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Estado de Minas CASO BACKER

Polícia Civil e MP cumprem novos mandados de busca e apreensão na sede da Backer

Operação aconteceu depois de novos indícios de erros na produção de bebidas da Cervejaria Backer


04/08/2020 09:56 - atualizado 04/08/2020 10:53

Autoridades buscam mais provas de que houve erro no processo de produção de cervejas(foto: Divulgação/Ministério Público de Minas Gerais)
Autoridades buscam mais provas de que houve erro no processo de produção de cervejas (foto: Divulgação/Ministério Público de Minas Gerais)
Novos mandados de busca e apreensão foram cumpridos por Polícia Civil e Ministério Público de Minas Gerais na manhã desta terça-feira na sede da Cervejaria Backer, no Bairro Olhos D’água, na Região do Barreiro, em Belo Horizonte. A operação acontece depois de mais indícios, agora por parte do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, de erros na produção de bebidas, que causaram intoxicação de consumidores desde janeiro deste ano.
  

Os agentes estaduais estiveram na sede da empresa que produzia a cerveja Belorizontina com intuito de coletar mais documentos, possíveis provas. A intenção é que esses ofícios apreendidos integrem o inquérito policial, formulado em junho, e uma futura manifestação do Ministério Público (MP) à Justiça.

O mandado cumprido nesta terça foi expedido pelo juiz da Vara de Inquéritos Policiais da capital mineira. A ordem aconteceu após requerimento da 14ª Promotoria de Justiça de Defesa do Consumidor. A Backer ainda não se manifestou sobre essa operação.

A ingestão de bebidas intoxicadas com monoetilenoglicol e dietilenoglicol produzidas pela Backer, como a cerveja Belorizontina, matou dez pessoas e vitimou outras 42. Os sobreviventes lutam para superar sequelas graves, como cegueira, paralisia facial e perda da função renal, síntomas da chamada síndrome nefroneural.
 

Inquérito

Na conclusão do primeiro inquérito policial, em junho, a Polícia Civil confirmou 29 vítimas e mais 30 casos ainda em análise. O caso segue com o Ministério Público de Minas Gerais.

Na ocasião, Ângela Minghini Cotta, filha de Marco Aurélio Gonçalves Cotta, de 65 anos, última vítima constatada, disse ao Estado de Minas que esperava que o pai tivesse qualidade de vida em seus últimos dias.

"A investigação confirmou que existia um erro, independentemente se foi causado intencionalmente ou não, o erro aconteceu e a empresa tem que se responsabilizar por aquilo, afinal de contas ela é responsável pelo produto que coloca no mercado. O mínimo que espero deles é que o tempo que meu pai ainda estiver vivo, ele tenha qualidade de vida para estar bem", disse. 
 

Quebra de sigilo

O Tribunal de Justiça determinou a quebra de sigilo bancário das empresas que compõem o grupo econômico da Backer em 9 de julho.

O processo investiga os danos sofridos pelas vítimas de contaminação por monoetilenoglicol e dietilenoglicol após consumo das cervejas produzidas pela Backer. A ideia é apurar possíveis manobras para ocultar o patrimônio da cervejaria, cujos donos alegam falta de recursos para arcar com o tratamento médico dos intoxicados


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