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Estado de Minas

Mulher que matou e escondeu o corpo do filho em sofá é julgada em Ibirité

Crime ocorreu em novembro de 2014, na casa de um tio da criança, mãe confessou o crime e chegou a ser condenada em 2015, mas defesa conseguiu anular o julgamento


postado em 27/06/2017 10:50 / atualizado em 27/06/2017 11:14

(foto: Cristina Horta: EM/DA Press/ Reprodução/ TV Alterosa)
(foto: Cristina Horta: EM/DA Press/ Reprodução/ TV Alterosa)
Começou nesta manhã no plenário da Câmara Municipal de Ibirité, na Grande BH, o júri de Marilia Crisitiane Gomes, acusada de matar o próprio filho, Keven Gomes, em 2014, e esconder o corpo dentro de um sofá. À época do crime, a criança tinha dois anos.

Em 2015, a mãe chegou a ser condenada a 22 anos de prisão, mas a defesa entrou com recurso e conseguiu anular o júri, remarcado para esta terça-feira. Durante este período, Marilia Cristiane Gomes esteve presa na Penitenciária Feminina Estêvão Pinto, no Bairro Horto, na Região Leste de Belo Horizonte.

O júri começou às 8h:30 e é presidido pela juiza Daniela Cunha Pereira. O Conselho de Sentença é formado por sete jurados. Dez testemunhas foram arroladas pela defesa e acusação.

De acordo com a magistrada, o júri deve durar cerca de 15h. A é denunciada em dois crimes: homicídio tipificado, quando se mata alguém por motivo fútil ou diante de recurso que dificulte ou torne impossível a defesa do ofendido; e por homicídio doloso, quando o autor tem consciência do risco de sua ação. 

Relembre 


Keven morava com os pais Marília e Cláudio Ribeiro Sobral, de 31 anos, em Ibirité, em um terreno com outras duas casas de aluguel, sendo uma delas de um casal de tios da criança. O menino ficou desaparecido 24 e 27 de julho de 2014, conforme um boletim de ocorrência registrado pela própria mãe. 

O corpo de Keven foi encontrado dentro de um sofá da casa dos tios, que haviam acabado de chegar de viagem. Ele tinha apenas sangue no nariz e estava em estado de decomposição. Uma poça de sangue também foi vista debaixo do sofá.

Na manhã do dia 28, após o corpo da criança ser encontrado, Marília prestou depoimento à Polícia Civil, mas foi chamada novamente para prestar esclarecimentos por causa de contradições nas versões. Da segunda vez, ela acabou confessando o crime e foi presa em flagrante.  

A mulher disse que o menino estava dormindo e quando se levantou mexeu no celular dela. O aparelho caiu e o garoto deu um tapa na mão da mãe, que foi pegar o telefone. Marília disse que "perdeu a cabeça", pegou as duas mãos da criança e a arremessou com força na cama do casal. O menino bateu a cabeça na parede e desmaiou.

Durante o depoimento, a mulher contou que o garoto começou a mudar de cor e notou uma espuma branca na boca dele. Como ficou com medo de ser linchada e presa, não contou para ninguém sobre o caso. Para tentar se livrar da criança, pegou-a no colo e a levou até a casa vizinha, que pertence aos cunhados. Lá, pegou um lençol, enrolou o corpo e tirou o forro do sofá. Depois de colocar o menino dentro do móvel, voltou a colar o forro. 

Desde que o garoto foi encontrado, a mulher tentava incriminar os tios do menino. Porém, segundo a tia da criança, eles não estavam na casa quando o crime aconteceu. Os dois viajaram para o enterro de um parente e, aproveitando a casa vazia, Marília escondeu o corpo lá.


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