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Estado de Minas

Turistas voltam a burlar decreto e derrubam tapumes para ir ao Topo do Mundo

Mesmo com proibição imposta pela prefeitura de Brumadinho para conter o coronavírus, tradicional ponto turístico da RMBH recebeu visita de muitas pessoas, a maioria sem máscaras


04/07/2020 19:22 - atualizado 04/07/2020 20:02

Ponto de lazer para praticantes de voo livre, o ponto turístico foi interditado pela prefeitura de Brumadinho no fim de abril(foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)
Ponto de lazer para praticantes de voo livre, o ponto turístico foi interditado pela prefeitura de Brumadinho no fim de abril (foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)
 
Tradicional ponto turístico da Região Metropolitana de Belo Horizonte, o local que ficou conhecido como Topo do Mundo voltou a receber dezenas de turistas na tarde deste sábado. Mesmo com os riscos de contaminação por causa da pandemia provocada pelo novo coronavírus, os visitantes insistiram em burlar a determinação das autoridades de saúde e foram ao local para ver o pôr do sol e fazer fotos. Mais uma vez, as barreiras de metal instaladas pela Prefeitura de Brumadinho - para impedir a passagem até o cume - foram destruídas, com invasão em massa das pessoas que se arriscaram a ir ao local.
 
Pelo menos 100 pessoas de todas as idades acompanharam o entardecer do sábado de céu limpo e comprometeram a segurança. Casais de namorados, famílias inteiras com crianças e praticantes de voo livre deixaram de lado o isolamento domiciliar para curtir a paisagem num período de total risco para a saúde. A maioria não usava máscara, contrariando mais uma orientação para se prevenir da COVID-19.
 
Um casal de Belo Horizonte decidiu ir ao Topo do Mundo para passear com a filha pequena, que estava sem máscara. “A gente costuma dar um passeio, mas sem sair do carro. Só dar uma volta para arejar a cabeça. Quando vemos que não há aglomeração, costumamos sair, mas com cuidado. Hoje (ontem), como houve mais movimento de pessoas, optamos por sair daqui”, disse o pai da menina, que não quis se identificar. 
“Vimos o local livre e subimos até o topo. Imaginamos que não havia problemas”, justificou, ao ser questionado pelo fato de ter acessado um local que é bloqueado pela prefeitura.

Outro casal aproveitou a folga no fim de semana para ir ao ponto turístico.
Eles também falaram à reportagem sob a condição de anonimato. “Foi o primeiro dia que saímos para um lugar diferente, mas dá muito medo. Estamos trabalhando de casa. Estávamos curtindo a paisagem, mas preferimos descer depois que um monte de gente chegou até o topo”, disse a jovem, natural de Conselheiro Lafaiete e residente em Belo Horizonte.
 
No fim de abril, uma empresa terceirizada pela Prefeitura de Brumadinho instalou tapumes de 2,5 metros de altura para evitar a passagem de pessoas e o ponto turístico foi interditado, depois de pressão dos moradores da região. A Polícia Militar e a Defesa Civil têm feito inspeções, porém, ontem à tarde, nenhuma das corporações estava presente.  
O local pertence ao distrito de Casa Branca, onde há muitos condomínios, além de ser opção de chegada ao Museu do Inhotim. 
 

Irresponsabilidade 

 
Em contato com o Estado de Minas, a Prefeitura de Brumadinho lamenta que o espaço tenha sido invadido mais uma vez pelos turistas. “A prefeitura tem consciência dos acontecimentos. A Defesa Civil vem fazendo a fiscalização, mas infelizmente as pessoas não respeitam a determinação”, disse o município, por meio de sua assessoria.

Segundo óbito

A cidade de Brumadinho registrou ontem o segundo óbito por COVID-19, mas aponta que ambos estão sob investigação. O último boletim da Secretaria Municipal de Saúde mostrou que são 270 casos confirmados e outros 282 que serão investigados pelas autoridades. Pelo menos 193 pacientes tiveram a doença descartada por meio de testes rápidos.


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