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Enem: aplicativo promete revelar enigma da nota e antecipar desempenho de alunos

Proposta do sistema é driblar complexidade da Teoria da Resposta ao Item e oferecer uma prévia da performance com base no gabarito das provas


postado em 07/11/2019 06:00 / atualizado em 07/11/2019 08:28

Concorrentes chegam para o primeiro dia de provas: gabarito oficial sai dia 13 e resultado apenas em janeiro, mas plataforma é esperança de amenizar angústia(foto: Leandro Couri/EM/DA Press)
Concorrentes chegam para o primeiro dia de provas: gabarito oficial sai dia 13 e resultado apenas em janeiro, mas plataforma é esperança de amenizar angústia (foto: Leandro Couri/EM/DA Press)


Chegou a época de maior ansiedade para milhões de estudantes: a divulgação dos resultados do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). E com um complicador – diferentemente dos vestibulares tradicionais, a nota do exame não pode ser obtida por uma simples avaliação de erros e acertos nas provas. O pesadelo dos candidatos tem nome: um sistema complexo de cálculo da nota, conhecido como teoria da resposta ao item (TRI). Para determinar a pontuação, o mecanismo se baseia em variáveis como a dificuldade de cada questão e o desempenho do aluno nas demais perguntas, o que, segundo a plataforma, também permite detectar respostas que teriam sido “chutadas”. A complexidade da TRI torna praticamente impossível estimar notas. Mas, para amenizar a angústia da espera, um aplicativo promete oferecer uma prévia do desempenho, considerando a dinâmica de cálculos e antecipando o resultado oficial, que só deve sair em janeiro.

Para fazer o cálculo, o aplicativo Radar Enem, criado pela startup Evolucional, promete simular a pontuação com base no histórico de notas passadas, analisadas por um algoritmo. O prognóstico se baseia no desempenho real de alunos em edições anteriores do exame, por meio de dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). De acordo com Vinícius Freaza, diretor de Inovação Pedagógica da startup, ao lançar o número de acertos em cada área da prova, o sistema relaciona os valores a uma faixa de notas, com mínima e máxima. “Nosso cálculo é uma estimativa da nota que o aluno pode ter no Enem. Temos acesso à base de dados públicos dos exames anteriores, que permite determinar uma faixa de nota média”, explica.

Para ir bem na prova, ele explica que é preciso conhecer o sistema de correção do exame. “No Enem, não há uma pontuação fixa para cada questão. Pessoas que acertaram o mesmo número de perguntas podem ter notas diferentes, porque não é levada em conta somente a quantidade de acertos”, explica Freaza. “O resultado final leva em consideração o conhecimento do candidato, o nível de dificuldade da questão, se é fácil, médio ou difícil, e a possibilidade de chute”, complementa.

A pontuação final varia conforme o percentual de acertos e erros entre os candidatos em cada questão e, também, de acordo com o desempenho de cada estudante na prova. Isso quer dizer que, se uma questão tiver muitos acertos entre os candidatos, ela será considerada fácil e, por isso, valerá menos pontos. O estudante que acertar um item com alto índice de erros, poderá, então, ganhar mais pontos por ele.

A lógica do 'chutômetro'


O sistema de correção do Enem busca ainda detectar quando os candidatos chutaram a resposta, por meio da avaliação individual do comportamento de cada participante na prova. Segundo Freaza, isso ocorre porque o cálculo leva em consideração a coerência pedagógica dos acertos. “Se o candidato errar as fáceis e acertar as difíceis, a nota é menor, pois parecerá ao sistema que ele está chutando”, explica. “É muito importante que o estudante consiga responder exatamente ao que se pede nas questões, especialmente aquelas que podem ser consideradas fáceis, pois o erro em questões consideradas fáceis representa mais impacto na nota”, explica o especialista da startup.

A plataforma Radar Enem, segundo o especialista, foi desenvolvida para que os participantes do exame possam avaliar seu comportamento na prova. “Conseguimos inserir em nosso sistema uma variável relacionada à coerência pedagógica. Assim, o aluno poderá analisar diferentes cenários, considerando, por exemplo, se a maior parte dos acertos que teve foram acertos conscientes ou acertos no chute”, disse. A redação é a única parte do Enem que fica de fora da simulação. Com a última nota, o estudante pode se planejar para o Sistema de Seleção Unificada (Sisu), que seleciona candidatos para universidades brasileiras de acordo com o resultado do exame.

Teste: é grátis


O estudante pode acessar a ferramenta, gratuitamente, por meio do site www.radarenem.com.br. Basta fazer o cadastro e acessar com seus dados. Na plataforma, o estudante deve preencher o número total de acertos em cada prova. As quatro notas correspondem aos quatro cadernos de temas avaliados: ciências humanas, ciências da natureza, matemática e linguagens. O gabarito oficial do Enem será divulgado pelo Inep em 13 de novembro, mas os estudantes já podem testar a simulação com a correção disponibilizada por cursos pré-vestibulares.

Confira apostas de biologia para o exame


Ecologia, impactos ambientais, biotecnologia, temas focados no sangue, biomas e citologia são apostas de temas de biologia para a prova de Ciências da Natureza e suas Tecnologias, que será aplicada no domingo, na última fase do Enem, quando os candidatos enfrentam também o teste de Matemática e suas Tecnologias. No último domingo, mais de 5 milhões de brasileiros fizeram a redação e as provas de Linguagem e Ciências Humanas e a maratona continua neste fim de semana.

“Não dá pra cravar ao certo o que vai cair, mas dentro de todo esse nosso acompanhamento desde 2009 até o último ano, esses são os grandes temas mais cobrados nas provas do Enem”, disse a professora de biologia curso preparatório Chromos Denise Arão. Ela e o colega Gustavo Assenção, que ministra a mesma matéria na instituição, foram recebidos pelo Estado de Minas e Portal Uai para esclarecer dúvidas dos leitores e fazer suas apostas dos conteúdos que devem ser cobrados no domingo.

Doenças também são temas recorrentes na prova do exame nacional. Para o professor Gustavo, a grande aposta de abordagem neste ano são as patologias de contaminação por contato fecal ou vetorial, como é caso da leptospirose e dengue. “São assuntos em alta por estarem relacionados com o saneamento básico ou epidemias recorrentes. São temas de utilidade pública”, avalia Assenção.

A interdisciplinaridade também é foco para a prova de Ciências da Natureza. “O ano passado caiu uma questão de metabolismo energético e até hoje não sei quem é o dono da questão. A biologia resolveu, a química resolveu e a física também. A interdisciplinaridade é corriqueira e esperamos este ano de novo”, comentou Denise.

Algumas abordagens são dadas como certas pelos professores. Os impactos ambientais, por exemplo. Os professores esperam que pelo menos um desses temas estejam na prova de domingo: bioacumulação ou magnificação trófica, queima de combustível fóssil, eutrofização e poluição atmosférica nos seus mais diferentes aspectos.

Por fim, os professores ressaltam que é preciso ficar ligado no uso da tecnologia aplicada à ciência. “A biotecnologia, eu aposto 99% de chance que vai estar lá. A gente tem vários temas, como uso de células-tronco como terapia, clonagem, técnica do DNA recombinante entre outras”, comenta a dupla.

Quanto à administração do tempo de prova, a dica dos professores é não perder muito tempo em questões consideradas difíceis da avaliação de ciências da natureza. “ É bom ter em mente que o segundo dia é composto por metade de questões de ciências da natureza e a outra parte de matemática, que vai exigir muito tempo do aluno”, indicam os educadores.

Ao vivo


Não perca, nesta quinta-feira, às 14h, a conversa, ao vivo, com professores do curso Chromos, que vão esclarecer questões de física e química. O bate-papo vai ser transmitido pelas redes sociais do jornal. (Maria Irenilda Pereira e Luiza Rocha, estagiária sob supervisão da subeditora Rachel Botelho)


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