O sábado antes do carnaval oficial já é tradicional em Belo Horizonte. É o dia reservado para o fechamento da Avenida Afonso Pena, no Centro de BH, para a reunião da Banda Mole, atração mais tradicional da pré-folia dos belo-horizontinos.
Neste sábado de sol a animação toma conta dos foliões que vieram prestigiar o 42 ano da atração, que hoje está concentrada entre as ruas da Bahia e Guajajaras com o lema "42 anos sem corda, sem muro e sem juízo".
A cantora Manu Rosa foi a primeira a se apresentar com sua banda em um dos trios e pela primeira vez fez um show na Banda Mole. "Sou daqui de BH e gostei demais da experiência. Fizemos um show de duas horas e mesmo com o sol fritando a galera acompanhou. Saí até mais morena do trio", brinca.
A estudante Raquel Cardoso, de 16, anos, veio do interior e aprovou a organização. "Adorei o clima e a festa. Vou passar o carnaval aqui".
ACESSO Todas as pessoas que chegam para as atrações da Banda Mole estão sendo revistadas por seguranças contratados pelo evento. A concentração maior de pessoas está em frente à Prefeitura de BH, mas também há uma grande aglomeração no cruzamento com a Avenida Álvares Cabral, onde está o palco montado, e também próximo ao cruzamento da Rua dos Guajajaras, onde fica o outro trio.
O trânsito está desviado para a Rua da Bahia no sentido bairro e há um bloqueio com a Rua Pernambuco, em frente ao Instituto de Educação, no sentido Centro.
O desfile da Banda Mole está marcado para 17h, quando devem ir para a avenida cerca de 150 integrantes do bloco, presididos por um dos fundadores da atração, Helvécio Trotta, de 77 anos.
"Estive no primeiro desfile, há 42 anos. Houve uma modificação surpreendente do carnaval de Belo Horizonte, com a chegada de vários blocos de rua e a Banda Mole é precursora disso. E esse ano parece que São Pedro vai ajudar", diz Helvécio.
A musa do bloco esse ano será a modelo e apresentadora Laís Cruz, de 27 anos, que foi destaque na escola de samba Grande Rio, do Rio de Janeiro, no ano passado. "Banda Mole é diversidade e isso é o mais legal. Tem criança, família. Temos que aceitar as diferenças e curtir. Carnaval é para brincar e o de BH está cada dia melhor", diz.
