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Estado de Minas

Semad determina série de medidas à Anglo American por rompimento de mineroduto

A empresa recebeu nesta quinta-feira um auto de fiscalização lavrado pelo Núcleo de Emergência Ambiental (NEA), da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad)


postado em 15/03/2018 20:25 / atualizado em 16/03/2018 07:55

A tubulação da Anglo American se rompeu na última segunda-feira em Santo Antônio do Grama(foto: MPMG/Divulgação)
A tubulação da Anglo American se rompeu na última segunda-feira em Santo Antônio do Grama (foto: MPMG/Divulgação)

A empresa Anglo American, responsável pela tubulação de mineroduto que se rompeu em Santo Antônio do Grama, na Zona da Mata mineira, recebeu nesta quinta-feira um auto de fiscalização lavrado pelo Núcleo de Emergência Ambiental (NEA), da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad). A mineradora terá que cumprir uma série de medidas, sendo a mais urgente, é a limpeza da calha do Ribeirão Santo Antônio do Grama e suas margens. Esse procedimento deve ser realizado até 31 de maio. A Anglo American informou que já iniciou as ações. A Copasa afirmou que o abastecimento de água já foi restabelecido na cidade.

O rompimento da tubulação do mineroduto aconteceu na última segunda-feira. O produto transportado foi lançado a uma grande altura. Aproximadamente sete quilômetros dos rios Santo Antônio e Rio Casca foram afetados pela polpa de minério – composto por 70% de minério e 30% de água. O abastecimento em Santo Antônio do Grama foi interrompido.

De acordo com a Semad, o auto de fiscalização prevê, além da limpeza da calha do ribeirão Santo Antônio do Grama, que a empresa entregue, via protocolo, e no prazo máximo de cinco dias, laudo atestando a estabilidade da barragem de emergência, depois do acidente. Ele deverá ser emitido por uma empresa de consultoria e com emissão de Anotação de Responsabilidade Técnica (ART). Deverá, ainda, enviar o projeto de recuperação da área degradada (PRAD) no máxima em 30 dias.

Semanalmente a empresa terá que informar sobre as ações atualizadas do andamento das investigações sobre a causa do rompimento da tubulação. Duas vezes por semana, a mineradora deverá enviar relatório com os resultados das análises das amostras da qualidade da água, que serão realizadas diariamente.

Em cinco dias, a empresa deverá fornecer dados técnicos, bem como a memória de cálculo que resultaram em um valor de 300 toneladas de poupa de minério vazados da tubulação do mineraduto. No mesmo prazo, deve informar o balanço da quantidade de água que está sendo armazenada nos reservatórios e a quantidade distribuída para os moradores da cidade de Santo Antônio do Grama, no período compreendido entre os dias 13 e 16 de março. Nesta quinta-feira, segundo a Semad,  foram iniciados os  testes com caminhão supervácuo para sucção do minério sedimentado na calha do Ribeirão Santo Antônio.

Por meio de nota, a Anglo American informou que já está adotando as medidas solicitadas. “Dentre ações que estão sendo realizadas, a empresa começou, hoje (15/03), a limpeza da calha do ribeirão Santo Antônio do Grama (MG) e suas margens. Dois caminhões, um hidrovácuo e outro supervácuo, fazem a sucção da polpa de minério acumulada nas margens da calha e no fundo do leito. Paralelamente, uma equipe especializada começou a retirar e transportar esse material, que será depositado na barragem da estação de bombas e, mais tarde, reutilizado. Vale lembrar que esse material é classificado como inerte pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT)”, informou. A empresa disse, ainda, que estão sendo implantadas novas estruturas de contenção de sedimentos.

A mineradora afirmou que deve concluir nesta sexta-feira as obras da adutora do ribeirão Salgado, que irá abastecer a Estação de Tratamento de Água de Santo Antônio do Grama.

Abastecimento

Depois de dias com o abastecimento interrompido, os moradores de Santo Antônio do Grama tiveram uma boa notícia. De acordo com a Copasa, a cidade está totalmente abastecida pela Estação de Tratamento de Água (ETA) local desde o início da manhã desta quinta-feira. “Os caminhões-pipa seguem complementando o abastecimento”, finalizou. Em Rio Casca, a captação e a distribuição da água seguem normalizados.


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