Jornal Estado de Minas

RELIGIÃO

Missa na Serra da Piedade celebra os 60 anos da proclamação da padroeira de Minas



Os mineiros lembram, hoje, os 60 anos da proclamação de Nossa Senhora da Piedade como padroeira do estado, com uma novidade. Depois de mais de quatro meses fechada, devido à pandemia do novo coronavírus, a ermida do século 18, considerada a menor basílica do mundo e localizada no alto da Serra da Piedade, em Caeté, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, será reaberta para receber um pequeno grupo de romeiros, os vicentinos – tradicionalmente e com cerca de milhares de pessoas, eles fazem a peregrinação à ermida que guarda a imagem da santa esculpida por Antonio Francisco Lisboa, o Aleijadinho (1738-1814). Às 15h, no santuário, o arcebispo metropolitano de BH, dom Walmor Oliveira de Azevedo, vai celebrar missa comemorativa com transmissão pelas redes sociais e meios de comunicação católicos.




 
Na tarde de ontem, dom Walmor falou sobre a data de hoje. "Celebrar as seis décadas da proclamação que consagrou Minas Gerais a Nossa Senhora da Piedade é oportunidade para contemplar o passado, de modo reverente, e se inspirar para necessárias providências na atualidade. O reconhecimento pela Igreja de que Nossa Senhora da Piedade é a padroeira de Minas, da importância de seu santuário, no alto da serra, é uma herança dos nossos antepassados que precisamos honrar cada vez mais. Todos devem cuidar deste santuário, que é patrimônio religioso, ecológico, histórico e cultural. Lugar que convida à contemplação, fonte de bênçãos e de graças, o coração de Minas".
 
De acordo com a Arquidiocese de BH, não há data para reabertura do santuário, que tem duas basílicas, aos peregrinos. Em nota, a assessoria informa que visitas futuras serão por agendamento. Nos mais de 250 anos de história do Santuário da Padroeira de Minas Gerais, no alto da Serra da Piedade, será a primeira vez que não haverá grande peregrinação de hoje até setembro. A cada ano, o local recebe cerca de 500 mil pessoas. Outro problema que impedia as celebrações foi resolvido, com a retirada, pelo Departamento de Estradas e Edificações de Minas Gerais (DER-MG), de uma rocha que ameaçava rolar sobre o acesso ao topo da montanha. Um muro de contenção, para evitar que visitantes sejam atingidos por pedras, está em construção também a cargo do departamento.

Séculos de história


A proclamação de Nossa Senhora da Piedade como padroeira de Minas Gerais ocorreu em 31 de julho de 1960, fato que motivou uma grande festa na Praça da Liberdade, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte.




 
A oficialização foi feita pelo papa João XXIII (1881-1963), atendendo ao pedido dos bispos mineiros, entre eles o então arcebispo metropolitano de Belo Horizonte dom Antônio dos Santos Cabral (1884-1967), e do arcebispo coadjutor e administrador apostólico, dom João Resende Costa, bem como do governador do estado, José Francisco Bias Fortes (1891-1971). Nesse processo, destacou-se também o trabalho de dom Carlos Carmello de Vasconcelos Motta (1880-1982), mais conhecido como Cardeal Motta e que hoje batiza a praça em frente da ermida.
 
Com altitude de 1.740 metros, a Serra da Piedade abriga histórias de fé e até política. Foi no alto, por exemplo, que o ex-presidente Tancredo Neves (1910-1985) deu início à campanha de redemocratização do país, em 1984. Em dias muito claros, é possível vislumbrar a Serra do Caraça, o espelho d’água de Lagoa Santa, toda a cidade de Caeté, com o pontilhão ferroviário, e outros municípios da RMBH. O ponto principal, sem dúvida, é a ermida que dá exatamente o clima de “pedacinho do céu” de manhã bem cedo, quando nuvens baixas tomam conta do topo da serra.
 
A fama do lugar teria começado entre 1765 e 1767, conforme a tradição oral, com a aparição de Nossa Senhora, com o Menino Jesus nos braços, a uma menina, muda de nascimento, cuja família vivia na comunidade de Penha, a seis quilômetros da serra. Nesse momento, a menina teria conquistado a fala. Mais tarde, em 1773, o templo seria construído pelo ermitão português Antônio da Silva, o Bracarena.






O que é o coronavírus


Coronavírus são uma grande família de vírus que causam infecções respiratórias. O novo agente do coronavírus (COVID-19) foi descoberto em dezembro de 2019, na China. A doença pode causar infecções com sintomas inicialmente semelhantes aos resfriados ou gripes leves, mas com risco de se agravarem, podendo resultar em morte.
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Como a COVID-19 é transmitida? 

A transmissão dos coronavírus costuma ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com secreções contaminadas, como gotículas de saliva, espirro, tosse, catarro, contato pessoal próximo, como toque ou aperto de mão, contato com objetos ou superfícies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.

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Como se prevenir?

A recomendação é evitar aglomerações, ficar longe de quem apresenta sintomas de infecção respiratória, lavar as mãos com frequência, tossir com o antebraço em frente à boca e frequentemente fazer o uso de água e sabão para lavar as mãos ou álcool em gel após ter contato com superfícies e pessoas. Em casa, tome cuidados extras contra a COVID-19.



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Quais os sintomas do coronavírus?

Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:

  • Febre
  • Tosse
  • Falta de ar e dificuldade para respirar
  • Problemas gástricos
  • Diarreia

Em casos graves, as vítimas apresentam:

  • Pneumonia
  • Síndrome respiratória aguda severa
  • Insuficiência renal
Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avançam na identificação do comportamento do vírus. 

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Mitos e verdades sobre o vírus

Nas redes sociais, a propagação da COVID-19 espalhou também boatos sobre como o vírus Sars-CoV-2 é transmitido. E outras dúvidas foram surgindo: O álcool em gel é capaz de matar o vírus? O coronavírus é letal em um nível preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar várias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS não teria condições de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um médico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronavírus.

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