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Estado de Minas

Unimed diz estar preparada para o coronavírus e pede para a população ficar em casa

Em coletiva, diretores destacaram que, até o momento, o isolamento se mostra a única opção eficiente para combater a transmissão da doença. Operadora de planos de saúde já registra pacientes com suspeita e reforça estrutura


postado em 19/03/2020 12:26 / atualizado em 19/03/2020 13:39

Clínica da Unimed na Avenida Pedro I, em Belo Horizonte(foto: Reprodução da internet/Google Maps)
Clínica da Unimed na Avenida Pedro I, em Belo Horizonte (foto: Reprodução da internet/Google Maps)


"Não saiam e não recorram aos pronto-atendimentos". A orientação vem da Unimed, uma das maiores operadoras de planos de saúde de Minas Gerais e do país. Nesta quinta-feira, a empresa concedeu uma coletiva de imprensa para falar sobre as medidas que foram adotadas para atender aos clientes durante a pandemia do COVID-19, doença provocada pelo novo coronavírus. Até a manhã desta quinta-feira, Minas Gerais já tinha 19 pessoas com diagnóstico confirmado. Destas, 10 em Belo Horizonte

De acordo com o diretor-presidente da Unimed, Samuel Flam, manter o sistema operante é prioridade. "Todas as medidas tomadas visam manter os hospitais abertos, manter pagamento de funcionários, de médicos, para que o sistema não pare de funcionar", disse. 

Flam também reforça que o tratamento dos pacientes com infecção pelo coronavírus depende do quadro clínico, não do resultado do exame. "Meu exame deu positivo, eu tenho que ficar na porta do hospital? Não é isso. Se for positivo, isola. Fiquem quietos em casa. Principalmente para os mais idosos, cujo risco da doença é muito maior, principalmente se tiver comorbidade, como doenças cardíacas, diabetes, hipertensão. A exposição na rua, a saída aumenta a probabilidade de adquirir o vírus". 

Ele afirma que a empresa tem estudado o que ocorreu na China, na Itália e outros países da Europa. Ele também destaca que é preciso separar, dentro de casa, as pessoas que têm a doença para não transmitir ao restante da família. Flan explica que só deve procurar o hospital quem tiver piora clínica, tanto para não sobrecarregar o sistema quanto para evitar o contágio. 



"Nós, médicos de Belo Horizonte, estaremos nos hospitais 24 horas, colocando em risco a nós, as nossas família, para atender vocês. Estaremos no hospital, mas pedindo para que fiquem em casa. Desta maneira, os serviços de saúde funcionarão melhor. Quanto mais preservarmos nossos recursos, melhor atenderemos nossa população. Fiquem em casa, reduzam a velocidade de progressão da doença. Só em extrema necessidade, se dirijam as nossas unidades", enfatiza. "Não saiam e não recorram aos pronto-atendimentos. Normalmente, o maior contágio costuma ser na sala de espera de hospital". 

Por fim, ele ressalta a importância de se manter longe do convívio social neste momento, quando possível. "O isolamento é a única coisa que se mostrou certa (para conter a doença). É uma luta de todos nós. De uma população mundial que está sobre o ataque do coronavirus. Uma pandemia que exige o esforço de todos, a colaboração de todos", pontuou. 

"Ficar apavorado não vai ajudar ninguém"


O diretor de Provimento de Saúde da Unimed, José Augusto Ferreira, destaca que essa é uma situação nunca antes enfrentada. "Não temos como prever qual será o impacto na nossa rede operadora e de cooperados. Sabemos que vai ocorrer, e pode se prolongar por oito, 12, 16 semanas", disse na entrevista coletiva. 

Ele afirma que a empresa está atenta ao impacto na rede operadora. "Elaboramos algumas medidas. O impacto será diferente em relação a cada colaborador. Em alguns casos pode até aumentar em relação aos pacientes que têm suspeita. Em outros, como cirurgias eletivas, podem ter um impacto muito grande. É preciso dar uma garantia de faturamento mínimo para médicos e cooperados da rede operadora", afirma Ferreira. 

O diretor explica que já existe um protocolo para utilização racional dos recursos, como leitos, respiradores, equipamentos de proteção individual (EPIs), e também voltado para médicos, enfermeiros e demais funcionários. "Na região Leste e Barreiro, casos de dengue. Nas últimas semanas, circulação do vírus Influenza. Efetivamente, suspeitos de coronavírus são 415 pacientes, em termos de 1,2 milhões de clientes, não é uma parcela muito grande", analisa.

"Estamos percebendo muito mais uma situação de ansiedade da população de ter ou não o vírus. Já estamos em uma situação de transmissão comunitária, o vírus já está em nosso meio. Qualquer síndrome gripal tem possibilidade de ser coronavírus. O médico te dá um medicamento e  orientações para evitar contato com outras pessoas. Se tem quadro febril, dificuldade respiratória ou outras comorbidades, aí sim essa pessoa deve ir para o hospital", ressaltou, lembrando que no momento da vidada da estação, com a chegada do outono, a mudança climática pode favorecer a contaminação pelo vírus. 

José Augusto Ferreira concluiu dizendo que a rede está preparada para receber os pacientes e pediu calma. " Temos leitos em expansão, respiradores em número superior à nossa demanda no momento, ofertas de hospitais que colocam mais unidades de internaçao quando necessário, serviço de ambulância que está pronto. Estamos preparados para enfrentar essa situação. Tenhamos calma. Ficar apavorado, entrar em pânico, não vai ajudar ninguém", orienta. 


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