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Coronavírus: dos 98 profissionais mortos no Brasil, 25 são enfermeiros

Os enfermeiros destacaram o fato de que cerca de 90% dos trabalhadores da saúde recebem, a título de adicional de insalubridade, apenas R$ 71,70 por mês - ou R$ 3,58 por dia


postado em 13/05/2020 04:00 / atualizado em 13/05/2020 10:43

Profissionais da saúde fizeram ato na Praça Sete, no Centro de BH, para reivindicar a valorização da categoria na linha de frente contra a COVID-19 (foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press)
Profissionais da saúde fizeram ato na Praça Sete, no Centro de BH, para reivindicar a valorização da categoria na linha de frente contra a COVID-19 (foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press)

Em todo o planeta é comemorado ontem o Dia Internacional do Enfermeiro. Apesar de estarem na linha de frente no combate à COVID-19, muitas vezes esses profissionais têm seus direitos negados, segundo a classe. Por isso, um grupo de enfermeiros, liderado pelo Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Belo Horizonte (SINDIBEL), se reuniu em frente ao obelisco da Praça Sete com o intuito de chamar a atenção para a valorização da categoria durante a Semana da Enfermagem. Foram colocadas 98 cruzes no monumento, representando cada profissional da saúde morto no Brasil em meio à pandemia.
 
Carregando cartazes de ordem, os enfermeiros destacaram o fato de que cerca de 90% dos trabalhadores da saúde recebem, a título de adicional de insalubridade, apenas R$ 71,70 por mês (ou R$ 3,58 por dia) para colocar em risco a própria saúde e a de seus familiares.
 
“O valor do adicional de insalubridade, além de não corresponder à justa retribuição ou compensação pelos riscos aos quais estes profissionais da saúde estão expostos, ficou sem o reajuste integral da inflação por cerca de 11 anos ou no período de 2007 a 2019, recebendo apenas reajuste de 2,53% em 2018 contra inflação acumulada de 105%, conforme o INPC apurado de 2007 a 2019”, explica Ilda Alexandrino, técnica de enfermagem e vice-presidente do Sindibel.
 
Durante a pandemia, o Sindibel vem solicitando à Prefeitura de Belo Horizonte que o adicional de insalubridade seja calculado conforme o salário-base, e que enquanto perdurar a pandemia seja concedido a todos os profissionais da saúde o pagamento do adicional de insalubridade no grau máximo (40%), pelo alto risco à saúde e à vida em função da contaminação pelo novo coronavírus.
 
De acordo com Observatório da Enfermagem do Conselho Federal de Enfermagem (Cofen), dos 98 profissionais mortos pela COVID-19 no Brasil, 25 são enfermeiros, 56 técnicos e 17 auxiliares de enfermagem. Além disso, 67% são mulheres. O número de casos já é maior do que nos Estados Unidos, país mais atingido pela pandemia no mundo e que contabiliza 91 mortes de profissionais. Em todo o mundo, 260 trabalhadores da área morreram, segundo levantamento da National Nurses United (NNU).

Redes Sociais Além da luta pela classe, os enfermeiros de todo o Brasil começaram um apelo pedindo para que as pessoas permaneçam em casa. Durante todo o dia, imagens com o pedido estão sendo publicadas nas redes sociais. O movimento, levanta a bandeira do isolamento social e enfatiza que para que os profissionais da saúde sigam trabalhando é preciso a colaboração de toda a população para não sobrecarregar o Sistema Único de Saúde (SUS).

*Estagiária sob supervisão da subeditora Kellen Cristina



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