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Estado de Minas

'Foi mais que um milagre', disse mulher que sobreviveu após barranco atingir casa em Santa Luzia

Imóvel de três cômodos fica em uma esquina da Rua Rio Pardo. Barranco deslizou e atingiu a casa. Mulher e os três filhos, de 5, de 9 e de 10 anos, dormiam no momento do incidente


postado em 07/02/2020 16:18 / atualizado em 07/02/2020 16:28

Imóvel tinha três cômodos, que foram invadidos pela lama. Família estava dormindo (foto: Paulo Filgueiras/EM/DA Press)
Imóvel tinha três cômodos, que foram invadidos pela lama. Família estava dormindo (foto: Paulo Filgueiras/EM/DA Press)
"Foi a prova que Deus existe. Ele me provou e fez isso para que eu não desista de lutar pelos meus filhos." Foi que a doméstica Cristiane Miranda Faria, de 30 anos, disse após o grande susto nesta manhã. Isso porque a casa dela, que fica no Bairro Santa Matilde, em Santa Luzia, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, foi atingida pelo desabamento de um barranco na manhã desta sexta-feira. Ela e os três filhos, de 5, de 9 e de 10 anos, dormiam no momento do incidente, mas escaparam apenas com ferimentos leves.

O imóvel de três cômodos fica em uma esquina da Rua Rio Pardo. O barranco, que fica nos fundos da casa dela, deslizou e atingiu o imóvel. "Foi por volta de 6h30. Estávamos dormindo quando ouvimos o barulho muito alto no meu ouvido. Quando abri os olhos, a terra já tinha invadido. Já estávamos soterrados. Gritei muito e consegui tirar meu filho mais velho e ele me ajudou a salvar a irmã dele", lembrou.

Ela disse que a tragédia teria sido pior se estivesse chovendo nesta manhã. "Meus filhos teriam morrido", disse muito emocionada.

A vizinha  Viviane Aparecida Bedine, de 44, classificou o episódio como um milagre. "A menina, de 9, foi atingida por um tijolo no rosto, mas a lesão não foi séria. Outro tijolo pesado foi arremessado por cima da cama de um dos meninos, mas sem atingi-lo", contou.

O Corpo de Bombeiros foi chamado mas, segundo a corporação, a moradora da casa danificada dispensou atendimento. Por volta das 11h30, segundo Viviane, havia um impasse sobre para onde a família seria levada, já que a mãe não queria ir para um abrigo. Os vizinhos também se mobilizaram. “Vamos pedir ajuda de materiais, ela tem mãe e padrasto, mas moram longe. Ela falou que, há um tempo atrás, um caminhão derrubou o muro dela. (Os responsáveis) Fizeram um muro torto lá e ficou por isso mesmo”, disse. Viviane disse que, Cristiane e as crianças devem passar esta sexta-feira na casa dela.

Cristiane é mãe solo e mora sozinha com os três filhos. Ela conta com a solidariedade de vizinhos e de amigos. "Preciso de roupas, de comida e de um lugar para morar", fez um apelo. Um grupo se mobiliza para disponibilizar uma casa provisória para ela dormir, além do mais, tem que já ajudou com cestas básicas. Mas, ainda não é suficiente.

Desde 24 de janeiro, quando as chuvas se intensificaram em Minas Gerais, até 5 de fevereiro, o estado registra 45.028 desalojados e 8.141 desabrigados. As informações são do boletim da Defesa Civil de Minas Gerais divulgado nesta sexta-feira. O número de mortos chegou a 58 e o de feridos, 68. Santa Luzia é um dos 196 municípios que decretaram situação de emergência.


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