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Estado de Minas

Região Metropolitana investiga 52 notificações de febre maculosa

Somente na capital, onde a saúde pública já emitiu alerta aos profissionais do setor, são analisados quadros de 31 pacientes que tiveram sintomas compatíveis com a doença


postado em 05/06/2019 06:00 / atualizado em 05/06/2019 08:18

Monitoramento em busca de carrapatos transmissores da maculosa é feito três vezes ao ano em BH. Cidade não registra infecções desde 2017 (foto: Paulo Filgueiras/EM/D.A Press - 22/9/16)
Monitoramento em busca de carrapatos transmissores da maculosa é feito três vezes ao ano em BH. Cidade não registra infecções desde 2017 (foto: Paulo Filgueiras/EM/D.A Press - 22/9/16)

 

Uma nova batalha, desta vez contra a febre maculosa. A Região Metropolitana de Belo Horizonte investiga ao menos 52 notificações da doença transmitida pelo carrapato-estrela. Na noite de ontem, a Prefeitura de Belo Horizonte, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, informou que 31 possíveis casos da enfermidade foram notificados na capital. Contudo, nenhum foi confirmado ainda, já que o veredicto depende de análises laboratoriais. Os diagnósticos suspeitos de BH se somam aos 21 prováveis (soma de suspeitos e confirmados) de Contagem, onde duas pessoas já morreram em decorrência da patologia. Outros dois óbitos ainda são investigados na cidade da Grande BH.

No caso de Belo Horizonte, a pasta de saúde ressaltou que historicamente o índice de confirmação é de 5% dos casos notificados. Nos últimos 12 anos, segundo a secretaria, foram notificados 494 casos de febre maculosa em moradores da capital. Destes, apenas 20 foram confirmados. Nove pessoas morreram. Ou seja, 45% dos infectados perderam a vida na cidade no período.

Dos 20 casos confirmados, em apenas quatro a infecção ocorreu em Belo Horizonte, ainda de acordo com a pasta municipal. Nos demais, a contaminação se deu em outro município ou não foi possível detectar o local de infecção. O órgão acompanha e monitora os casos. A pasta, inclusive, já emitiu alerta aos profissionais do setor para que fiquem de sobreaviso para atender pacientes com sintomas da doença.

O início do tratamento para a febre maculosa é determinante para a cura da doença. Havendo suspeita, o combate deve ser iniciado imediatamente, com uso de antibióticos, coleta de sangue para exame e notificação do caso para investigação.

No ano passado, Minas Gerais registrou 58 casos de maculosa, com 22 mortes. Em Belo Horizonte não há casos de transmissão desde 2017, segundo a Secretaria Municipal de Saúde. Naquele ano, foram quatro casos confirmados em moradores da capital e três óbitos. Em todos os casos, a transmissão ocorreu fora da capital. Em 2018, foram 11 casos confirmados da doença, com quatro óbitos, todos também com contágio externo.

A Secretaria de Saúde de BH informou ainda, por meio de nota, que são feitas ações sistemáticas durante todo o ano de vigilância e controle de carrapatos. Nos meses de abril, agosto e novembro, é feito monitoramento ambiental. “As ações são constantemente avaliadas, considerando questões entomológicas e epidemiológicas e, dependendo do resultado do levantamento da vigilância, a Secretaria Municipal de Saúde recomenda intensificação das ações de prevenção, como capina”, informou.

A DOENÇA
A febre maculosa é transmitida pelo carrapato-estrela (Amblyomma cajennense) infectado por uma bactéria (veja quadro). A contaminação ocorre quando o carrapato fica pelo menos quatro horas fixado na pele humana.
Outros animais de grande porte, como cavalos, capivaras, bois, cães, aves e roedores também podem ser infectados e são considerados hospedeiros do carrapato transmissor. A enfermidade tem cura, desde que o tratamento, via antibióticos, seja feito nos primeiros três dias da contaminação. A demora no diagnóstico pode causar complicações. São elas: lesões vasculares graves e comprometimento do sistema nervoso central, dos rins e pulmões. Se não for tratada corretamente, o índice de morte chega à faixa de quatro a cada cinco pessoas.

(foto: Arte/Soraia Piva)
(foto: Arte/Soraia Piva)


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