No encontro, foi decidido que um novo Plano Operativo Anual (POA) será assinado, dentro de 30 dias, para que recursos adicionais sejam aportados no hospital. Dessa forma, o déficit mensal, que hoje é de R$ 1,5 milhão, diminuiria, conforme garantiu Jackson Machado Pinto, secretário municipal da Saúde. "A proposta nossa, como sempre foi, é a de prestar ao Sofia todo o auxílio que estiver ao nosso alcance", disse. Em março, a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) recuou de sua proposta de assumir a gestão administrativa e financeira do hospital.
Segundo Jackson, a secretaria encaminhou à Comissão Intergestores Bipartite do Estado de Minas Gerais (CIB-MG) uma solicitação de aporte adicional de R$ 18 milhões ao ano pelo Ministério da Saúde ao Sofia Feldman, que depende agora de uma decisão da pasta. O hospital faz 1 mil partos por mês, aproximadamente, e atende 100% pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
A presidente do Conselho de Saúde do Sofia, Mônica Guimarães, destacou que a "abertura" com a PBH foi positiva. "Com o encaminhamento feito pelo CMSBH, conseguimos avançar na relação com o prefeito e, dessa forma, jogar luz à questão dos servidores, que estão sem receber integralmente há alguns meses", explicou Mônica. De acordo com ela, o Executivo se propôs a agilizar os processos e não comprometer o atendimento do Sofia.
“A reunião de hoje foi histórica e importante porque, se continuasse do jeito que estava, ia chegar em uma situação que o Sofia Feldman ia acabar fechando”, disse Bruno Pedralva, presidente Conselho Municipal de Saúde (CMSBH). A autarquia reiterou que o pacto entre os representantes do Executivo e de movimentos ligados à saúde "é um avanço importante para o SUS de Belo Horizonte, principalmente para as mulheres e seus bebês, que utilizam todos os dias a maternidade", e que a assinatura do POA será essencial para a contratualização dos recursos e procedimentos do hospital.
* Estagiário sob supervisão da editora Liliane Corrêa
