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Estado de Minas

Vítima da tragédia em Brumadinho é identificada; 16 ainda estão desaparecidas

Operação Brumadinho completa 294 de buscas ininterruptas. Até o momento, 254 pessoas foram identificadas


postado em 14/11/2019 17:48 / atualizado em 14/11/2019 21:03

Barragem rompeu em 25 de janeiro derramando lama com rejeitos de minério(foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A. Press)
Barragem rompeu em 25 de janeiro derramando lama com rejeitos de minério (foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A. Press)

Foi identificada mais uma joia – como os bombeiros chamam as vítimas da tragédia de Brumadinho. Aroldo Ferreira de Oliveira, de 55 anos, foi identificado nesta quinta-feira por meio de exame de DNA. Até o momento, 254 vítimas foram identificadas. Outras 16 pessoas continuam desaparecidas.

Outra vítima também foi identificada nessa quarta-feiraMiraceibel Rosa era funcionário terceirizado da Vale, morreu aos 38 anos. Ele também foi identificado por meio de exame de DNA. De acordo com a Polícia Civil, ele foi encontrado pelo Corpo de Bombeiros no dia 1° de novembro, em um local conhecido como Remanso 03. 

O corpo localizado identificado nesta quinta-feira não se trata da parte de um corpo localizado no último dia 3. Esse ainda está sob análise. De acordo com os militares, o estado de decomposição era bastante avançado. Por se tratar de um segmento de corpo, também não é possível afirmar se a localização resultará na identificação de nova vítima, o que já pode ter sido feito por meio de outro segmento encontrado em fases anteriores.

Operação Brumadinho está quase chegando aos 300 dias. Nesta quinta-feira, somam-se 294 dias de buscas ininterruptas. São 94 bombeiros militares trabalhando com a ajuda de um drone, dois cães e 195 maquinários. Nesta fase da operação, os militares atuam em 20 frentes de trabalho.


Maior operação de resgate do Brasil

Passados nove meses do rompimento da Barragem B1, o Estado de Minas mostrou que o ritmo de trabalhos do Corpo de Bombeiros não apenas se mantém, mas se intensifica. Militares trabalham incessantemente em uma área de 253 hectares coberta por parte dos 12 milhões de metros cúbicos de rejeitos que se desprenderam do reservatório.

“Nem a chuva, nem a ausência dos cães impedirão que continuemos com a missão de recuperar os corpos das 18 vítimas ainda desaparecidas. Só vamos cessar em duas situações: se ocorrer uma impossibilidade técnica ou quando a última família receber o último desaparecido”, afirma o comandante da Operação Brumadinho, capitão Josias Soares de Freitas Júnior. O militar se diz confiante. “Tenho um sentimento de que muito em breve conseguiremos recuperar todos os corpos desaparecidos. Isso por causa do avanço das buscas sobre o terreno e pelos modelos matemáticos que nos auxiliaram a prever onde encontrar as vítimas”, disse.

O capitão do Corpo de Bombeiros afirma que, além dos cães, o auxílio vindo de outros estados desde o rompimento foi fundamental para essa que é a maior operação de resgate de vítimas do Brasil. “Todos os voluntários e recursos que chegaram foram empregados. De voluntários que ofereceram cortes de cabelo até equipamentos de ponta”, afirma. O oficial destacou a ajuda dos 130 militares vindos de Israel, apesar de essa tropa ter recebido críticas. “Contribuíram muito, pois são uma das melhores tropas do mundo para questões de soterramento. Ajudaram na formatação da operação, no tratamento dos dados, na formação do nosso banco de dados. O sistema de triangulação de sinais de celular nos ajudou bastante, entre várias colaborações tecnológicas”, destaca.

Ver galeria . 34 Fotos Rompimento de rejeitos da Barragem 1 da Mina Feijão, da Mineiradora Vale, em Brumadinho, Grande BH Alexandre Guzanshe/EM/D.A press
Rompimento de rejeitos da Barragem 1 da Mina Feijão, da Mineiradora Vale, em Brumadinho, Grande BH (foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A press )

Identificação

O rompimento da barragem da Mina Córrego do Feijão, em Brumadinho, ocorreu em 25 de janeiro. Os trabalhos dos bombeiros, que são complexos e demandam ajuda do setor de inteligência, vêm dando resultado.

Dados da Polícia Civil mostram que, em setembro, a média foi de 1,3 caso por dia entregue ao Instituto de Criminalística, sendo 1,06 solucionado diariamente. Porém, a maioria das vítimas já tinha sido identificada anteriormente. Os trabalhos envolvem a identificação de corpos ou segmentos encontrados na área do desastre.

* Estagiária sob supervisão da subeditora Ellen Cristie.


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