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Estado de Minas

Justiça transforma em preventiva prisões de policiais mineiros envolvidos em tiroteio

Na decisão, o Juiz Paulo Tristão Machado Júnior ainda decretou o fim do sigilo das investigações. Conversas entre os policiais de São Paulo foram divulgadas


postado em 12/12/2018 19:30 / atualizado em 12/12/2018 20:07

(foto: Divulgação/ Polícia Civil)
(foto: Divulgação/ Polícia Civil)
A Justiça mineira transformou em preventivas, nessa terça-feira, as prisões dos três policiais civis mineiros envolvidos no tiroteio entre investigadores da mesma corporação, em Juiz de Fora. Encarcerados desde o dia 12 de novembro, os suspeitos estavam presos temporariamente. Além deles, outros três homens tiveram a prisão preventiva decretada.

Na decisão judicial, o juiz à frente do caso, Paulo Tristão Machado Júnior, acatou o pedido do Ministério Público, que  se manifestou favorável a transformação da prisão temporária - em caso de crimes hediondos, de no máximo 30 dias - em preventiva - sem prazo de prorrogação. Neste caso,a Polícia Civil tinha pedido a prorrogação da prisão temporária dos envolvidos em mais 30 dias.

Os policiais mineiros Marcelo Matolla Resende, Leonardo Soares Siqueira e Rafael Ramos dos Santos foram presos no dia 12 de novembro e transferidos para a Casa de Custódia, localizada em Belo Horizonte. Já os outros três homens, Jorge William Ponciano Rosa, Nivaldo Fialho Cunha e Sérgio Paulo Marques Guerra, apontados como envolvidos na operação ilícita, apesar de já terem as prisões pedidas há cerca de um mês, ainda não foram localizados.

Na mesma decisão judicial, o magistrado negou o pedido da Corregedoria Geral da Polícia, que solicitava a prorrogação de mais 30 dias para a conclusão do inquérito policial sobre a operação. Segundo o juiz, as investigações já estão em curso há, aproximadamente, dois meses. Assim, o inquérito será enviado para o Ministério Público incompleto.

A previsão é de que o Ministério Público ofereça a denúncia sobre o caso antes mesmo do recesso forense. Desse modo, o magistrado decretou que a Promotoria analise todo o inquérito feito pela Polícia Civil até a próxima terça-feira (18).


Registros Celulares


O juiz Paulo Tristão Machado Júnior revogou o decreto do sigilo das investigações. De acordo com ele, neste momento, a medida é desnecessária, uma vez que tinha sido tomada apenas para que fossem cumpridos os mandados de busca e apreensão e as quebras dos dados telefônicos dos envolvidos.

No texto, o magistrado concluiu que os policiais mineiros tinham ciência da negociação de compra de dólares e do risco da operação, sendo que as provas indicam que o grupo era cúmplice dos outros três homens e do empresário Antônio Vilela, que estariam na posse de cerca de R$ 14 milhões em notas majoritariamente falsas.

Além disso, registros celulares indicam que o grupo de policiais civis de São Paulo tinha conhecimento de que faria uma escolta para a compra de dólares e também da ilicitude da negociação, tendo os próprios envolvidos entitulado a operação de “cheese bread” -  tradução de “pão de queijo” em inglês.

Nos áudios, um homem identificado como Eduardo explica a operação em Juiz de Fora para Bruno Martins Magalhães Alves, delegado da Polícia Civil de São Paulo que está preso na Penitenciária Nelson Hungria desde 22 de outubro.
(foto: Divulgação/ TJMG)
(foto: Divulgação/ TJMG)

No mesmo sentido, a decisão judicial apresenta uma conversa entre Bruno e Rodrigo Castro Salgado da Costa, também delegado da corporação. Na ocasião, Rodrigo tenta convencer Bruno de realizar a escolta.
(foto: Divulgação/ TJMG)
(foto: Divulgação/ TJMG)

No texto divulgado pela Justiça mineira ainda consta o depoimento do policial civil mineiro Rafael Ramos dos Santos. Nele, o investigador conta os precedentes da negociação que culminou em duas mortes
(foto: Divulgação/TJMG)
(foto: Divulgação/TJMG)


*Estagiário sob supervisão da editora Liliane Corrêa


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