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Estado de Minas

Saiba quando a substância que provocou doença misteriosa em BH é usada

De acordo com o laudo da Polícia Civil, em dois lotes da marca Belorizontina analisados pela perícia foram detectadas a substância tóxica


postado em 09/01/2020 19:59 / atualizado em 10/01/2020 21:41

Polícia Civil esteve na sede da cervejaria Backer, na tarde desta quinta-feira, em Belo Horizonte (foto: Juarez Rodrigues/EM/D. A. Press)
Polícia Civil esteve na sede da cervejaria Backer, na tarde desta quinta-feira, em Belo Horizonte (foto: Juarez Rodrigues/EM/D. A. Press)
Segundo a mestre cervejeira Fabiana Arreguy, o dietilenoglicol é uma substância usada para agilizar o resfriamento no processo de produção de cerveja. No entanto, a substância não deveria ter contato com a bebida, uma vez que passa por um cano fora do tanque. 
 
“Quando a cerveja termina o processo de feitura, que é a parte quente, ela vai para o fermentador e precisa passar por resfriamento imediato. Então, existe uma serpentina externa dos tanques, que não passa dentro. Lá passam várias substâncias, álcool com água e o etilenoglicol, que é uma substância anticongelante. Isso é usado para resfriar de forma imediata o líquido, mas não tem contato direto com a cerveja. Para que houvesse contato com a bebida, teria que ter um furo, um rasgo no tanque, um vazamento ligando a serpentina ao líquido. Um problema sério do equipamento”, explica Fabiana. 
 
De acordo com o laudo da Polícia Civil, em dois lotes da marca Belorizontina analisados pela perícia foram detectadas a substância tóxica, o que pode ter levado à intoxicação de oito pessoas no bairro Buritis nas últimas semanas. 
 
“Informo que nas duas amostras de cerveja encaminhadas pela vigilância sanitária do município de Belo Horizonte (cerveja pilsen marca Belorizontina – lotes L1 1348 e L2 1348) foi identificada a presença da substância dietilenoglicol em exames preliminares. Ressalto que estas garrafas foram recebidas lacradas e acondicionadas em envelopes de segurança da vigilância sanitária municipal”, diz o perito criminal da Polícia Civil.
 
O professor de Química da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Cláudio Luís Donnici, disse que o etilenoglicol ou o monoetilenoglicol são usados como anticongelante, não o dietilenoglicol.
 
NOTA CERVEJARIA BACKER
 
Após entrevista coletiva nesta tarde, a Polícia Civil divulgou laudo informando que a substância dietilenoglicol foi identificada em duas amostras recolhidas da cerveja Belorizontina na casa de clientes, que vieram a desenvolver os sintomas. Vale ressaltar que essa substância não faz parte do processo de produção da cerveja Belorizontina, fabricada pela Cervejaria Backer. 
 
Por precaução, os lotes em questão - L1 1348 e L2 1348 - citados pela Polícia Civil, e recolhidos na residência dos consumidores citados, serão retirados imediatamente de circulação, caso ainda haja algum remanescente no mercado. A Cervejaria Backer continua à disposição das autoridades para contribuir com a investigação e tem total interesse que as causas sejam apuradas, até a conclusão dos laudos e investigação. 


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