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Estado de Minas

Banda Mole deve levar 100 mil foliões à Avenida Afonso Pena neste sábado

O mais tradicional grupo carnavalesco de BH sairá a partir das 13h e, neste ano, terá a companhia de oito blocos, entre eles Então Brilha e Baianas Ozadas


postado em 15/02/2020 06:00 / atualizado em 18/02/2020 18:48

Pelo 45º ano, Centro de Belo Horizonte será agitado pela Banda Mole, que vai homenagear hoje um de seus fundadores: Son Salvador, chargista do Estado de Minas que morreu no ano passado(foto: Edésio Ferreira/EM/D.A Press %u2013 3/2/18)
Pelo 45º ano, Centro de Belo Horizonte será agitado pela Banda Mole, que vai homenagear hoje um de seus fundadores: Son Salvador, chargista do Estado de Minas que morreu no ano passado (foto: Edésio Ferreira/EM/D.A Press %u2013 3/2/18)

É com muita festa, alegria, cerveja, fantasias e homenagens que a Banda Mole desfila pelas ruas de Belo Horizonte pela 45ª vez no carnaval de Belo Horizonte. Tradicionalmente animando o sábado anterior à folia, o megabloco – um dos mais famosos da capital mineira – promete arrastar 100 mil pessoas pela Avenida Afonso Pena hoje, das 13h às 23h.


Neste ano, os músicos e produtores da Banda Mole não desfilarão sozinhos. Oito blocos foram convidados a participar da festa e aceitaram ajudar na animação: Então Brilha, Baianas Ozadas, Funk You, Batuque Coletivo, Swing Safada, Sexta, Ninguém Sabe?, Quando Come se Lambuza e Pacato Cidadão.

Um dos criadores e organizadores do Banda Mole, Luiz Mário Ladeira, o Jacaré, de 79 anos, explica a razão dos convites: “A gente trazia atrações de fora, gente que estava na mídia, mas de repente o carnaval de BH voltou às origens. Então, resolvemos prestigiar os pratas da casa. Esses blocos, com suas bandas e públicos, vão endossar a Banda Mole. Vai ser um carnaval tipicamente mineiro”.

Se Jacaré é só alegria e causos ao falar da Banda Mole, a animação se transforma em indignação quando o assunto é a cartilha lançada pela Prefeitura de Belo Horizonte com orientações aos foliões, desaconselhandos trajes e objetos que possam conferir aspecto discriminatório, ferindo a dignidade das pessoas e desrespeitando povos indígenas, negros, ciganos e mulheres.

A recomendação não foi bem recebida por parte da população e principalmente entre os carnavalescos. É tradição da Banda Mole, inclusive, que homens se fantasiem de mulher e vice-versa. “De um tempo pra cá, essas campanhas de combate a qualquer tipo de discriminação, seja homofóbica, racista, etc, vêm ganhando força e têm, da nossa parte, apoio total. Agora, há pessoas que exageram. Em vez de passar o recado que estão querendo, atrapalham”, diz um inconformado Jacaré, que acusa os autores do documento de desconhecer a essência da folia.

“Essa cartilha foi de uma falta de visão absoluta. Não foi a Banda Mole que inventou a brincadeira (fantasiar de mulher). Lembro-me de meu pai brincando com a turma dele na época, sempre foi algo caricato. Numa cartilha, numa falta total de vivência, acham que vão mudar uma tradição centenária. Eles poderiam se inteirar melhor e não perder tempo nesse besteirol”, diz Jacaré, citando o tradicional bloco carioca Cacique de Ramos, que reúne milhares de foliões vestidos de índios: “É um bloco lindo e acredito que, lá atrás, quem o fundou quis fazer uma homenagem aos índios. Eles têm que estudar um pouco mais a história carnavalesca”.

HOMENAGEM Com tantos anos de existência, a Banda Mole contou com personalidades que ajudaram a marcar o bloco na história do carnaval de BH. Uma delas é o chargista e ilustrador Gerson Salvador Pinto, o Son Salvador, um dos fundadores e que morreu em novembro do ano passado após complicações durante tratamento de problemas respiratórios.

Amante da folia, Salvador divulgou seus traços e bom humor nas páginas do Estado de Minas por 43 anos. Hoje, ele será homenageado.“A Banda Mole é tão alegria, e o Son era tão alegre, que achamos que não devíamos fazer uma homenagem triste. Teremos uma faixa escrita ‘Son Presente’, cantaremos as marchinhas que ele mais gostava e falaremos para o público o quão importante ele era para a banda”, ressalta Jacaré.

Ele também destacou a relação do megabloco com o EM: “A Banda Mole deve demais ao EM. Foi o jornal que fez o bloco perdurar esse tempo todo. Tínhamos tanta ligação que antes de a banda subir a Rua da Bahia, a concentração era na Rua Goiás, em frente à antiga redação”.

*Estagiário sob supervisão da subeditora Kelen Cristina


Mapa dos blocos

Hoje

10h
» Carnasambinha (infantil)
Rua São Romão, 386 – Santo Antônio

» Fera Neném (infantil)
Rua do Ouro, 1.900 – Bairro Serra

» Us Beethoven
Avenida Getúlio Vargas, 792  Funcionários

12h
» MamaNaVaca
Praça Cairo – Santo Antônio

» Quem É Essa Aí Papai?
Avenida Brasil, 800 – Santa Efigênia

13h
» Banda Mole
Avenida Afonso Pena, 1.225  
Centro de BH

» Bloco do Saraiva
Praça Professor José Americano  Caiçara

» Bloco Duro
Praça Ernesto Tassini  
Santa Tereza

» Classics de Carnaval
Rua Fernandes Tourinho, 126 – Savassi

» Garota Eu Vou Pro Califórnia
Rua das Clarinetas 
Conjunto Califórnia I

14h
» Bloco da Apae
Rua Cristal, 78 – Santa Tereza

» Barba Roxa
Rua Conde de Linhares, 873 
Cidade Jardim

» Kiko Lindo, o bloco
Avenida General Carlos Guedes, 557  Planalto

» Diz Que Me Ama, Pô!
Rua São Romão, 192 
Bairro São Pedro

15h
» Bloco do Padreco
Praça Geraldo Torres  
Padre Eustáquio

» Sagrada Folia
Rua Pitangui, 285 – Sagrada Família

16h
» Bloco Magalhães
Avenida Francisco Sales, 
esquina com Rua Sapucaí

17h
» Bloco Vexame
Praça Seresta 
Conjunto Helena Antipoff

» Bloco Gafieira
Rua Tupinambás, 597 – Centro


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