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Estado de Minas

Governo do estado anuncia o repasse de insulina à rede municipal de saúde

Um dia depois de o EM noticiar a falta do hormônio em postos da capital, governo do estado repassa o produto e a PBH anuncia que começa a distribuí-lo na segunda-feira


postado em 23/09/2017 06:00 / atualizado em 23/09/2017 08:29

Antes do anúncio do repasse da insulina, o prefeito Alexandre Kalil criticou o Executivo estadual pelo Twitter e falou em compra emergencial do produto(foto: Twitter/Reprodução da Internet)
Antes do anúncio do repasse da insulina, o prefeito Alexandre Kalil criticou o Executivo estadual pelo Twitter e falou em compra emergencial do produto (foto: Twitter/Reprodução da Internet)

Os estoques de insulina Glargina serão repostos na segunda-feira nos centros de saúde pública de Belo Horizonte, informa nota divulgada no fim da tarde de ontem pela Secretaria Municipal de Saúde (SMSA). Apesar de, pela manhã, o prefeito Alexandre Kalil (PHS) ter anunciado pela rede social que faria a compra do medicamento para suprir a falta, o produto que será distribuído já foi repassado pelo governo estadual.

O abastecimento dos estoques do hormônio na rede municipal de saúde de BH é de responsabilidade da Secretaria de Estado da Saúde (SES-MG). Por meio de nota, o órgão estadual informou que a distribuição de insulina Glargina foi realizada parcialmente em todo o estado nos meses de agosto e setembro, em quantitativo suficiente para atendimento à demanda em 83% e 46% respectivamente.

Em postagem na rede social ontem pela manhã, o prefeito Kalil afirmou que faria a compra do produto para repor o estoque nos postos de saúde de Belo Horizonte. Conforme o Estado de Minas denunciou na edição de ontem, o hormônio está em falta nos postos. À reportagem, por meio de nota, a Secretaria de Estado de Saúde admitiu que a escassez de recursos financeiros tem impactado o abastecimento.

O prefeito, também por meio de um comunicado, criticou o posicionamento do órgão estadual. “Admitir que não estão repassando insulina para a prefeitura não resolverá o problema dos diabéticos”, disparou. Em seguida, se comprometeu a repor o estoque. “Vamos comprar e recolocar a insulina nos postos. Com a palavra, o governo do estado”, cutucou. Em julho, Kalil adotou igual medida, diante da falta da fita de glicemia, usada para medir a glicose no sangue, nos postos de saúde. Foi realizada uma compra emergencial de 250 mil unidades do produto.

A insulina que está em falta é a Glargina (Lantus), injetável e de longa duração. Ela é distribuída pela SES para pacientes que têm mais possibilidade de apresentarem hipoglicemia. “São pacientes que, apesar do uso adequado das outras insulinas, não atingem bom controle glicêmico. Em especial, apresentam hipoglicemia frequentemente. Esse pedido é feito sob prescrição médica”, explica o médico Paulo Augusto Carvalho Miranda, diretor da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia.

Nos postos do Sistema Único de Saúde (SUS), estão disponíveis dois tipos de insulina. Uma de duração intermediária e outra rápida. Há, ainda, a superrápida e a Glargina, que é de longa duração. Porém, para ter acesso a essas duas é preciso um protocolo específico. De acordo com o médico Paulo Miranda, a falta do hormônio pode provocar danos à saúde dos pacientes, principalmente os que usam o medicamento que está em falta.

Por meio de nota, no fim da tarde, a Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte confirmou que, na segunda-feira, inicia a distribuição do volume necessário de insulina Glargina para reabastecer os centros de saúde da capital. E reafirmou: “A responsabilidade de compra e fornecimento mensal da insulina Glargina é da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais, fundamentada através da Resolução SES/MG 2.359/2010. Cabe à Secretaria Municipal de Saúde de BH a distribuição para os usuários autorizados ao recebimento”.

De acordo com a secretaria, o repasse ao município referente ao mês de setembro foi feito na quinta-feira, e, por estar em fase de conferência, não foi distribuído de imediato. “É importante informar ainda que, desde maio, a SMSA recebe a insulina Glargina em quantidade inferior à necessária ao atendimento dos pacientes e, por isso, gerou desabastecimento”, diz na nota. A secretaria não confirmou se serão realizadas compras emergenciais, conforme anunciado pelo prefeito Alexandre Kalil.


Estoques insuficientes

Os estoques da Glargina ficaram abaixo do necessário nos postos de BH desde maio. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde de BH, naquele mês seriam necessários 2.126 refis de 3ml e 45 frascos de 10ml. Foram entregues 1.200 refis e 50 frascos da insulina Glargina. Em junho e julho, não houve fornecimento de nenhum volume do medicamento. Em agosto, seriam necessários 2.187 refis de 3ml e 60 frascos de 10ml; foram entregues 1.243 refis e 60 frascos. Além da Glargina, a PBH oferece à população as seguintes insulinas, que estão com abastecimento regular no centros de saúde: insulina humana NPH 100 UI/mL, suspensão injetável, frasco 10 ml; insulina humana regular 100 UI/ml, uso adulto e pediátrico, injetável, frasco 10 ml; e insulina humana (análogo), ação ultrarrápida, caneta descartável 3 ml.


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