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Estado de Minas

Corpo de operário soterrado em obra na Região Centro-Sul de BH é encontrado

Vítima foi encontrada depois de seis horas de trabalho do Corpo de Bombeiros. A corporação confirmou a morte da vítima


postado em 05/12/2018 16:30 / atualizado em 05/12/2018 18:52

Os militares conseguiram chegar até o operário no fim da tarde desta quarta-feira(foto: Leandro Couri/EM/D.A.Press)
Os militares conseguiram chegar até o operário no fim da tarde desta quarta-feira (foto: Leandro Couri/EM/D.A.Press)

Depois de seis horas de trabalho, equipes do Corpo de Bombeiros encontraram o corpo do operário que foi soterrado  em uma obra de um prédio residencial na Rua Piauí próximo com a esquina com a Rua Aimorés, no Bairro Funcionários, Região Centro-Sul. Por volta das 16h20, a corporação confirmou a morte do homem.

Ver galeria . 11 Fotos Paulo Filgueiras/EM/D.A.Press
(foto: Paulo Filgueiras/EM/D.A.Press )


Depois da divulgação da morte do operário, funcionários ficaram consternados no lado de fora da obra. Eles reclamam que se os bombeiros os tivessem deixado tirar a terra, acreditam que o colega não teria morrido. Uma irmã da vítima chegou ao local pouco tempo depois. Ela informou que ficou sabendo do incidente com o parente por meio da televisão. SEgundo ela, o trabalhador tem quatro filhos e a mulher dele está grávida do quinto.

O incidente aconteceu no fim da manhã desta quarta-feira. Segundo o Corpo de Bombeiros, a vítima, que seria um trabalhador da obra, foi atingida por uma quantidade de terra que deslizou,  deixando o operário soterrado em um buraco aberto para a construção de um muro que fará a contenção do terreno vizinho. As causas ainda estão sendo apuradas.

Os militares utilizam várias técnicas para realizar o salvamento. Entre elas, o rapel. “Como se trata de um local abaixo do nível do solo, se trabalha com segurança, então, para os bombeiros acessar a vítima, eles precisam descer com a técnica do rapel. Isso evita um novo acidente”, disse o tenente.

As causas do incidente ainda serão apuradas. “Quando os bombeiros chegaram ao local, trabalhamos com as nossas escoras. Ainda não foi possível visualizar se existe ou não segurança. Essa informação só poderá ser confirmada com o trabalho da perícia”, completou o tenente.

A Defesa Civil de Belo Horizonte também acompanhou os trabalhos. Uma análise inicial do órgão municipal indicou que a norma de segurança não foi totalmente seguida. “Existe a norma, e é preciso ter um bolsão. A princípio não teria o bolsão. Quando faz um tubulão, tenho que ter uma bolsa que vai dar o suporte para eu entrar e ter acesso a essa fundura. Pois, se algo cair, estou protegido com o bolsão”, contou Marcus Vinícius Vittório, da Defesa Civil. 

O soterramento


Colegas de trabalho do operário que foi soterrado por pouco escaparam. “Graças a Deus eu tive o livramento, pois eu estava bem próximo. Veio desabando e infelizmente aconteceu”, afirmou Vilmar Silva, que estava no local no momento do incidente.  De acordo com o trabalhador, os funcionários tentaram salvar o colega. “Até os bombeiros chegarem, a gente fez o que devia fazer. Mas, está lá ainda. Vamos esperar que ele saia com vida”, disse. “Não vamos sair daqui. A gente vai aplaudir ele e agradecer novamente a Deus por ele ter saído de lá com vida. A gente acredita em milagre”, completou.

Por meio de nota, a Construtora Terrazzas lamentou o incidente com o operário. “Ao longo dos últimos 15 anos, nos transformamos em uma das referências em segurança do trabalho no setor da Construção Civil, através de um rigoroso controle da utilização correta de todos os equipamentos de proteção e adoção de práticas e iniciativas inovadoras. Infelizmente o risco é inerente à nossa atividade e estamos muito consternados com o acontecido, nossa equipe já está prestando todas as informações às autoridades competentes, para a rápida apuração do caso”. “E, por fim, reafirmamos o nosso compromisso em prestar todo o amparo necessário à família da vítima neste momento tão difícil. A empresa está em luto e agradecemos a todas as manifestações de solidariedade que recebemos”, finalizou.


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