
No balanço divulgado pela categoria constam os seguintes tipos de profissionais: agente comunitário (6), agente de combate a endemias (1), dentista (1), enfermeiro (10), farmacêutico (1), gerente (7), médico (14), nutricionista (1), técnico de enfermagem (31), técnico em saúde bucal (2) e outros (7).
Já a lista publicada nesta terça-feira pela SMSA identifica a seguinte relação: agente comunitário (2), dentista (3), enfermeiro (17), farmacêutico (1), medico (11), psicologo (2), técnico de enfermagem (35) e técnico em saúde bucal (2). No total, são 73 profissionais contaminados.
Números preocupam
De acordo com o sindicato, nos últimos 40 dias, 83 novos casos foram registrados entre os trabalhadores - um aumento de sete vezes desde o início da reabertura do comércio em Belo Horizonte e Região Metropolitana. Entre esses, quatro profissionais precisaram de internação hospitalar, sendo dois no CTI.
"O sindicato explica que o motivo principal da subnotificação é a não realização de testes para todas as categorias. Muitos profissionais acabam pagando testes particulares, que acabam não contabilizados pela Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte", informou.
Duzentos profissionais, segundo a entidade, podem ter tido contato com o coronavírus nos Centros de Saúde da cidade, analisando os dados da pesquisa da SMSA e levando em consideração o total de profissionais da rede que participaram da pesquisa.
"Cabe destacar a situação preocupante da UPA Norte, que já contabiliza nove casos, sendo sete somente nos últimos 30 dias, e dos Centros de Saúde Trevo e Carlos Chagas, que já tem mais de 5 casos. Ambos estão sendo considerados como situações de surtos locais", informou Sindibel.
Reivindicações
O sindicato acredita que a situação da COVID-19 em BH pode ser pior do que a divulgada oficialmente. "A avaliação do sindicato é que todos esses indícios levam a crer que a situação da pandemia está muito mais grave do que parece. É fundamental que a PBH fortaleça as medidas de prevenção à expansão da COVID19 em BH, com orientações educativas à população e adoção de medidas mais contundentes de isolamento social", informou por nota.
Por isso, Sindibel reinvidica a ampliação a testagem para trabalhadores de todas as categorias profissionais do SUS-BH; a publicação de Nota Técnica com ações para afastamento, monitoramento e testagem de profissionais quando colegas de trabalho são confirmados com COVID-19 e adoção das recomendações do Ministério da Saúde para afastamento preventivo de profissionais com suspeita ou confirmação da COVID-19, assim como para trabalhadores contactantes domiciliares de pessoas com suspeita ou confirmação da doença. De acordo com o sindicato, a PBH não afasta profissionais de saúde que vivem no mesmo domicílio de pessoas confirmadas.
O outro lado
A Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), por meio da Secretaria Municipal de Saúde, informou que mantém diálogo constante com o Sindbel e já recebeu as reivindicações e que elabora nota técnica para orientar e ampliar o monitoramento dos contatos domiciliares positivos de profissionais da saúde da rede SUS-BH.
"É importante esclarecer que todo profissional de saúde da PBH, com sintomas respiratórios, que atua ou não na assistência direta aos usuários, é afastado do trabalho, encaminhado para agendamento de perícia e acompanhado pela equipe assistencial. Casos com sintomas graves são testados para a COVID-19", informou.
Com abertura do Laboratório Municipal de Biologia Molecular, a Prefeitura fará exames em todos os trabalhadores de saúde de unidades assistenciais, incluindo, Agente de Combate a Endemia e Agente Comunitário de Saúde com sintomas respiratórios.
Desde o dia 21 de março, segundo a PBH, todos os trabalhadores da linha de frente com sintomas gripais são testados.
