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Estado de Minas SEM TÉDIO NA QUARENTENA

Festival virtual sobre sexo, arte e conscientização terá até festa on-line

Evento produzido por belo-horizontino é colaborativo e será promovido entre os dias 5 e 7 de junho


postado em 04/06/2020 18:31 / atualizado em 04/06/2020 20:42

A festa surgiu em dezembro de 2017 com foco na celebração da liberdade sexual, misturando música e arte(foto: Horny/ divulgação)
A festa surgiu em dezembro de 2017 com foco na celebração da liberdade sexual, misturando música e arte (foto: Horny/ divulgação)
Conectar as pessoas, levar informação e entretenimento. Em meio à pandemia do novo coronavírus, um festival 100% on-line e interativo se propõe a discutir e expressar sexualidade e diversidade durante esse tempo de isolamento social. Serão três dias com exibições de filmes, bate-papos, talk, exposição, performances e até mesmo um baile de máscaras virtual.

Esta é a primeira edição da Horny Sex Festival: um festival sobre sexo, arte e conscientização, alicerçado na liberdade sexual e respeito à diversidade.

"Acredito que mais do que nunca é neste momento que temos que colocar em pauta a sexualidade, conectar as pessoas, estar próximo, mesmo que virtualmente. Não é o momento de reprimir nossas vontades e desejos, que podem muitas vezes impactar na nossa saúde mental. É um momento de pensar novas formas de vivencia-lá", afirma o idealizador do projeto, Thales Albuquerque, de 31 anos.

Entre as atrações está uma entrevista com o ator pornô Rico Marlon, um dos mais conhecidos estúdios de pornô gay dos Estados Unidos. Haverá ainda uma exibição de curta-metragem mostrando as expressões criativas de sexo, fetiches e masturbação durante a quarentena e um talk pra discutir as perspectivas da cena das Porn Parties em meio à pandemia da COVID-19.

De acordo com Thales, as Porn Parties são festas com a proposta de promover a liberdade sexual por meio de ambientes livres de preconceitos e pudores. "São baladas liberais, onde o sexo é permitido em todos os espaços, inclusive na pista de dança", afirma.


O sexólogo Pedro Drubscky vai participar do debate "Prazer é nosso: dicas para aliviar o tesão". Para ele, discutir sexualidade é sempre interessante e importante. "Vivemos numa sociedade reprimida e onde a sexualidade é totalmente regrada, então, acredito que qualquer manifestação de libertação de corpos - ainda mais neste evento que lida com a sexualidade de uma forma diferente, com tabus sociais, tem toda a questão do fetiche - é sempre oportuna", afirma.

O evento é destinado a toda diversidade do público LGBTQ+, pessoas trans, cisgênero, não-binário, lésbicas, bissexuais e gays. "Os assuntos sobre sexo e sexualidade serão discutidos como um todo e, como haverá debates abertos, qualquer um pode participar, perguntando, tirando dúvidas e agregando informações, seja qual for a sua orientação sexual e identidade de gênero", disse Thales.

"Acredito que mais do que nunca é neste momento que temos que colocar em pauta a sexualidade, conectar as pessoas, estar próximos, mesmo que virtualmente. Não é o momento de reprimir nossas vontades e desejos"

Thales Albuquerque, idealizador do projeto

Sexo e isolamento social

Pedro Drubscky afirma que o isolamento social modifica as relações por tornar mais difíceis as interações presenciais: "Precisamos de pensar em uma forma de lidar com essa energia canalizada, já que não é possível fazer sexo. Então, é preciso encontrar formas de aliviar - seja por meio de mediação, atividades físicas ou do próprio prazer".

Para o sexólogo, é momento de se descobrir: "Por que não usar esse tempo para se conhecer? É momento de explorar o próprio corpo. (...) E a energia do corpo envolve não apenas a sexual, mas nosso corpo todo. Então, na verdade, para lidarmos bem com a saúde sexual, temos de dormir bem, meditar, fazer alongamento, beber água, tentar se estressar menos e alimentar-se bem".

Para ele, está valendo, também, o sexo virtual em tempos de pandemia. " O sexo on-line já é presente desde a era virtual. Mas, agora, está se tornando uma categoria oficial de sexo. As pessoas estão reconhecendo e usando dessa ferramenta. É uma das formas que elas têm de se distrair e se aliviar. Uma forma de expressar sexualidade. Acho muito válido."

Ele também destaca o aumento do número de troca de "nudes". Mas atenta: "Querendo ou não, enviar uma imagem nua no meio digital pode sair do nosso controle. Temos que ter isso em mente. Mas, também, é preciso saber que divulgar conteúdo sem permissão é crime. É proibido divulgar "nudes" e materiais íntimos sem consentimento". 

A exposição on-line


As expressões criativas de sexo, fetiches e masturbação durante a quarentena vão virar obra de arte na exposição Home Horny.

O objetivo é mostrar como as pessoas estão se expressando sexualmente durante o isolamento. Nesse caso, as fotos são enviadas pela própria pessoa que as tirou.

Os conteúdos são desde explícitos a mais artísticos, e qualquer um, maior de 18 anos, pode acessar a página por meio do site  cometohorny.com.

Thales afirma que todos podem participar, mas para a estreia já se  encerraram os envios."A exposição permanecerá fixa em nosso site após o festival e será atualizada semanalmente. Então, quem se interessar é só enviar para o nosso e-mail olá@cometohorny.com", disse.

 

Ver galeria . 9 Fotos Nas fotos, festas que ocorriam antes da pandemia do novo coronavírus. Horny tem como objetivo promover a liberdade sexualHorny/ divulgação
Nas fotos, festas que ocorriam antes da pandemia do novo coronavírus. Horny tem como objetivo promover a liberdade sexual (foto: Horny/ divulgação )
 

Festa e colaboração

Na sexta-feira, ocorrerá uma festa on-line temática, que contará com djs e performances. "Será uma baile de máscaras. Estamos aproveitando e tentando levar conscientização sobre o uso de máscaras durante a pandemia. E também é uma maneira de as pessoas se sentirem mais à vontade para se exibirem na webcam", conta Thales.

 

Grande parte da programação é gratuita. Porém, há conteúdos que somente quem colabora tem acesso. "Criamos várias formas de colaborações com diversos valores para que possamos ajudar nas despesas do projeto, que é totalmente independente, e para os artistas envolvidos", informou o organizador.

As colaborações podem ser feitas a partir de R$ 5.

Confira programação completa aqui.



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