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Estado de Minas FEMINICÍDIO

Homem que matou ex-mulher a facadas e enviou fotos é condenado a 16 anos de prisão

Flávio Santos da Silva estava separado da vítima há alguns meses, mas não aceitava o fim do casamento. Ele deu facadas no peito e no pescoço da ex-companheira em julho de 2018


14/08/2020 20:20 - atualizado 14/08/2020 20:54

Advogada foi morta dentro dentro de uma casa no Bairro Betânia, na Região Oeste de BH(foto: Reprodução/TV Alterosa)
Advogada foi morta dentro dentro de uma casa no Bairro Betânia, na Região Oeste de BH (foto: Reprodução/TV Alterosa)

Mais de dois anos depois, a família de Monalisa Camila da Silva finalmente vai ter Justiça pela morte da mulher, assassinada a facadas por Flávio Santos da Silva, seu ex-marido, em 24 de julho de 2018, no Bairro Betânia, Região Oeste de Belo Horizonte. O autor do crime foi condenado pelo TJMG a 16 anos de prisão em regime fechado nesta sexta-feira (14).

 

Monalisa tinha uma medida protetiva contra o homem, mas tal fato não impediu que ele invadisse o escritório advocatício da vítima e lhe desse duas facadas, uma no peito e outra no pescoço, e vários socos no rosto. Na sequência, Flávio ainda enviou fotos aos familiares da ex.

 

O fato aconteceu na Rua Dona Bela. Flávio e Monalisa viveram juntos por 15 anos e tiveram um filho. O relacionamento havia acabado meses antes do crime, mas o criminoso não se contentava com o término.

 

Então, na manhã daquela terça-feira, Flávio se dirigiu ao escritório de Monalisa para que ela o ajudasse a se inscrever em um curso. Durante o fato, eles discutiram por causa da ida da mulher em uma festa, o que resultou no ato violento.

 

Segundo o boletim registrado pela polícia à época, Flávio chamou os militares ao local após o crime. Ele confessou ter esfaqueado e golpeado Monalisa e disse ter tentado se matar na sequência, mas teve apenas ferimentos leves.

 

A polícia encontrou o corpo de Monalisa deitado no chão do escritório, um cômodo anexo à casa dela, no Betânia. O filho do casal estava na residência no dia do fato.

 

A mulher chegou a ser socorrida com vida, mas não resistiu aos ferimentos.

 

Julgamento

De acordo com o TJMG, os advogados de defesa de Flávio alegaram que ele era dependente químico. Também disseram que o homem não estava equilibrado emocionalmente, principalmente porque Monalisa mantinha contato com ele por telefone, apesar da medida protetiva.

 

Já a acusação sustentou que Flávio planejou o crime, motivado pelo sentimento de posse sobre a ex-companheira, e ainda com crueldade, tendo-a golpeado quando ela já estava desmaiada no chão em função dos golpes que sofreu na cabeça.

 

O fato dele não ter tentado socorrer Monalisa também foi ressaltado pelos promotores.

 

O juiz Leonardo Vieira Rocha Damasceno proferiu a sentença em acordo com a decisão dos jurados às 17h45, condenando o acusado a 16 anos de prisão em regime fechado.


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