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Estado de Minas

Prefeitura faz balanço da assistência às vítimas da tragédia de Janaúba

Embora moradores reclamem da falta de apoio e de amparo por parte do poder público, a administração municipal garante ter oferecido atendimento adequado a todas famílias


postado em 02/10/2018 06:00 / atualizado em 02/10/2018 08:17

Após o incêndio, doações às vítimas foram enviadas de todo o país. Presidente de associação quer verificar a destinação dos materiais (foto: Artenius Daniel/Divulgação - 11/10/2017)
Após o incêndio, doações às vítimas foram enviadas de todo o país. Presidente de associação quer verificar a destinação dos materiais (foto: Artenius Daniel/Divulgação - 11/10/2017)


A Prefeitura de Janaúba, no Norte de Minas, divulgou prestação de contas da assistência às vítimas da tragédia do incêndio criminoso na Creche Inocente, que completa um ano na sexta-feira. Embora moradores reclamem da falta de apoio e de amparo por parte do poder público, a administração municipal garante ter oferecido atendimento adequado a todas famílias atingidas pela tragédia, causada pelo vigia Damião Soares dos Santos, de 50 anos, que, em 5 de outubro de 2017, invadiu a unidade de ensino e ateou fogo na sala onde estavam as crianças, matando a si próprio e provocando as mortes de outras 13 pessoas, entre as quais 10 crianças, e deixando dezenas de feridos. Na área de saúde, a administração afirma que assiste 103 vítimas, entre elas 53 crianças.

Segundo a Prefeitura de Janaúba, desde a tragédia, foi ofertado “atendimento multiprofissional” às vítimas pelas secretarias municipais de Promoção Social e a de Saúde. “Todas as famílias foram visitadas e foi realizado levantamento das demandas de cada uma delas, relativas a serviços de saúde, transporte, acompanhamento das vítimas hospitalizadas fora da cidade e adaptação das instalações a serem utilizadas após a alta”, sustenta a administração municipal.

Planilha da prefeitura lista 103 vítimas do incêndio criminoso atendidas com exames e consultas especializadas até hoje, entre crianças, servidores da creche, além de pessoas que ajudaram no socorro aos alunos durante a tragédia e ingeriram fumaça tóxica. A administração municipal garante que “atendeu todas as vítimas ininterruptamente desde o incêndio, destinando às mesmas serviços públicos de saúde e assistência social, tanto da rede regular de atendimento quanto decorrente de contratações excepcionais realizadas pelo município às suas expensas para atendimento exclusivo das vítimas”. Segundo o balanço, foram gastos R$ 83, 42 mil com a contratação de especialistas e compra de produtos para tratamento de queimados até agosto de 2018. Informa também que “toda uma rede de saúde especializada foi estruturada para atendimento das vítimas”. Além disso, foi providenciado o “aluguel social” para as famílias de vítimas que viviam em moradias precárias, sendo gastos até agora R$ 24 mil com o pagamento do benefício.

DOAÇÕES Reportagem publicada pelo Estado de Minas no domingo mostrou que há suspeita de que parte das doações enviadas por voluntários de todo país por ocasião do incêndio não chegou às famílias das vítimas. A suspeita foi levantada pelo presidente da Associação dos Familiares de Vítimas e Sobreviventes da Tragédia da Creche Municipal Gente Inocente de Janaúba (AVTJana), o protético Luiz Carlos Batista, marido da professora Helley de Abreu, morta tentando salvar seus alunos das chamas. Batista disse que vai averiguar os supostos desvios e que, para isso, vai pedir as prestações de contas da administração publica e das entidades que receberam os donativos.

A administração municipal rebateu a denúncia. “Sobre as doações de produtos e medicamentos feitas pela sociedade civil destinadas às vítimas da creche, cumpre informar que o município repassou todos os insumos recebidos por ele às famílias das vítimas”, garantiu a prefeitura. “No entanto, não tem como informar, tampouco se responsabilizar, por doações recebidas por outras instituições”, afirmou. A prefeitura assegurou ainda que as doações em dinheiro “foram revertidas 100% para atendimento às vítimas. Lembra também que as prestações de contas foram feitas mensalmente ao Ministério Público.


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