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Estado de Minas

Congonhas e Ouro Preto celebram 280 anos de Aleijadinho: veja a programação

Cidades que guardam as principais obras de Aleijadinho vão comemorar os 280 anos de nascimento do gênio do Barroco com música, dança e exposição


postado em 21/08/2018 06:00 / atualizado em 21/08/2018 08:50

A Igreja São Francisco de Assis, em Ouro Preto, considerada uma das grandes realizações do artista (foto: Gladyston Rodrigues/EM/DA Press - 16/4/17)
A Igreja São Francisco de Assis, em Ouro Preto, considerada uma das grandes realizações do artista (foto: Gladyston Rodrigues/EM/DA Press - 16/4/17)


Duas cidades mineiras com patrimônio de reconhecimento internacional se unem para lembrar os 280 de nascimento de Antonio Francisco Lisboa, o Aleijadinho (1738-1814). Como a data de batismo do “mestre do Barroco” é 29 de agosto, autoridades e moradores de Ouro Preto e Congonhas, na Região Central, vão ter celebração conjunta, com uma série de atividades para reverenciar a vida e a obra do escultor, entalhador, arquiteto e louvado (perito). “A iniciativa de somar esforços é exemplo singular. Juntas, Ouro Preto, onde Aleijadinho nasceu, e Congonhas, aquela onde ele deixou sua obra magistral, celebram o nascimento e o legado de um dos maiores artistas do Brasil de todos os tempos”, destaca o diretor do Museu de Congonhas, Sérgio Rodrigo Reis.


Já o secretário de Cultura e Patrimônio de Ouro Preto, Zaqueu Astoni Moreira, explica que as comemorações integram o Ano do Patrimônio Cultural, que terá muitos eventos para homenagear a memória do filho ilustre. Um ponto alto será na quarta-feira da semana que vem, na Igreja São Francisco de Assis, obra da qual, em 1766, o artista executou o projeto arquitetônico, as imagens do frontispício e a fonte-lavabo da sacristia. No dia 29, será festejado também o cinquentenário do Museu do Aleijadinho.

Entusiasmado com o projeto, Reis diz que “nada melhor do que as manifestações culturais que nos unem para celebrar este momento”. Assim, acrescenta, Congonhas oferece aos ouro-pretanos o seu melhor: a música colonial mineira interpretada pelo coral Cidade dos Profetas “em agradecimento ao legado do filho da antiga Vila Rica que nos deixou um acervo magistral”. O coral Cidade dos Profetas fará um concerto especial de música colonial, acompanhado por solistas e orquestra, em 29 de agosto. As duas cidades têm sítios reconhecidos como patrimônio da humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco): o Santuário do Senhor Bom Jesus de Matosinhos, em Congonhas, em 1985, e o Centro Histórico de Ouro Preto, em 1980.

Imagem que seria o retrato oficial de Aleijadinho está em museu na Cidade dos Profetas (foto: Beto Novaes/EM/DA Press - 23/11/17)
Imagem que seria o retrato oficial de Aleijadinho está em museu na Cidade dos Profetas (foto: Beto Novaes/EM/DA Press - 23/11/17)
Aleijadinho viveu em Congonhas, chamada de Cidade dos Profetas, no período de 1796 a 1805. O acervo na cidade é composto pelas 64 imagens esculpidas em cedro expostas nas capelas dos Passos da Paixão, seis relicários no interior da Basílica do Senhor Bom Jesus de Matosinhos e os 12 profetas talhados em pedra sabão, no adro da basílica. O artista criou também no município a portada da Matriz de Nossa Senhora da Conceição. “Foi em Congonhas que ele deixou um dos mais importantes conjuntos de arte barroca do mundo, exposto em um grande museu a céu aberto, que é o santuário”.

RETRATO As atividades deste mês são ótima oportunidade para se conhecer a vida de Aleijadinho e as imagens que brotaram das mãos do gênio brasileiro do Barroco, cuja fisionomia ainda é um mistério. Nos séculos 18 e 19, muitos desenhistas e pintores fizeram o “retrato-falado” de Aleijadinho. O chamado retrato oficial, pertencente ao Museu Mineiro/Secretaria de Estado da Cultura, está exposto no Museu de Congonhas, ao lado do Santuário do Bom Jesus de Matosinhos. Trata-se de óleo sobre pergaminho feito no século 19 por Euclásio Penna Ventura. O quadro, na verdade um ex-voto, medindo 20cm por 30cm, pertenceu à Casa dos Milagres, de Congonhas, e mostra um homem mulato bem-vestido. Foi vendido em 1916 a um comerciante de Congonhas, identificado como Senhor Baerlein, proprietário da relojoaria da Bolsa do Rio de Janeiro. A alegação de que se tratava do rosto do mestre do Barroco se baseou na imagem representada ao fundo da pintura, em segundo plano, que parecia idêntica a uma obra de autoria do artista.

 

Congonhas


» Hoje
19h, no Museu de Congonhas
Abertura da exposição de fotos sobre a devastação causada pela mineração, Ó, Minas Gerais, de Júlia Pontes
20h, show Paixão e Fé, com Titane e Túlio Mourão, no anfiteatro do Centro Cultural

» Amanhã
16h30, no adro da Basílica do Senhor Bom Jesus de Matosinhos
Grupo de Dança 1° Ato apresenta o espetáculo Passagem

» Dia 23
20h, no Museu de Congonhas
Exposição da artista mineira Lyria Palombini, que apresentará gravuras inéditas inspiradas nos profetas

» Até o dia 29
A carreta do Conhecer para Cuidar vai estacionar no terminal rodoviário, ficando das 8h às 18h. O projeto busca proporcionar a interação com o patrimônio, por meio da montagem de uma maquete em miniatura de papel em três dimensões da Basílica do Senhor Bom Jesus de Matosinhos

» Dia 28
18h30, na Matriz de Nossa Senhora da Conceição
Missa cantada em homenagem a Aleijadinho, com participação do coral Cidade dos Profetas. Na ocasião, o coral relançará em todas as plataformas virtuais, o primeiro CD: Missa em fá, de Lobo de Mesquita

Ouro Preto


» Dia 29
Às 19h30, na Igreja São Francisco de Assis
Evento comemorativo do Ano do Patrimônio Cultural e marco de abertura dos 50 anos do Museu do Aleijadinho
20h – O programa inclui um concerto do coral Cidade dos Profetas, de Congonhas, com orquestra e solistas convidados

 


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