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Estado de Minas

Aprovado projeto urbanístico para construção do novo Bento Rodrigues em Mariana

Em votação, maioria dos representantes das famílias aprovaram proposta. Com isso, avança os trabalhos para a construção do novo subdistrito que foi devastado por rejeito de minério


postado em 09/02/2018 18:47

O projeto urbanístico conceitual do reassentamento do novo subdistrito de Mariana, Bento Rodrigues, foi aprovado pela maioria das famílias desabrigadas pelo mar de lama consequente do rompimento da barragem de rejeito do Fundão,  da mineradora Samarco, em 5 de novembro de 2015, em Mariana, Região Central de Minas Gerais.

Depois de mais de dois anos daquele que é o maior desastre ambiental do setor minerário, a definição do projeto é um importante avanço para que os atingidos resgatem o convívio comunitário, já que depois que o subdistritos foi devastado, eles foram abrigados em imóveis alugados na cidade. Na ocorrência, morreram 19 pessoas, centenas ficaram feridos e municípios da Bacia do Rio Doce e cursos d'água foram poluídos pela lama, com prejuízos graves à fauna e flora.

 Foram 179 votos favoráveis ao projeto urbanístico apresentado do total de 180 válidos das famílias desabrigadas. A assembleia contou ainda com as presenças de representantes dos órgãos do governo estadual – Secretaria de Estado de Cidades e de Integração Regional (SECIR) e Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (SEMAD) – da Prefeitura de Mariana, da Câmara Municipal, da Arquidiocese de Mariana e do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG).

O projeto aprovado seguiu as diretrizes apontadas pela comunidade de Bento Rodrigues durante um processo de audiências que envolveu Comissão de Atingidos, com assessoria técnica Cáritas. O desenho do projeto urbanístico, a definição do seu tamanho e limites, além da distribuição das ruas e quadras foram definidos a partir de duas outras propostas apresentadas e discutidas em 23 oficinas, realizadas em novembro de 2017 com 164 famílias. As ponderações da comunidade feitas durante as atividades foram consideradas e incluídas no desenho aprovado na assembleia.

O novo distrito deverá preservar, ao máximo, as características originais e os aspectos patrimoniais, urbanísticos e culturais do subdistrito destruído, sobretudo a relação de vizinhança. O reassentamento está previsto para ocupar uma área de aproximadamente 98 hectares.

O terreno da lavoura foi escolhido pela comunidade em maio de 2016. O projeto urbanístico foi pré-aprovado em janeiro de 2017, mas foi necessária a realização de ajustes, considerados nas duas propostas apresentadas à comunidade durante as oficinas.

Com a aprovação do projeto, a Fundação Renova dará continuidade ao processo de reassentamento de Bento Rodrigues. O próximo passo é fazer os projetos de engenharia e estudos ambientais para protocolar o pedido de licenças ambiental e urbanística. Com a comunidade, agora serão trabalhadas as questões específicas do atendimento de cada família.


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