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Estado de Minas

Jovem morto em Ouro Preto ganha música e família pede expulsão de PMs

Igor Arcanjo Mendes, de 20 anos, morreu com um tiro na cabeça disparado por um policial de 29 anos no dia 15 de setembro durante uma abordagem


postado em 13/10/2017 10:42 / atualizado em 13/10/2017 11:01

(foto: Reprodução/ Internet/ Facebook)
(foto: Reprodução/ Internet/ Facebook)

A família de Igor Arcanjo Mendes, de 20 anos, morto com um tiro na cabeça em 15 de setembro por um policial militar durante uma abordagem em Ouro Preto, Central de Minas Gerais, recebeu com alívio a notícia do indiciamento por homicídio dos quatro policiais que atenderam a ocorrência. O jovem foi homenageado por uma banda de hip hop de Itabirito com uma música.

“É uma mistura de tristeza com alívio, sabemos que é apenas o início, que é apenas uma parcela, temos muita luta pela frente. Esperamos que a promotora solicite a prisão preventiva dele. Que haja a expulsão dele da PM e a condenação penal por júri popular,” disse a irmã de Igor, Nayara Mendes. 

Segundo a jovem, na tarde desta sexta-feira haverá um momento de oração com velas na Praça Tiradentes em lembrança à vida do irmão morto. Um ato cultural com músicos do movimento hip hop também será feito no próximo sábado em uma praça de Ouro Preto em homenagem Igor. 

Música

A canção feita pela banda Crioulo's diz, em seu refrão, que “deram bala para o jardineiro, mas ele cultiva flores”, em menção à profissão de Igor, que trabalhava com jardinagem e a maneira como ele foi morto, com um tiro na cabeça. A música ainda diz que Igor Arcanjo, agora, enfeitará a morte. 


Policiais indiciados


O inquérito que apurava a morte do jovem foi finalizado nesta semana. Um PM, de 29 anos, que atirou contra o jovem foi indiciado por homícidio. Outros três investigados foram indicados por abuso de autoridade, prevaricação e por conduzir e ouvir menor de idade em procedimento militar sem a presença de represente legal.

De acordo com as investigações, a vítima estaria a caminho de um show na cidade e estava sentada no banco de passageiro ao lado do motorista. "Os levantamentos apontam que entre o momento da ordem de parada do carro até o instante do disparo de arma de fogo, não haveria tempo suficiente para que as pessoas abordadas descessem do veículo", afirma a nota divulgada na Polícia Civil.    

O rapaz e outros cinco amigos, que estavam dentro de um veículo, foram abordados em uma blitz policial. O caso ocorreu próximo ao local conhecido como 'Morro da Forca'. De acordo com a versão contada pelos militares, o veículo em que Igor estava trafegava acima do limite de velocidade permitida para a via, o que levantou suspeita de irregularidades. Ao dar ordem de parada, os policiais não teriam sido atendidos imediatamente. 

A vítima ainda teria feito um movimento brusco no momento em que recebeu a ordem de descer do carro, o que fez com que um dos agentes acreditasse que ele sacaria uma arma de fogo. O policial disparou contra Igor, que foi atingido na cabeça e morreu no local. 

Ferido na cabeça, ele chegou a ser levado para uma Unidade de Pronto Atendimento de Ouro Preto, mas já chegou morto. Porém, a versão foi logo questionada por Giovanni Arcanjo João, tio de Igor. "O que aconteceu não foi despreparo, foi execução", afirma. "Meu sobrinho morreu nesse horário e nós só fomos avisados às 4h do dia seguinte. Apreenderam os celulares de todo mundo que estava no carro. Não deixaram ninguém avisar a família", conta Giovanni.  


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