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Estado de Minas

HPS deve receber mais sete vítimas da explosão de barco no Acre

Familiares das vítimas transferidas para o João XXIII estão sendo encaminhados para casas de apoio na capital, onde recebem café da manhã e toda a estrutura para permanecer na cidade


postado em 11/06/2019 14:42 / atualizado em 11/06/2019 18:22

Aeronave foi adaptada pelas Forças Armadas para o transporte das duas vítimas da explosão do barco no Acre para Belo Horizonte(foto: Divulgação/Corpo de Bombeiros)
Aeronave foi adaptada pelas Forças Armadas para o transporte das duas vítimas da explosão do barco no Acre para Belo Horizonte (foto: Divulgação/Corpo de Bombeiros)
Duas vítimas da explosão de um barco que feriu gravemente 18 pessoas em Cruzeiro do Sul, no Acre, deram entrada no Hospital João XXIII, em Belo Horizonte. Referência no tratamento de queimados, a instituição recebeu um homem de 45 anos e um menino de quatro anos, ambos em estado grave. O hospital pode receber mais sete vítimas.

Por volta de 5h30 desta terça-feira, um homem de 45 anos e um menino de quatro anos, ambos em estado grave, chegaram ao hospital. O adulto teve 45% do corpo atingido pelas queimaduras e a criança, 24%: "As queimaduras da criança estão concentradas na face e em membros", disse o diretor assistencial da Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig), Marcelo Lopes Ribeiro, em coletiva de imprensa nesta manhã.

Ele contou que a Sociedade Brasileira de Queimados entrou em contato com o hospital no último domingo para saber se a Fhemig teria condições de receber vítimas. "Entraram em contato comigo e me disseram que a situação era 'calamitosa' porque eles não tinham a expertise e nem os equipamentos necessários para o atendimento especializado", disse.

No primeiro momento, foi estudado a possibilidade de enviar médicos para o Acre. Porém, segundo Marcelo Ribeiro, essa possibilidade era inviável: "Tivemos a saída de vários médicos por conta do Governo anterior. Não conseguimos enviar e repor." Portanto, foi acionado o Plano de Atendimento a Múltiplas Vítimas – que consiste em remanejar pacientes estáveis que estão internados no João XXIII para outros hospitais da rede Fhemig e, assim, priorizar o atendimento de queimados.

"Temos 33 leitos para queimados, sendo nove de terapia intensiva e 24 semi-intensiva. No domingo, já trabalhávamos no limite, com 32 ocupados. Estamos remanejando pacientes para outros hospitais", disse. Até o início da tarde desta terça-feira, pacientes foram realocados para Hospital Júlia Kubitschek, Hospital Eduardo de Menezes e Hospital Cristiano Machado.

O médico explica que o Hospital João XXIII deveria receber mais nove pacientes, porém, dois deles não estão em condição de transporte. "Um bebê de oito meses e uma mulher de 39 anos não poderão vir. Então, devemos receber sete vítimas graves. As outras devem ser atendidas em Brasília (DF)", explicou. 

A previsão é de que outras vítimas sejam transferidas ainda hoje para unidade, trazidos pela Força Aérea Brasileira (FAB). As demais deverão ser encaminhadas para Brasília e, possivelmente, Goiânia. Os familiares das vítimas transferidas para o João XXIII estão sendo encaminhados para casas de apoio na capital, onde recebem café da manhã e toda a estrutura para permanecerem na cidade.

Marcelo destacou ainda que a vinda das vítimas de outro estado não prejudica o atendimento dos mineiros. “Nós não reservamos leitos para atender as vítimas que estão vindo do Acre. Nossos leitos continuam sendo ocupados por pacientes daqui. O que estamos fazendo é otimizando leitos e transferindo pacientes estáveis para outros hospitais da Rede Fhemig. Ou seja, fazemos um remanejamento de leitos, e vamos continuar atendendo a todos, sem deixar ninguém ‘descoberto’ ”.

Ele aproveitou a oportunidade para lembrar a dívida de Minas Gerais com o país, que recebeu ajuda de vários estados na ocasião do rompimento da barragem de Brumadinho. “Agora é a nossa vez de ajudar”, afirmou o diretor.


Acidente

A explosão do barco que levava passageiros e galões de combustível pelo Rio Juruá ocorreu na última sexta-feira. Segundo informações da Polícia Civil, a embarcação era utilizada para transporte irregular de combustível. O acidente ocorreu durante uma parada para abastecimento. Uma pessoa morreu, até o momento.

A Polícia Civil já começou a ouvir familiares das vítimas e testemunhas. Os responsáveis pelo veículo fluvial também serão ouvidos. O laudo da perícia realizada no que sobrou do barco fica pronto em 90 dias.


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