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Estado de Minas CORONAVÍRUS

Com 48 casos suspeitos de coronavírus, BH inaugura serviço especializado

Número de casos sob investigação na capital mineira teve salto. Veja respostas para algumas das dúvidas frequentes sobre a COVID-19, doença causada pelo vírus


postado em 04/03/2020 06:00 / atualizado em 04/03/2020 08:28

Centro Especializado em Coronavírus vai funcionar em espaço anexo à UPA Centro-Sul, da Prefeitura de Belo Horizonte (foto: Leandro Couri/EM/DA Press)
Centro Especializado em Coronavírus vai funcionar em espaço anexo à UPA Centro-Sul, da Prefeitura de Belo Horizonte (foto: Leandro Couri/EM/DA Press)


Dispara o número de casos investigados de coronavírus em Belo Horizonte. De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, a capital mineira já contabiliza 48 pessoas que podem estar infectadas. No balanço disponível anteriormente, esse total era de 19. Para tentar conter a disseminação da doença, começou a funcionar ontem, das 7h às 19h, novo centro especializado na capital mineira, na Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) Centro-Sul, no Bairro Santa Efigênia, Região Hospitalar. Pessoas que desenvolverem sintomas compatíveis com os da virose e estiveram recentemente na China, em países com casos confirmados ou que tiveram contato com pacientes com suspeita ou com contágio confirmado podem procurar a unidade de referência.
 
Os números da prefeitura divergem dos que constam do mais recente boletim da Secretaria de Estado da Saúde, também divulgado ontem. A pasta estadual contabiliza 58 casos suspeitos de infecção humana pelo COVID-19, dos quais 27 na capital. A primeira suspeita em território mineiro foi notificada no dia 28 de janeiro, mas Minas ainda não tem diagnóstico confirmado. Dos casos considerados suspeitos no estado, 33 são de pacientes do sexo feminino e 25 do sexo masculino, com média de idade de 33 anos e variação de 1 a 67 anos. De acordo com o boletim epidemiológico, com relação ao histórico de deslocamento, 44 (73%) referem viagem a países com circulação do COVID -19 como Itália, Alemanha, Singapura, Tailândia, Vietnã, França, Inglaterra e Portugal, e 16 não têm histórico de viagem, mas tiveram contato com casos suspeitos.
 
Chama atenção o fato de que Belo Horizonte investiga quase o mesmo número de casos suspeitos contabilizados por autoridades estaduais. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, 54 pessoas com sintomas de doenças respiratórias procuraram serviços de saúde na capital, das quais seis tiveram quadro descartado. “No entanto, para serem classificados como suspeitos é necessário que se enquadrem nos critérios do Ministério da Saúde para COVID-19. Até o momento, do total de 54 notificados, 19 foram classificados como suspeitos, seis descartados e os demais permanecem em investigação”, informou a pasta, esclarecendo que cabe à secretaria de estado a contagem oficial de casos suspeitos.
 
Pelos critérios do Ministério da Saúde, para que um paciente seja considerado suspeito, deve apresentar febre e pelo menos um sintoma respiratório (tosse, dificuldade para respirar, entre outros), além de ter histórico de viagem para área com transmissão local, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), nos 14 dias anteriores ao aparecimento dos sinais. Enquadram-se no critério ainda pessoas que apresentem sintomas e tenham histórico de contato próximo com caso suspeito de coronavírus, nos 14 dias anteriores ao aparecimento dos sinais. Para essas pessoas, a orientação é que se dirijam a uma unidade médica já com máscara ou lenço e se identifique desde a entrada, para que recebam o acolhimento correto e evitem a eventual proliferação do vírus.
 
Ontem, o novo Centro Especializado em Coronavírus da capital ainda não havia sido sinalizado, embora funcionários afirmassem que já havia começado a atender. Tampouco havia movimentação de pacientes com sintomas à procura de atendimento. “A unidade conta com equipe médica, equipe de enfermagem e com ambulância disponível para transportar o paciente, caso haja necessidade de internação”, informou o secretário municipal de Saúde, Jackson Machado. A unidade deve ser devidamente identificada hoje.

“Esse centro serve para o atendimento de pacientes que apresentaram os sintomas depois de passarem pela China; pessoas que tiveram contato próximo com alguém que tenha suspeita da doença; e profissionais de saúde que tiveram contato com um caso confirmado em laboratório da enfermidade respiratória”, disse. “O centro pode atender uma demanda direta, temos uma triagem na porta”, acrescentou. “Tudo vai depender do estado do paciente. Ele pode ficar no centro em observação, fazer o tratamento em domicílio ou ser encaminhado para um hospital” afirmou.

Hospitais


Há um mês, depois que o novo coronavírus se tornou o problema de saúde pública mundial, as secretarias da área de Minas Gerais e de BH criaram planos de contingência para lidar com eventuais pacientes. Seis hospitais foram selecionados como referência para o encaminhamento de eventuais casos suspeitos.
 
Na capital mineira há duas opções: os hospitais Eduardo de Menezes (Rua Doutor Cristiano Rezende, 2.213, Bairro Bonsucesso, no Barreiro), para adultos; e Hospital Infantil João Paulo II (Alameda Ezequiel Dias, 345, Centro), para crianças. No interior, são considerados referência o Hospital Samuel Libânio, em Pouso Alegre (Sul); o Hospital das Clínicas de Uberlândia (Triângulo); o Hospital Regional João Penido, de Juiz de Fora (Zona da Mata); e o Hospital Márcio Cunha, de Ipatinga (Vale do Rio Doce).

Prevenção


O Ministério da Saúde vai antecipar a Campanha Nacional de Vacinação contra a Influenza como estratégia de diminuir a quantidade de pessoas com gripe no inverno. A vacinação deve começar no dia 23 deste mês, e não mais na segunda quinzena de abril. O secretário de Saúde de BH afirma que a providência ajuda no combate ao coronavírus. “Livra as pessoas de adquirirem uma doença que se parece muito com o coronavírus. Assim, desafoga-se o sistema de saúde”, disse. *Estagiário sob supervisão do editor Roney Garcia

Coronavírus


» O que é
Coronavírus é uma família de vírus que causam infecções respiratórias. O novo agente, batizado COVID-19,  foi descoberto em 31 de dezembro de 2019, após casos registrados na China

» Sintomas
Os sinais e sintomas são principalmente respiratórios, semelhantes a um resfriado. O vírus pode, também, causar infecção do trato respiratório inferior, como pneumonia. Os principais sintomas conhecidos até o momento são:

» Febre
» Tosse
» Dificuldade para respirar

» Qual a diferença entre gripe e o novo coronavírus?
No início da doença, não existe diferença quanto aos sinais e sintomas de uma infecção pelo novo coronavírus em comparação com os demais vírus. Por isso, é importante ficar atento às áreas de transmissão local. Apenas pessoas que tenham sintomas e tenham viajado para países com casos confirmados ou doentes que tenham tido contato com essas pessoas são suspeitas de infecção pelo coronavírus.

» Como se prevenir
» Lavar as mãos frequentemente com água e sabonete, por pelo menos 20 segundos. Se não houver água e sabonete, usar um desinfetante para as mãos à base de álcool
» Evitar tocar nos olhos, nariz e boca com as mãos não lavadas
» Evitar contato próximo com pessoas doentes
» Ficar em casa quando estiver doente
» Cobrir boca e nariz ao tossir ou espirrar com um lenço de papel e jogar no lixo
» Limpar e desinfetar objetos e superfícies tocados com frequência


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