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Estado de Minas

Militares prendem quadrilha e impedem ataques a caixas eletrônicos no Triângulo Mineiro

Detenção de homem suspeito de monitorar policiais militares em Santa Juliana para definir momento do ataque foi a chave para a prisão dos outros. Seis bandidos foram presos com explosivos e armas


postado em 14/12/2017 21:17 / atualizado em 14/12/2017 22:43

Armas e explosivos estavam escondidos em matagal na área rural(foto: PMMG/Divulgação)
Armas e explosivos estavam escondidos em matagal na área rural (foto: PMMG/Divulgação)

Policiais militares de Santa Juliana, no Triângulo Mineiro, a 450 quilômetros da capital, interceptaram uma quadrilha, na madrugada desta quinta-feira, que planejava explodir caixas eletrônicos na cidade. Seis homens foram presos e apreendidos explosivo e armas de fogo. Acredita-se que o grupo possa estar envolvido em outros ataques na região e também em municípios do Alto Paranaíba. De janeiro a novembro, foram 149 ocorrências do tipo em Minas Gerais, o que dá uma média de pelo menos um município atacado a cada dois dias. Em dezembro, já foram registrados pelo menos nove ataques. Os bandidos mataram três policiais militares e dois civis nas ações criminosas, denominadas de "novo cangaço". 

Por volta da 1h30, PMs suspeitaram de um homem que dormia numa rua próximo ao quartel de Santa Juliana e constataram que ele estava monitorando movimentação policial. Por meio da prisão do suspeito, os policiais apuraram que pelo menos outros seis bandidos participariam da ação criminosa e estavam em uma caminhonete S10 prata, um corsa e um Pegeout, ambos de cor preta, aguardando o momento de agir. 

Com apoio de militares das cidades vizinhas de Perdizes, Uberaba e Patrocínio foi montada uma grande operação para localizar os outros envolvidos. Cerca de uma hora depois da primeira abordagem, dois homens que estavam no Corsa foram cercados e com ele dois rádios de comunicação na frequência da PM. Um dos suspeitos apresentou nome falso, mas foi constatado que se tratava de um foragido da Justiça, de Guarulhos (SP).

Na sequência, o Peugeot foi localizado e o motorista preso. Com novas informações, os militares foram ao Distrito de Almeida Campos, em Nova Ponte, e encontraram material usado nas explosões. No fim da manhã, mais dois homens foram detidos andando por uma estrada vicinal na mesma região, confessaram o envolvimento com a quadrilha e levaram os militares a um local em que estavam escondidos o armamento e os artefatos que seriam usados no ataque em Santa Juliana.

De acordo com os primeiros levantamentos, foram apreendidos três revólveres calibre 38, um 357, uma pistola 9 mm e grande quantidade de explosivos. Os seis presos são todos de Guarulhos. A operação policial segue na região na tentativa de encontrar outros envolvidos e mais armamentos e artefatos para arrombar os terminais eletrônicos.

Em Itabirito, explosivos e armas em carro 

Na noite da terça-feira, policiais militares de Itabirito, na Região Central, receberam denúncia de que dois suspeitos circulavam num Toyota Corolla prata num distrito da cidade. O carro havia sido furtado em Nova Serrana, Centro-Oeste do estado. Durante a checagem, os PMs foram informados de que o veículo estava na garagem de um motel.

Em Itabirito armamento e artefatos estavam no porta-malas de carro furtado(foto: PMMG/Divulgação)
Em Itabirito armamento e artefatos estavam no porta-malas de carro furtado (foto: PMMG/Divulgação)
O dono do carro, depois de informado da localização do mesmo, se prontificou a levar a chave reserva para abri-lo. Durante as buscas no porta-malas foram encontradas emulsões explosivas encartuchados com detonadores preparados para a utilização.

Militares do Esquadrão Antibombas do Batalhão de Operações Especiais (Bope) desarticularam no local seis artefatos prontos para detonação e apreenderam outros 11. Ainda no carro havia duas submetralhadoras de fabricação artesanal, dois revolveres do calibre 38, uma escopeta do calibre 12, uma pistola do calibre 380 e munições.

Três PMs mortos e dois civis  em ataques este ano

A violência desse tipo de ataque, resultou, no dia 5, em Pompéu, Região Central, nas mortes a tiros dos cabos PMs Ozias Alves de Barros, de 33 anos, e Lucas Reis Rosa, de 27. O morador da cidade Alisson dos Reis Pinheiro, de 22, também foi assassinado. No mesmo dia, na cidade de Oliveira, Centro-Oeste, o cabo Lionel Richs de Aquino foi baleado e escapou com ferimentos. Em julho, em Santa Margarida, Zona da Mata, o cabo PM Marcos Marques da Silva, de 36, e o vigilante Leonardo José Mendes foram mortos em situação semelhante, por um bando que invadiu a cidade para roubos nas agências bancárias.


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