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Estado de Minas EM MARIANA

Veterinário acusado por morte de cavalo será indenizado

Dono do animal divulgou nas redes sociais que o profissional era incompetente; veterinário alegou que o proprietário não esperou a alta médica para levar o cavalo para casa


05/08/2020 17:56 - atualizado 05/08/2020 22:30

Veterinário disse que perdeu clientes na cidade em razão dos boatos (foto: TJMG/Reprodução (Foto ilustrativa))
Veterinário disse que perdeu clientes na cidade em razão dos boatos (foto: TJMG/Reprodução (Foto ilustrativa))
Após sofrer ameaças nas redes sociais, um veterinário de Mariana, na Região Central de Minas, será indenizado em R$ 5 mil. O profissional foi responsabilizado pela morte de um cavalo que morreu em fevereiro após ter sido atendido por ele. O dono do animal foi condenado, em primeira instância, por danos morais pela 2ª Vara Cível, Criminal e de Execuções Penais de Mariana.

De acordo com o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), o médico veterinário sofreu ameaças nas redes sociais e pelo WhatsApp após o dono do animal divulgar que ele era incompetente por ter aplicado um medicamento errado no cavalo.

O veterinário alegou que cuidou do animal, mas que o dono não esperou a alta médica para levá-lo para casa. Relatou ainda que foi à casa do proprietário, dois dias depois, quando soube da piora do cavalo. O profissional aplicou medicação, mas não foi suficiente para salvar o cavalo.

O homem disse que perdeu clientes na cidade em razão dos boatos alegando danos causados à sua imagem.

O dono do animal não contestou os argumentos. A juíza Marcela de Moura afirmou que a indenização por danos morais é justa pela ofensa causada à vítima, “servindo de alento, amenizando a dor, o sofrimento e a humilhação, de forma efetiva, assim como em reprovação da conduta daquele que lesionou. Este é o caráter dúplice da reparação por danos morais: compensar a vítima e punir o agente agressor”.

O proprietário também foi condenado a pagar o custo do tratamento veterinário, no valor de R$ 785. A decisão é de primeira instância e é passível de recurso.
 
* Estagiária sob supervisão da subeditora Ellen Cristie. 


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