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Estado de Minas

BH tem queda no número de casos de dengue, mas chikungunya liga o alerta

Os casos de dengue na capital mineira tiveram em 2017 uma queda de 99,4% em relação ao mesmo período do ano passado. Foram 905 casos confirmados contra 154.897 em 2016


postado em 28/12/2017 06:00 / atualizado em 28/12/2017 08:18

Campanha de combate ao mosquito no Mercado Central: casos de dengue caíram na capital, mas há expectativa de alta da chikungunya (foto: Leandro Couri/EM/D.A Press)
Campanha de combate ao mosquito no Mercado Central: casos de dengue caíram na capital, mas há expectativa de alta da chikungunya (foto: Leandro Couri/EM/D.A Press)

Os casos de dengue na capital mineira tiveram em 2017 uma queda de 99,4% em relação ao mesmo período do ano passado. Foram 905 casos confirmados contra 154.897 em 2016. Por outro lado, uma temporada severa de chikungunya é anunciada para 2018. O que mais preocupa as autoridades é que 86,7% dos focos do mosquito Aedes Aegypti (transmissor das duas patologias e, também da zika) estão dentro das casas e apartamentos. Pensando nisso, um aplicativo, que está disponível gratuitamente, promete ajudar o usuário a fazer um check-list para lembrá-lo de verificar se há acumulo de água em vasos de plantas e sanitário, ralos e outros locais. O balanço de ações foi apresentado durante uma coletiva de imprensa da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) na manhã de quarta-feira.

Este ano, a Região de Venda Nova liderou com o maior número de casos confirmados de dengue, com 144 doentes. Em sequência, as regionais Noroeste (131), Pampulha (100), Nordeste (109), Oeste (99), Norte (86), Barreiro (83), Leste (67). A Centro-Sul é ainda a que tem menos registros da doença: 65 casos confirmados. Por outro lado, os casos de febre chikungunya avançam na capital mineira. De acordo com balanço divulgado, foram confirmados 93 pacientes infectados este ano. Em 2016, foram 60 registros da doença na cidade. Dos 93 casos, 43 são importados, ou seja, contraídos fora da cidade, e 40 autóctones (pacientes infectados no município). Há ainda 10 suspeitas em investigação para a doença. Na capital, nenhuma pessoa morreu em decorrência da doença.

Segundo o subsecretário de promoção e vigilância à saúde, Fabiano Pimenta, as ações são as mesmas para todos os sorotipos da dengue, seja por chikungunya seja por zika, o objetivo é manter baixa a infestação do mosquito Aedes. “O que vem predominando nos últimos anos, inclusive em 2017, é o sorotipo 1. Desde 2010 não temos predominância de casos de dengue pelo sorotipo 2. Então, existe um contingente de pessoas em BH, aqueles que nasceram nesse período e outros que não contraíram a doença em 2010 e que não têm a imunidade para a dengue 2”, explica. Atualmente, a doença é transmitida por quatro tipos de vírus. O poder público também mostrou-se preocupado com o aumento da chikungunya: “A preocupação existe e, por isso, a PBH tem buscado intensificar ações de controle e alternativas para, sem se desresponsabilizar das ações que são inerentes ao poder público, ampliar as parcerias e buscar formas para que o cidadão possa colaborar de uma maneira mais fácil”,contou o subsecretário.

APLICATIVO O último levantamento do Índice Rápido do Aedes aegypti (LIRAa), realizado em outubro, revelou um dado importante: 86,7% dos focos do mosquito estão dentro dos domicílios. Entre os criadouros predominantes, destaque para os inservíveis (tampinhas, potes de margarina, garrafas, que representam 22% dos criadouros, seguido pelos vasos de plantas (16,2%) e pelas caixas d’água (12,1%). Para reverter o quadro, o combate ao Aedes aegypti, será realizado por meio de um aplicativo para celulares. “BH sem Mosquito”, como é chamado o aplicativo, está disponível nas plataformas Android e IOS e emitirá alertas para a população sobre quando e em quais locais das casas devem ser realizadas vistorias para verificar se há água parada em vasos de plantas, vasos sanitários, pneus e em outros recipientes que favorecem a fecundação dos ovos e proliferação do Aedes. Os usuários poderão definir quando querem receber os alertas para as vistorias.

“Quem baixar, terá na mão um guia com instruções do que deve olhar em casa ou no trabalho para combater o mosquito. O usuário terá uma lista de locais de possíveis criadores e indicações que já foram verificados e limpos. A contribuição é enviada para um mapa colaborativo da PBH no qual a gente pode rastrear onde foram feitas as ações pela cidade”, afirmou Cristoferson Bueno gerente de tecnologia da Empresa de Informática e Informação do Município de Belo Horizonte (Prodabel). As informações coletadas são utilizadas de maneira privada pela PBH, sendo anônima a participação do usuário e dispensando cadastro com dados. Segundo o desenvolvedor, havendo um grande volume de contribuição do cidadão, a ferramenta será útil ao município pois a PBH poderá usar essas informações como ação complementar às de campo. Até o momento, o mapa conta com cerca de 100 contribuições. O aplicativo também cumpre uma função didática, contando com informações sobre o Aedes, como ciclo de vida, características do mosquito e forma de contágio. É possível verificar as doenças que podem ser transmitidas, além de sintomas e tratamento.

*Estagiário sob supervisão do editor Roney Garcia


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