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Estado de Minas

PM desconfia de assalto e mata motorista na Avenida Tereza Cristina

O crime ocorreu no Bairro Calafate e o policial que atirou se entregou no batalhão em que trabalha


postado em 02/06/2017 11:13 / atualizado em 02/06/2017 14:52

Anderson Cardoso Inácio foi atingido por um tiro na região do pescoço dentro do carro(foto: Ivan Drummond/EM DA Press )
Anderson Cardoso Inácio foi atingido por um tiro na região do pescoço dentro do carro (foto: Ivan Drummond/EM DA Press )
Um policial militar foi preso na manhã desta sexta-feira pelo envolvimento em um homicídio ocorrido na Avenida Tereza Cristina, no Bairro Calafate, Região Oeste de BH. A princípio, testemunhas apontam que a motivação do crime foi uma briga de trânsito. Já o policial, que se entregou, alegou ter atirado por suspeitar se tratar de um assalto. A vítima é Anderson Cardoso Inácio, de 48 anos, que seria um trabalhador da construção civil e não tinha passagem pela polícia.

A Polícia Militar deu mais detalhes do caso em uma entrevista coletiva no fim da manhã. De acordo com o major Flávio Santiago, chefe da sala de imprensa da PM, a corporação foi acionada por volta das 9h por conta de uma situação de trânsito que resultou em um homicídio na Avenida Tereza Cristina. No local, eles foram informados de que um Polo de cor preta teria participado da ocorrência. Durante o levantamento, o militar se apresentou no batalhão onde trabalha, alegando o fato. O suspeito foi identificado como o primeiro-sargento Ronildo da Silva, do Batalhão de Choque, que estava à paisana, em trajes civis, no momento da ocorrência. Ele tem 48 anos, 27 na corporação.

“Segundo versão dele, e ele vinha com a esposa no seu veículo pela Avenida Tereza Cristina, momento em que ele é fechado por uma Ford Ranger. Nesse momento, acreditando se tratar de um assalto, ele desce do veículo. Percebendo que tinha mais um nessa Ranger que, em tese, segundo a versão dele, teria fechado, ele efetua um disparo em defesa de sua vida”, explica o major Santiago. “Acreditando numa possível retaliação, e também acreditando ter um outro veículo na cobertura,  ele sai dali, deixa a esposa em casa, se apresenta no batalhão onde ele serve, e automaticamente em face de todo o levantamento de dados feito pela Polícia Militar, a Polícia Militar ratifica a prisão dele”, enfatiza o militar.

Anderson Cardoso Inácio foi atingido na região do tórax, perto do pescoço, conforme o major. "Segundo a testemunha da Ford Ranger, num primeiro momento ele ouviu só um disparo, ele não conseguiu enxergar o ocorrido em si. A Polícia Militar levanta outras informações, há testemunhos de que poderia estar ocorrendo também uma discussão momentos antes. Só agora a polícia investigatória é que vai poder trabalhar essa cronologia e levantamento de maiores informações". Conforme o chefe da sala de imprensa da PM, a esposa do sargento Ronildo também foi ouvida e confirmou a versão dele. O casal diz que não houve discussão.

Major Flávio Santiago concedeu entrevista coletiva sobre o caso nesta sexta-feira(foto: Paulo Filgueiras/EM/DA Press)
Major Flávio Santiago concedeu entrevista coletiva sobre o caso nesta sexta-feira (foto: Paulo Filgueiras/EM/DA Press)

O policial militar estava de folga e usou uma pistoa calibre 765, particular, para fazer o disparo. A arma é devidamente legalizada, segundo a corporação. “Não foi localizada outra arma, a não ser a que o militar possui, que foi apreendida pela Polícia Militar”, diz o major Santiago. 

A ocorrência estava em andamento no batalhão do militar, com o apoio da Corregedoria da corporação. A Delegacia de Homicídios também foi acionada. "Ele foi preso em flagrante. Está à disposição da Justiça. Quem vai determinar se ele vai ficar livre ou preso é a Justiça”, destacou o major Santiago.

OUTRO HOMICÍDIO Ainda de acordo com o major Santiago, o sargento preso hoje já tinha passagem por outro homicídio, ocorrido na década de 1990 no Sul de Minas Gerais. "Ele cumpriu pena e ficou dois anos em regime de reclusão. Então, atualmente ele estava na sala de operações da unidade. Quando ele cometeu o crime tratava-se também de um crime comum, arma particular, na cidade de Cruzília”.  O militar ficou preso em regime fechado entre os anos 1998 e 2000. "Ele cumpriu pena, e aí é uma questão judicial a manutenção dele nas fileiras da corporação", afirmou o major Santiago, questionado sobre o fato de um militar ter permanecido na PM após o crime.
 
*Sob supervisão do editor Benny Cohen


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