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Estado de Minas

Polícia Federal instaura inquérito para investigar rompimento de barragem em Brumadinho

Instituição anunciou na tarde deste sábado que vai começar a investigar o desastre na cidade da Grande BH, que tem 10 mortes confirmadas até o momento


postado em 26/01/2019 14:50 / atualizado em 26/01/2019 14:56

Pontilhão da linha férrea que passava por Brumadinho foi destruído com rompimento da barragem na tarde de sexta-feira(foto: Corpo de Bombeiros/Divulgação)
Pontilhão da linha férrea que passava por Brumadinho foi destruído com rompimento da barragem na tarde de sexta-feira (foto: Corpo de Bombeiros/Divulgação)


A Polícia Federal (PF) vai investigar o que provocou o rompimento da barragem de Córrego do Feijão em Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Até o início da tarde deste sábado, o Corpo de Bombeiros contabilizam 10 mortos e centenas de feridos. 

“A Polícia Federal informa que, neste sábado, 26/1, foi instaurado inquérito policial para apurar as causas e consequências do rompimento da barragem em Brumadinho/MG”, informou, por meio de nota, a assessoria de imprensa da instituição em Minas.
 
A mina em Brumadinho pertenceu à antiga Ferteco Mineração, que foi incorporada pela Vale no fim de 2010. A negociação à época envolveu as reservas de Córrego do Feijão e Fábrica, esta última localizada em Congonhas. Segundo a Vale, a área administrativa, onde estavam funcionários, foi atingida, assim como a comunidade da Vila Ferteco. 

Ver galeria . 12 Fotos Grupo percorre área onde ficava pousada Nova Estância, que fica próxima à barragem da Vale e foi destruída com a passagem dos rejeitos de minérioMateus Parreiras/EM
Grupo percorre área onde ficava pousada Nova Estância, que fica próxima à barragem da Vale e foi destruída com a passagem dos rejeitos de minério (foto: Mateus Parreiras/EM )


A lama agora começa a chegar ao centro do município pelo leito do Rio Paraopebas, afluente do Rio São Francisco e um dos responsáveis pelo abastecimento de água da Grande BH. Barragem que se rompeu em Brumadinho tinha volume de 12,7 milhões de metros cúbicos de rejeitos de minério. Ao contrário do que ocorreu em Mariana, em 2015, os rejeitos em Brumadinhos eram mais secos, o que minimizou o potencial de alcance dos rejeitos. A companhia opera 22 minas de minério de ferro no Brasil, das quais 19 estão localizadas em Minas.

Ver galeria . 26 Fotos  Tragédia de Brumadinho - Rompimento de rejeitos da Barragem 1 da Mina Feijão (Córrego Feijão)Gladyston Rodrigues/EM/D.A press
Tragédia de Brumadinho - Rompimento de rejeitos da Barragem 1 da Mina Feijão (Córrego Feijão) (foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A press )


A barragem que se rompeu não recebia rejeitos desde 2014, segundo informações da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad). No fim do ano passado, a Vale recebeu licença para o reaproveitamento dos rejeitos no local. “O empreendimento, e também a barragem, estão devidamente licenciados, sendo que, em dezembro de 2018, obteve licença para o reaproveitamento dos rejeitos dispostos na barragem e para seu descomissionamento (encerramento de atividades)”, informou a pasta. O Brasil tem cerca de 840 barragens de rejeitos minerais, sendo que quase a metade está em Minas.

Ver galeria . 34 Fotos Rompimento de rejeitos da Barragem 1 da Mina Feijão, da Mineiradora Vale, em Brumadinho, Grande BH Alexandre Guzanshe/EM/D.A press
Rompimento de rejeitos da Barragem 1 da Mina Feijão, da Mineiradora Vale, em Brumadinho, Grande BH (foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A press )


O temor das autoridades é que o total de óbitos aumente. Isso porque a tsunami de lama com rejeitos atingiu o refeitório da área administrativa da companhia próximo ao horário do almoço, o que elevou o temor de um número grande de vítimas. Segundo a Vale, 427 trabalhavam na mina no momento do rompimento da barragem.  O presidente da Vale, Fabio Schvartsman, classificou o desastre como “uma tragédia humana terrível”.

(foto: Arte EM)
(foto: Arte EM)


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