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Estado de Minas

Veja a lista de escolas particulares de BH que estão sem aulas por conta da greve de professores

Estabelecimentos voltam atrás em parte das propostas que alteravam benefícios. Docentes insistem na renovação integral da convenção coletiva. Posição será reavaliada na segunda


postado em 27/04/2018 06:00 / atualizado em 27/04/2018 13:59

Manifestação de professores durante reunião de mediação no TRT. Alteração de período de férias é um dos pontos de impasse entre as partes (foto: Beto Novaes/EM/DA Press)
Manifestação de professores durante reunião de mediação no TRT. Alteração de período de férias é um dos pontos de impasse entre as partes (foto: Beto Novaes/EM/DA Press)

Serão definidos na segunda-feira os rumos da greve dos professores das escolas particulares de Belo Horizonte e região metropolitana. Ontem, em reunião da categoria, foi decidida por unanimidade a manutenção da paralisação por tempo indeterminado. Hoje, há nova rodada de negociação com os donos dos estabelecimentos de ensino, cujas propostas serão levadas para assembleia no início da semana que vem. Sindicato dos docentes, no entanto, adiantam que o resultado da mediação ocorrida ontem no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) não os atende.

Ontem de manhã, o Sindicato das Escolas Particulares de Minas Gerais (Sinep-MG) e o Sindicato dos Professores do Estado de Minas Gerais (Sinpro Minas) se reuniram para tentar um acordo. O Sinep recuou em pontos polêmicos e manteve na forma em que estão previstos na convenção coletiva atual direitos como bolsas de estudos, adicional por tempo de serviço, adicional extraclasse e o tempo de intervalo entre aulas. Numa das questões mais delicadas, o Sinep sustenta que não tinha a intenção de acabar com as bolsas (concedidas a filhos de professores), mas de regularizar a situação. “Há professor que dá duas aulas de higiene bucal, por exemplo, e cujo filho tem bolsa na escola, e professor de matemática com 25 horas/aula que não tem o benefício”, informou, por meio da assessoria de imprensa. Foi proposto reajuste seguindo o INPC (1,56%), pouco acima do que havia sido cogitado anteriormente (1%).

O Sinpro, por sua vez, disse, depois da reunião da categoria no hall da Assembleia Legislativa, no fim da tarde, que a proposta que saiu da mediação no TR não é oficial, não tendo recebido qualquer documento até então. “Não há um compromisso do Sinep. Nada oficial indica que retrocederam. Amanhã (hoje), veremos se manterão a mesma postura. Mas, desde já, rejeitamos a proposta. Queremos a renovação da convenção coletiva e a manutenção de nossas pautas”, disse a diretora de Comunicação do Sinpro Minas, Clarice Barreto.

Ela afirma que o sindicato patronal não voltou atrás em pontos como alteração das férias. “É algo muito caro para a gente, pois lutamos por muitos anos para que elas fossem em janeiro. Querem contar como férias o recesso de Natal e que voltemos antecipadamente”, relata. Os professores não concordam também com a redução de 10% para 2% da multa em caso de descumprimento de direitos ou da convenção coletiva.

Pelo balanço do sindicato dos professores, 60 escolas de BH e região metropolitana estão totalmente ou parcialmente paradas. De acordo com o Sinep-MG, 13 colégios pararam totalmente: Loyola, Magnum Cidade Nova e Buritis, Imaculada Conceição, Marista Dom Silvério, Colégio Padre Eustáquio, Sagrado Coração de Maria, São Miguel Arcanjo, Colégio São Paulo, Escola Balão Vermelho, Gaivotas e Obra Social José Operário.

Em outros nove as atividades foram parcialmente paralisadas na capital: Colégio Arnaldo, Batista Mineiro, Colégio Ilúmina, Nossa Senhora das Dores Floresta e Pompeia, Colégio São José, São Tomás de Aquino, Faculdade Arnaldo Jansen e o curso de ciências humanas da Fumec. Em Lagoa Santa, na Grande BH, parte dos professores do Colégio Maxx também cruzaram os braços. O levantamento, de acordo com o Sinep, foi feito em 970 estabelecimentos de ensino de BH, Contagem, Betim, Lagoa Santa, Santa Luzia e Vespasiano.

Além da Fumec e da Faculdade Arnaldo, os centros universitários UNA e UNI-BH informaram greves parciais. No primeiro, a maioria dos docentes de comunicação e artes do câmpus da Praça da Liberdade e a Faculdade de Saúde aderiu. Em outros cursos, o percentual ficou entre 20% e 30%. No segundo, apenas 10% da instituição aderiu ao movimento, segundo informações repassadas pela instituição ao sindicato patronal.


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