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Estado de Minas

Professores da rede particular protestam e votam rumo da greve em BH

Manifestação ocorreu na porta do Sindicato das Escolas Particular (Sinep/MG). À tarde, uma assembleia vai definir os rumos da greve


postado em 02/05/2018 10:57 / atualizado em 02/05/2018 14:32

Grupo de docentes promete atos durante todo o dia na capital mineira. Por outro lado, pais demonstram preocupação com a interrupção das aulas(foto: Edésio Ferreira/ EM/ D.A Press)
Grupo de docentes promete atos durante todo o dia na capital mineira. Por outro lado, pais demonstram preocupação com a interrupção das aulas (foto: Edésio Ferreira/ EM/ D.A Press)
Professores da rede particular de ensino realizaram uma manifestação na manhã desta quarta-feira em frente ao Sindicato das Escolas Particulares de Minas Gerais (Sinep/MG), onde ocorre uma assembleia com os donos das instituições para votar as contra-propostas enviadas pelo Sindicato dos Professores de Minas Gerais (Sinpro/MG). O protesto ocorreu na Rua Araguari, no Barro Preto, Região Centro-Sul de Belo Horizonte. 

A categoria está em greve desde a semana passada e negocia com o sindicato patronal a revogação de propostas que alteram acordos firmados em convenção coletiva. Conforme os dois sindicatos, as negociações estão avançadas, mas ainda não representam um fim da greve. 

Nesta quarta-feira, as instituições estão paralisadas devido ao movimento dos professores. Balanço do Estado de Minas feito na noite dessa terça-feira mostrava que 15 instituições estão parcialmente ou completamente paradas: Santo Agostinho – Unidade Belo Horizonte, Marista Dom Silvério, Escola da Serra, Sagrado Coração de Maria, Nossa Senhora das Dores e Loyola. 
 
Ainda conforme apuração do EM, nos colégios Magnum e Padre Eustáquio, estão programadas atividades e os pais poderão levar os alunos normalmente às instituições. Nas instituições de ensino superior, há paralisações parciais na Una, Uni-BH, Newton, Izabela Hendrix, Faminas e Pitágoras.

Para o Sinpro/MG, o número de instituições paralisadas é bem maior.  Segundo a presidente do sindicato, Valéria Morato, cerca de 64 escolas aderiram à paralisação, mas ela não detalhou quais seriam as instituições, pois os dados ainda estavam sendo levantados em visitas às escolas.
 
O Sinep, por sua vez, informou que apensas 12 escolas estão paralisadas nesta quarta-feira: Colégio Marista Dom Silvério, Colégio Sagrada Família, Colégio Loyola, Colégio Sagrado Coração de Maria, Colégio Santo Agostinho – Belo Horizonte, Colégio São Paulo, Obra Social São José, Escola da Serra, Colégio Ilúmina, Colégio Magnum Agostiniano – Nova Floresta, Colégio Padre Eustáquio, Colégio Batista Mineiro, Colégio Arnaldo – Unidade Anchieta e Universidade Fumec.

Assembleia 

Ao fim da assembleia realizada nesta manhã, a assessoria de imprensa do Sinep/MG informou que as pautas sobre contribuição sindical, reajuste salarial e homologação de contratos foram votadas e, segundo uma fonte ligada ao sindicato dos professores, o resultado da reunião ainda não agrada à categoria. 
 
(foto: Arte/ EM)
(foto: Arte/ EM)
Na assembleia, o Sinep acordou por manter o reajuste salarial em 1,56%, conforme cálculo do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC); também manteve 20% para o adicional extraclasse; não garantiu isenção de punição aos professores que aderiram à greve, deixando a decisão para as instituições; considerou ilegal o desejo do Sinpro de querer descontar as contribuições sindicais na folha de pagamento de todos os professores, deixando a decisão do repasse da taxa para cada docente. 
 
Uma mediação sobre os resultados da assembléia entre representantes do sindicato patronal e dos professores está marcada para 14h30, no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), na Avenida Getúlio Vargas, Região Centro-Sul de Belo Horizonte. Durante mais uma rodada de negociações, os docentes prometem um ato em frente ao TRT e, às 18h, está programada uma votação sobre os rumos da greve na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). 

Pais preocupados 

Com a greve, muitos pais estão preocupados por não terem com quem deixar seus filhos durante o dia e também sobre como será a reposição das aulas que estão sendo perdidas. Vanessa Guimarães, administradora, cobra um melhor esclarecimento das escolas em greve sobre a situação.
 
"A mensalidade sofreu aumento acima da inflação justamente para que os professores fossem valorizados, para que tivessem condições melhores para trabalhar. Inclusive existem profissionais que trabalham em dois ou mais locais diferentes e não estão em greve em todas as instituições. Precisamos entender os motivos", afirma.
 
Vanessa conta que tem uma filha de 12 anos que está há uma semana sem aulas. Elas recebem via e-mail os comunicados escolares sobre a greve dos professores. Além disso, participam de grupos de WhatsApp com outros pais que enfrentam a mesma situação. 
 
"Muitos estão com medo de não poderem viajar, ou de perderem compromissos aos sábados, por exemplo. Essa situação é um transtorno e sabemos que os alunos estão sendo muito prejudicados", conlcui. 

* Sob supervisão da subeditora Jociane Morais


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