
Apenas três pessoas farão todo o trajeto, inspirado no caminho de Santiago de Compostela, que vai da França à Espanha. Uma delas é o relações-públicas Cláudio Luiz de Carvalho Leão, primeiro a percorrer toda a Estrada Real, em 2001, e responsável pela demarcação dos marcos sinalizadores. Para ele, esta é uma oportunidade de despertar nos turistas o interesse pela beleza e misticismo da rota. “Vamos de forma mais lenta, parando nas cidades e realizando eventos para falar do caminho religioso”, afirmou ele. A ideia é que os peregrinos façam caminhadas diárias de cerca de seis horas e parem em cada uma das 36 cidades que compõem a rota.
A funcionária pública aposentada Isabel Cristina Lage Duarte é outra que não escondeu a emoção por fazer parte do projeto. “É um desafio, uma oportunidade de reflexão e autoconhecimento”, afirmou ela, que pela primeira vez fará esse tipo de turismo. No quesito físico, Isabel conta com a prática de atividades diárias para conseguir terminar os 37 dias de caminhada. “Mas acho que a preparação é muito mais espiritual e psicológica que física”, completou.
O trajeto pode ser feito a pé, a cavalo ou de jipe off-road e o turista pode iniciar a rota de qualquer ponto em uma única viagem ou por etapas. Totens foram instalados em locais estratégicos, indicando as direções e o mapa geral do caminho. A Secretaria de Turismo investiu cerca de R$ 2,6 milhões na infraestrutura turística, que inclui a implantação de quiosques, paraciclos, escada de acesso, placas informativas e de advertência para motoristas, reparação de uma cabeceira de ponte e uma pinguela.

“Ao celebrar a sua fé, o romeiro vai incentivar a região, conhecer a gastronomia mineira e a nossa história. É um grande produto turístico, que conta com a parceria fundamental da Igreja Católica”, disse o secretário de Turismo. Para marcar o caminho percorrido, o turista poderá adquirir um passaporte para registrar os locais por onde passou nos pontos de apoio do Crer. Aquele que percorrer todo o caminho receberá um certificado de conclusão.
