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Estado de Minas COVID-19

Decisão de abrir shopping populares foi difícil, diz infectologista

Integrante do comitê científico de Belo Horizonte, Estevão Urbano diz que eventualmente pode ter cometido erros, mas serão corrigidos


postado em 01/06/2020 09:46

(foto: Juarez Rodrigues/EM/DA PRESS)
(foto: Juarez Rodrigues/EM/DA PRESS)

 

O médico infectologista Estevão Urbano, que integra o comitê científico que aconselha o prefeito Alexandre Kalil (PSD), afirmou que, na próxima sexta-feira (5), será possível saber qual foi o impacto da reabertura dos shoppings populares no avanço do novo coronavírus em Belo Horizonte. "Às vezes a gente erra, pensa se cometeu uma injustiça abrindo um e não outro. Faz parte do processo de aprendizado de lidar com essa situação. Se notar que erramos, vamos corrigir", afirmou.

 

Estevão Urbano afirmou que a decisão de abrir os shoppings populares foi a mais difícil que o comitê tomou, "uma balança difícil de decidir". O comitê levou em conta, ao liberar o funcionamento, o fato de que 500 a 600 vendedores, que estão nos shoppings populares, poderiam ir para as ruas para trabalhar como ambulantes, uma forma de obter renda.

 

Com a abertura dos shoppings populares, a prefeitura consegue ter formas de controlar melhor, mais do que teria se eles estivessem nas ruas. "Cerca de 500 a 600 ambulantes estariam nas ruas. Isso seria pior do que abrir. Estariam em falência e iriam para rua. E, na rua, é mais difícil fazer o controle.  É uma decisão muito difícil que pode abrir sentimento de injustiça", ponderou.

 

Na próxima sexta-feira, já terão se passado duas semanas da abertura, o que corresponde ao tempo de que as pessoas infectadas apresentam os sintomas, cerca de 15 dias. Ele lembra que o isolamento social é uma "situação dificílima" tanto para quem tem recursos para ficar em casa guardando a quarentena, quanto para quem não dispõe de recursos e precisa sair para trabalhar. "As decisões visam preservar a vida", argumentou.

 

Estevão Urbano disse que cabe aos cientistas lidar com os aspectos médicos de enfrentamento da doença e cabe aos governos, principalmente o federal, apresentarem políticas públicas econômicas para ajudar as pessoas atravessarem este momento.

 

 


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