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Estado de Minas

Após confrontos, reintegração de posse é cancelada em Contagem

No início da tarde, famílias que moram em um imóvel da região, receberam o secretário de Defesa Social, Décio Camargos, e ambas as partes entraram em acordo


postado em 15/02/2017 15:36 / atualizado em 15/02/2017 15:46

Famílias se encontraram com representantes da Prefeitura de Contagem(foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A.Press)
Famílias se encontraram com representantes da Prefeitura de Contagem (foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A.Press)

Depois de uma manhã tensa com confrontos entre manifestantes com a polícia que teve até tiros, a situação no Bairro Maria Conceição, em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, está mais tranquila. A confusão começou por causa de uma reintegração de posse de terreno destinado ao Minha Casa, Minha Vida. No início da tarde, famílias que moram em um imóvel da região, receberam o secretário de Defesa Social, Décio Camargos, e ambas as partes entraram em acordo. A ação foi cancelada.

Segundo o secretário, a prefeitura vai retornar ao local nesta quinta-feira para fazer o levantamento dos móveis que existem em cada apartamento do imóvel. A administração municipal, se comprometeu a arrumar outras moradias para as trinta famílias que vivem na região.

O terreno está no local conhecido como Aglomerado Marião e pertence à Prefeitura Municipal. A ordem de reintegração começou a ser cumprida pela Guarda Civil e Secretaria Municipal de Defesa Social na manhã desta quarta-feira. Segundo Vanessa Portugal, do Movimento Luta Popular, a ocupação conta com cerca de 30 famílias de baixa renda, que ocuparam o terreno e alguns apartamentos inacabados em janeiro. O local estava "abandonado" por uma empresa do ramo da construção civil, que faliu há seis anos, de acordo com Vanessa.



O assessor de imprensa da Secretaria de Defesa Social, Leonardo Rocha, disse que, durante a reintegração, os moradores reagiram e atiraram pedras, foguetes e bombas em direção aos guardas. Ainda segundo ele, alguns moradores portavam arma de fogo e atiraram contra a corporação. Ainda segundo a militante e ativista do movimento, a Guarda Civil de Contagem agiu com força excessiva para a retirar as famílias fazendo o uso de bombas e armas, além da presença de cães.

Manifestantes chegaram a fechar vias na cidade(foto: Reprodução / WhatsApp)
Manifestantes chegaram a fechar vias na cidade (foto: Reprodução / WhatsApp)
Por sua vez, a Guarda Civil de Contagem descartou qualquer tipo de agressão aos ocupantes e às pessoas presentes no local. A corporação afirmou que não tem o armamento citado pela ativista, e que o efetivo deslocado para o local atuou somente com os cães e gás de pimenta. Os guardas presentes no local afirmaram que as agressões partiram dos moradores, que se rebelaram contra a guarnição.

Em forma de protesto, os ocupantes do terreno chegaram a incendiar objetos em parte da via, mas o fogo foi contido pelo Corpo de Bombeiros e a Transcom já fez a liberação do tráfego. A Secretaria de Defesa Civil de Contagem confirmou que o terreno pertence ao programa 'Minha Casa, Minha Vida'. A Prefeitura pretende repassar o terreno à outra empresa para as obras sejam concluídas.

A tropa de choque da PM foi acionada devido aos disparos de arma de fogo e aos ataques em direção à corporação. Inicialmente, a Polícia Militar (PM) não estava envolvida na operação. Três pessoas não identificadas e suspeitas de atirarem contra a corporação foram detidas.


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