessoas se recusaram a recebê-los em suas casas, que são escolhidas de forma aleatória. Muitos moradores não quiseram ser submetidos aos exames.
A coordenação da pesquisa em Ipatinga fez contato com a prefeitura, que providenciou um comunicado em caráter de urgência, alertando às pessoas de que se trata de uma pesquisa importante, que está sendo feita em várias cidades brasileiras a título de amostragem, para que os cientistas da UFpel possam entender como se dá a propagação da COVID-19 no Brasil. O Ministério da Saúde financia a pesquisa.
A Prefeitura de Ipatinga, que desativou a publicação de notícias no site oficial como determina a legislação durante o período pré-eleitoral, havia enviado aos meios de comunicação uma nota, na segunda-feira, na qual a Secretaria Municipal de Saúde se manifestava favorável à realização pesquisa.
"A realização deste estudo na cidade é de grande valia, uma vez que além de ajudar a entender o processo de propagação e disseminação do vírus no nosso país ela cumpre o papel de auxiliar no mapeamento epidemiológico no ambiente local”, informou.
"A realização deste estudo na cidade é de grande valia, uma vez que além de ajudar a entender o processo de propagação e disseminação do vírus no nosso país ela cumpre o papel de auxiliar no mapeamento epidemiológico no ambiente local”, informou.
Reincidência
Esta não é a primeira vez que os pesquisadores da Epicovid, do Ibope/UFpel encontram problemas em Ipatinga. Na primeira fase da pesquisa, em maio, eles deixaram a cidade sem aplicar os questionários e os exames.
À época, a prefeitura explicou que não havia sido informada oficialmente sobre a realização da pesquisa, nem sobre os procedimentos de confecção dos laudos e descarte dos materiais utilizados.
À época, a prefeitura explicou que não havia sido informada oficialmente sobre a realização da pesquisa, nem sobre os procedimentos de confecção dos laudos e descarte dos materiais utilizados.
![O reitor da UFpel, Pedro Hallal, fez apelo à cidade de Ipatinga, em junho, para aceitar a realização da pesquisa(foto: Divulgação/UFpel) O reitor da UFpel, Pedro Hallal, fez apelo à cidade de Ipatinga, em junho, para aceitar a realização da pesquisa(foto: Divulgação/UFpel)](https://i.em.com.br/txiwrmGpbxEQaAkeIBoeayTOqxM=/790x/smart/imgsapp.em.com.br/app/noticia_127983242361/2020/08/27/1179949/20200827120730205791a.jpg)
O impasse foi resolvido e as fases 2 e 3 foram realizadas.
Em Governador Valadares, na primeira fase, uma equipe de pesquisadores foi levada pela Polícia Militar para prestar esclarecimentos em uma delegacia sobre o trabalho que tentavam realizar na cidade.
Nesta quinta-feira, em Valadares, não foram registradas ocorrências, segundo a prefeitura.
Nesta quinta-feira, em Valadares, não foram registradas ocorrências, segundo a prefeitura.
Pesquisa
Nessa nova etapa da pesquisa, o levantamento será feito com aproximadamente 250 pessoas, moradoras de Ipatinga escolhidas aleatoriamente, que serão testadas (por testes rápidos) e devem responder a um questionário.
O objetivo principal é estimar a proporção de casos de infecção pelo novo coronavírus na cidade, incluindo pessoas assintomáticas, e conhecer a velocidade da propagação da doença.
Com isso, será possível a elaboração de estratégias de saúde pública para o enfrentamento da COVID-19.
O objetivo principal é estimar a proporção de casos de infecção pelo novo coronavírus na cidade, incluindo pessoas assintomáticas, e conhecer a velocidade da propagação da doença.
Com isso, será possível a elaboração de estratégias de saúde pública para o enfrentamento da COVID-19.
![(foto: Divulgação/Prefeitura) (foto: Divulgação/Prefeitura)](https://i.em.com.br/7WMLvQrsoMk41ShfKY9FMTy09a4=/790x/smart/imgsapp.em.com.br/app/noticia_127983242361/2020/08/27/1179949/20200827145708928083i.jpg)
O teste detecta a presença de anticorpos, as imunoglobulinas IgM e IgG, que são defesas produzidas pelo organismo somente depois de sete a 10 dias da data de contágio pelo vírus. Dentro desse período, o resultado pode apontar negativo, mesmo que a pessoa tenha contraído o coronavírus.