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Estado de Minas

Reunião com produtores rurais atingidos em Brumadinho discute prejuízos

Encontro reuniu a Faemg e os produtores rurais atingidos pelo rompimento da barragem da Mina do Córrego do Feijão, em Brumadinho.


postado em 04/02/2019 17:49 / atualizado em 04/02/2019 18:10

Encontro ocorreu na Câmara Municipal da cidade e contou com dezenas de agropecuários(foto: Paulo Filgueiras/EM/D.A PRESS)
Encontro ocorreu na Câmara Municipal da cidade e contou com dezenas de agropecuários (foto: Paulo Filgueiras/EM/D.A PRESS)
“Tudo foi embora. Acho difícil conseguirmos recuperar algo de lá. Como vai ser a nossa vida daqui pra frente? Produzir nesses locais nunca mais.” Pascoal Moreira Filho é presidente da Associação Produtores Rurais de Brumadinho e se diz muito preocupado com o setor agrícola da cidade. Além da perda humana e ambiental, muitos perderam seus meios de produção. E para tentar minimizar a situação, ocorreu uma reunião entre os produtores rurais atingidos pelo rompimento da barragem e a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg), em Brumadinho, na Região Metropolitana de BH. O encontro ocorreu na Câmara Municipal da cidade e contou com dezenas de agropecuários. 

"Viemos chamar atenção para o problema, chamar a atenção dos agricultores para levantar mais precisão as informações, como dívidas, perdas, valores", explicou Roberto Simões, presidente da Faemg e do Conselho deliberativo do Sebrae Minas.

 Conforme o Estado de Minas mostrou na semana passada. a região de Brumadinho é um importante centro de fornecimento de hortifrutigranjeiros para a Ceasa. Em 2018, o município forneceu 13,4 mil toneladas, equivalente a 0,9% da oferta total do entreposto. O valor estimado de comercialização da cidade no Ceasa foi de R$ 17,8 milhões só no ano passado.

Os agricultores ainda não conseguem quantificar os prejuízos com o derramamento de lama. A cidade fornece quase um terço de toda tangerina ponkan que a central de Contagem recebe (28,6%), além de ser importante no abastecimento de chuchu (5%) e jiló (8,7%). Mesmo com o impacto, entretanto, a Ceasa descarta a possibilidade de escassez de produto, uma vez que a ponkan está fora de safra e jiló e chuchu são ofertados por outros municípios.

A fundação e a Senar Minas levaram equipes das áreas de assessoria jurídica, técnica e ambiental, além de profissionais da promoção social, para levantar as principais necessidades dos produtores em imediato e em médio prazo, e buscar alternativas.

"Precisamos proporcionar o quanto de leite está sendo perdido e a quantidade de água que será necessária ate que se estabeleça a regularidade do Rio Paraopeba. (...) Estamos com ações de médio prazo. Vamos instalar núcleo permanente do Sebrai – que caminhará para uma 'casa do empreendedor' municipal. Também vamos colocar cursos para jovens. Queremos retomar a economia", acrescentou.


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