![(foto: Leandro Couri/EM/D.A PRESS) (foto: Leandro Couri/EM/D.A PRESS)](https://i.em.com.br/nQO4G7DQsc05QhEi5DUfrrSox2k=/790x/smart/imgsapp.em.com.br/app/noticia_127983242361/2020/06/02/1153141/20200602184232550069e.jpg)
“Começamos com a intenção de fazer cerca de 50 marmitas por dia, que com a ajuda do Unibanco se transformaram em 2 mil. Foi tudo muito rápido, em uma semana já estávamos colocando o projeto em funcionamento”, conta Kdu.
As marmitas são produzidas por cozinheiras moradoras do aglomerado, que perderam a renda por causa da pandemia. Além delas, motoristas foram contratados para distribuir as marmitas. “Meu pai, por exemplo, é taxista e fiquei apreensivo vendo que ele estava fazendo as viagens em meio à pandemia, se colocando em risco, sabe? Então, criamos um mecanismo. Os motoristas de Uber e táxi aqui do aglomerado distribuem as marmitas, não se colocam tanto em risco e conseguem manter a renda”, afirma.
Os dançarinos do projeto Lá Da Favelinha também foram realocados. Os artistas agora auxiliam os motoristas na entrega das marmitas e, além de ajudar, conseguem manter a renda fixa. “Esses jovens vivem da dança. Muitos deles pagam a faculdade com esse dinheiro”, conta Kdu. Com a ideia, foram criados cerca de 75 novos empregos.
As doações são entregues para as famílias mais carentes do aglomerado, que foram cadastrados pelo projeto. Moradores em situação de rua e dependentes químicos também são atendidos. “Todo mundo que está trabalhando no projeto mora na Serra. Ou seja, acaba já sabendo quem são as pessoas que precisam. Disponibilizamos o cadastro para as famílias carentes e, quando falamos de moradores em situação de rua, já sabemos onde eles ficam, assim como os dependentes químicos”, explica Kdu.
Durante a pandemia, diversos cantores vem fazendo lives nas plataformas de vídeo a fim de recolher recursos para instituições de caridade. Com a live promovida pelo rapper Djonga, um dos principais rappers da cena cultural de Belo Horizonte, o Lá Da Favelinha conseguiu reformar a cozinha da associação de moradores do Cafezal. O dinheiro doado pelos fãs do rapper ajudou na organização do projeto e também foi destinado a instituições do Morro do Papagaio e Morro das Pedras. Além disso, o Lá Da Favelinha conseguiu apoiar projetos como o teatro Giramundo.
Kdu se emociona ao falar sobre o projeto: “Com esses tempos, eu ando muito chorão… Eu era diferente. Quando eu fui fazer as entregas, fiquei muito emocionado vendo principalmente as crianças. São casas cheias de jovens e sem apoio. A comida é algo muito especial, o alimento é muito importante. Além de ser simbólico é representativo e é gratificante”.
A parceria com Instituto Unibanco, ele diz, surgiu por meio das redes sociais. “O Aglomerado da Serra, por ser a maior comunidade de Minas, chama atenção. Eles nos viram nas redes e acabou sendo tudo muito rápido. E estamos vendo futuro na ação. Fomos bem elogiados sobre a prestação de contas”, conta.
Como ajudar
A ação vai terminar na próxima semana. Apesar disso, o projeto Lá Da Favelinha continua recebendo doações. Para doar, basta acessar o site evoe.cc/ladafavelinha ou fazer um deposito bancário.
Banco: Caixa Econômica Federal
Agência: 2381
Operação: 003
Conta corrente: 3296-7
Titular: Carlos Eduardo Costa dos Anjos
CNPJ: 16.526.624/0001-87
*Estagiária sob supervisão da subeditora Kelen Cristina