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Estado de Minas

João XXIII atendeu 4,1 mil motociclistas em 2018, redução de 24%

Resultados da campanha Ande Seguro, promovido pela Câmara Setorial Duas Rodas, foi apresentado nesta terça (19) em entrevista coletiva na Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL/BH)


postado em 19/03/2019 12:45 / atualizado em 19/03/2019 18:42

O motoboy Walter Evaristo Jr. usa todos os equipamentos de segurança: colete, faixa refletiva no colete e capacete e botas. As encomendas são transportadas em um baú, conforme a legislação.(foto: Márcia Maria Cruz/EM/DA PRESS)
O motoboy Walter Evaristo Jr. usa todos os equipamentos de segurança: colete, faixa refletiva no colete e capacete e botas. As encomendas são transportadas em um baú, conforme a legislação. (foto: Márcia Maria Cruz/EM/DA PRESS)
Em 10 anos, a frota de motocicletas na capital mineira aumentou em  quase 73 mil veículos, passando de 149 mil em 2009 para 222 mil em 2019, de acordo com dados do Detran/MG.  Apesar do aumento da frota nesta década, em 2018 em relação a 2017, houve redução em 24% no número acidentados, que deram entrada ao Hospital de Pronto-Socorro João XXIII, caindo de 5.426, em 2017, para 4.133 em 2018. 
 
O motoboy Walter Evaristo Jr., de 44 anos, nunca  se acidentou desde que começou a pilotar profissionalmente há quatro anos. Além de usar os equipamentos de segurança, ele adota a direção defensiva: respeito ao limite de velocidade da via, conferência aos retrovisores e atenção redobrada. Mas ainda assim, ele fica temeroso no trânsito. "Não é uma profissão segura. Não depende apenas de nossos cuidados, dependemos também da responsabilidade do outro.  Já desviei de muitos motoristas de aplicativos que se distraem com o celular", diz. 

Os dados foram anunciados em entrevista coletiva promovida, nesta terça (19), pela Câmara Setorial Duas Rodas Moto da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH). A queda no número de acidentes foi creditada pelo diretor da câmara setorial, Milton Furtado, à campanha educativa Ande Seguro, realizada há cinco anos. “Não estamos mais falando de um batidinha, mas de uma verdadeira guerra no trânsito”, afirma Milton.  

No ano passado, a campanha foi realizada entre 7 de agosto e 25 de outubro. No período foram abordados 3,2 mil motociclistas, sendo que, desse total, 658 foram entrevistados.  Nas paradas educativas, os motociclistas puderam instalar antena para proteção contra linhas de cerol.  O levantamento avaliou a qualidade de equipamentos de segurança, como capacetes, luvas, jaquetas e calçados. 

A maioria dos motociclistas é formado por homens, 91%. As mulheres representam 9%, mas, em relação a 202, houve aumento de sete pontos percentuais no número de mulheres pilotando, passando de 2% para 9%. A maior parte dos motociclistas (41%) está na faixa etária  entre 31 a 40 anos. 

O uso de capacete é feita pela totalidade dos motociclistas. Desse total, 74% usam capacetes em bom estado de conservação. O freio estava em ótimas condições para 65% dos motociclistas e razoável para 33%.  De acordo com Milton, a melhoria se deve à redução a zero do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), em 2012. Milton destaca que a isenção fiscal não representou perda de arrecadação para o estado e facilitou a aquisição do equipamento de segurança, que é essencial, para a proteção do piloto em caso de acidente. 

Os motociclistas também percorrem  até 250 quilômetros por dia, percurso equivalente a uma viagem para a cidade de Tiradentes, que fica a 210 quilômetros de Belo Horizonte. Cerca de 38% dos motociclistas percorrem de 101 a 250 Km por dia, 33% de 41 a 100 Km e 29% de 5 a 40 Km.”Os motociclistas precisam ser mais valorizados pela sociedade. São trabalhadores como todos nós e têm um trabalho muito árduo”, defende Milton.


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