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Estado de Minas PANDEMIA

Coronavírus: corrida pela vacina, mortes e lockdown pelo Brasil

Brasil tem mais 396 vítimas do coronavírus e total passa de 11,5 mil. País quer fazer testes de imunização, enquanto restrição total cresce


postado em 12/05/2020 00:29 / atualizado em 12/05/2020 07:57

(foto: Júlio Nascimento/PR)
(foto: Júlio Nascimento/PR)

''A gente está trabalhando para integrar um grupo que vai testar a primeira vacina para COVID-19. Estamos interagindo para fazer parte desse grupo. Isso é importante para o Brasil''

Nelson Teich, ministro da Saúde



O Brasil registrou 396 mortes decorrentes do novo coronavírus nas últimas 24 horas, segundo atualização feita pelo Ministério da Saúde ontem. Com isso, o total oficial de vítimas da covid-19 no país subiu de 11.123 para 11.519. O número de casos confirmados da doença saltou de 162.699 para 168.331, com 5.632 novos registros entre domingo e ontem. A taxa de letalidade, isto é, a proporção dos infectados pelo vírus que morrem, é de 6,8%. São 5,5 vidas perdidas por 100 mil habitantes no Brasil. Também ontem, o ministro da Saúde Nelson Teich afirmou que está “trabalhando para integrar um grupo que vai testar a primeira vacina para COVID-19. Estamos interagindo para fazer parte desse grupo. Isso é importante para o Brasil”, declarou Teich. Com o avanço da doença cresce o número de cidades que adotam o lockdown, ou bloqueio total, para reduzir o ritmo de contágio pelo novo coronavírus. (Leia abaixo.)

A pressão pelo aumento do isolamento social para conter a doença levou os conselhos de saúde que representam estados de municípios a rejeitarem a nova diretriz do Ministério da Saúde sobre distanciamento social, principal promessa de Nelson Teich ao assumir a pasta para rever a estratégia de combate à COVID-19. A proposta de Teich levanta uma série de dados, como capacidade de atendimento, ocupação de leitos, e número de casos e óbitos. Cada item teria uma pontuação. Somados, mostrariam em que situação está cada local e qual intervenção específica é sugerida.

A medida, no entanto, gerou temor de que as diretrizes virassem arma para discurso contrário ao isolamento. Além de considerarem inoportuna a discussão, secretários também afirmam que seria inviável levantar os dados especificados, que mudam diariamente. Teich se disse surpreso com a rejeição e disse que, no fim de semana, tratou do assunto com representantes dos conselhos e que houve consenso de que as medidas seriam anunciadas para balizar e orientar cada gestor local a tomar suas medidas. Em coletiva de imprensa na tarde de ontem, o ministrou voltou a afirmar que não se trata de dizer se é melhor flexibilizar ou isolar certa população por causa da disseminação do novo coronavírus, mas sim de trabalhar sem “interesse pessoal”, pela coletividade.

Números 

São Paulo é o estado que apresenta os maiores números, com 3.743 óbitos decorrentes do novo coronavírus e 46.131 casos confirmados. Em segundo lugar, o Rio de Janeiro já contabiliza 1.770 óbitos em função da doença e 17.939 casos confirmados. Em seguida, vêm Ceará (1.189 óbitos, 17.599 casos confirmados), Pernambuco (1.087 óbitos, 13.768 casos confirmados) e Amazonas (1.035 óbitos, 12.919 casos confirmados).

O governo ressalta que o número de mortes registradas nas últimas 24 horas não indica efetivamente quantas pessoas faleceram de um dia para o outro, mas sim o número de óbitos que tiveram o diagnóstico de coronavírus confirmado nesse intervalo. Mesmo assim, este número vem crescendo. Apenas nos últimos sete dias, incluindo novos registros de segunda, 4 de maio, até domingo, foram 4.098 novos óbito por COVID-19 no país. Especialistas apontam ainda que o número real de infectados e mortos pela doença deve ser maior que o indicado pelas estatísticas oficiais, uma vez que nem todos os casos chegam a ser testados.

Além disso, no Brasil, a epidemia tem assumido um perfil diferente do que outros lugares apresentaram. Pelo menos 45% das pessoas internadas no País por causa do novo coronavírus têm entre 20 e 59 anos. Segundo autoridades sanitárias, como a Organização Mundial da Saúde (OMS), o isolamento social é a “ferramenta” capaz de conter a disseminação rápida do vírus e assim evitar a sobrecarga dos sistemas de saúde. Especialistas brasileiros também já apontam a necessidade do chamado lockdown nos locais mais afetados, o que caracteriza o grau mais extremo do distanciamento social, no qual ele se torna obrigatório.

Academias e salões

Conforme adiantado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) no domingo, o governo incluiu algumas atividades na lista de ‘serviços essenciais’ durante o período de pandemia do coronavírus. Em entrevista coletiva na porta do Palácio da Alvorada, na noite de ontem, Bolsonaro revelou que academias, barbearias e salões de beleza entrariam no rol. A inclusão das atividades foi publicada ontem, no Diário Oficial da União. Para o presidente, a abertura dos três tipos de comércio é questão de ‘saúde e higiene’. Os estabelecimentos, de acordo com o chefe do Executivo, funcionarão conforme as normas do Ministério da Saúde. A decisão foi tomada sem consultar o ministro da Saúde, Nelson Teich, que foi informado do decreto durante coletiva para divulgar os números da COVID-19 no país.



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